Capitulo 3 - Trapped in hell

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Acordei com a cabeça latejando intensamente, me sentei com a mão na testa. No local que estava latejando, havia um curativo e eu ri irônica, pensando que pelo menos eles se deram o trabalho de fazer um curativo onde o chefe deles tinha me machucado. Eu nem sabia ainda como ele tinha me machucado, mas sei que havia me feito ficar desmaiada o caminho todo de volta. Eu estava em um quarto. Não era muito luxuoso, parecia ser mais o quarto de hóspedes da casa. Mas ainda assim tinha mais luxo que o meu pequeno apartamento com Angie.

Como será que Angie estava? Ela era louca, mas sabia que esse mundo que vivíamos era perigoso demais. Eu só espero que ela não chame a polícia ou faça algo idiota, eu tenho que sair dessa sozinha. Minha mãe não podia nem sonhar que isso estava acontecendo. Eu tinha que falar com ela, ela tinha que achar que eu estava na faculdade, que tinha que estudar muito pra ficar muito tempo sem dar notícias. Ela ia enlouquecer e se eu não falasse com ela logo, seria capaz de ela sair do Texas para me procurar e saber se estava tudo bem. E aí descobriria que eu não faço faculdade de direito coisa nenhuma, que uso todo o dinheiro que ela me manda em drogas e festas. Onde eu fui me meter? Pra que fui entrar nesse mundo de drogas? Eu sabia que isso não era boa coisa, mas quando vi já estava sem saída, completamente dependente daquele maldito pó branco, completamente louca. E ainda arrastei minha melhor amiga de infância pra esse vício também. Angie não era tão dependente quanto eu, ela só usava de vez em quando, mas ela se viciou no álcool. Ela não pode ficar um dia sem pelo menos uma gota de álcool no organismo.

A porta do quarto foi completamente escancarada e o loiro de olhos azuis, que já estava me irritando por estar em todos os lugares, entrou sorrindo ironicamente.

- Que bom que a bela adormecida está acordada. - ele disse meio sínico. - O chefe está louco para falar com você.

- Você nunca pensou que poderia ser mais que isso? Ter que ficar obedecendo ao seu chefe não parece muito promissor. - o provoquei, me levantando meio tonta por causa do machucado.

- É a única coisa que eu tenho. - ele deu de ombros. - Agora sem papo, não estou aqui pra ser seu amigo.

Revirei os olhos e o segui em silêncio até o escritório do "chefe" novamente. É oficial que agora eu odeio completamente aquele lugar. Odeio tudo naquela casa, queria sair logo dali. O loiro me deixou no escritório e fechou a porta com força e bastante brutalidade ao sair, e novamente eu gelei quando a cadeira virou lentamente pra mim revelando o "chefe" por trás. Ele estava sério, mas sorriu ao me ver. Como na outra vez, ironicamente.

- Que bom que se juntou a mim novamente. - ele disse e então se levantou e contornou a mesa, parou em frente ela e se sentou ali. - Teve uma boa noite de sono?

Não respondi. Eu podia não temer o loiro ou qualquer outro capanga dele, mas DELE próprio eu morria de medo. Ele tinha algo diferente, um ar sombrio, assustador e pilantra que me fazia tremer na base, mas até que eu gostava.
Ele suspirou com meu silêncio.

- Ok, eu preciso que você faça uma coisa. - ele disse. - Tire sua roupa.

Eu arregalei meus olhos totalmente apavorada com aquilo. Eu não estava entendendo.

- O que? - eu praticamente gritei em choque.

- Tire sua roupa. - ele repetiu calmamente. - Você é surda, burra ou faz curso para me irritar?

- O que isso tem a ver com a minha dívida? - perguntei confusa.

- Tá, você é burra. - ele revirou os olhos. - Tire sua roupa e chega de perguntas caralho.

Decidi não irritá-lo ainda mais já que minha vida estava nas mãos dele e se ele decidisse que o jeito de eu pagá-lo era me matando, bem, então eu já estava morta.
Tentando não sentir vergonha, que era uma coisa que eu raramente tinha, tirei meus shorts e minha blusa ficando apenas de roupa íntima. Quando ele notou que eu tinha parado, ele suspirou.

Sweet DebtOnde histórias criam vida. Descubra agora