POV MIADemorou uns 5 minutos para que meus soluços parassem de dominar o ambiente e para que eu tomasse coragem e me levantasse daquele chão. Justin permanecia sentado, com a cabeça baixa. Assim que me levantei ele me encarou. Seus olhos estavam vidrados, eu achei que ele estaria chorando ou algo do tipo, mas eu só conseguia ver raiva, misturada com ódio e uma espécie de arrependimento. Não o encarei por muito tempo, virei de costas decidida a subir para o quarto, mas em segundos ele se levantou me puxando pelo braço e me virando.
-Me desculpa por isso.
-Desculpa é o caralho Justin. - ele me olhou assustado - E sim eu to gritando com você, me pega e me leva de volta pra boate, me faz ficar dançando quase nua de novo, me faz ter que transar com velhos babões que vão me bater caso eu não faça o que eles queiram. Exatamente como você fez agora não é? Você tá precisando de lucro na boate, vai, pode me colocar de volta lá. Porque eu não vou ficar aturando suas crises de raiva. Eu não tenho culpa Justin, eu não te contei porque queria poupar você.
-Eu nunca vou te colocar de volta pra fazer aquela coisa nojenta.
-Ah você acha nojento? É isso que você me fez passar, é por isso que você faz todas aquelas garotas passarem. Justin como você pode ser tão egoísta. Você só pensa em você. Por isso você virou a mão na minha cara, porque eu não fiz o que você queria, e eu fiz pro seu bem.
-Se sua mãe tivesse sido assassinada e eu soubesse quem a matou, eu te contaria. Não entendo porque escondeu isso de mim.
-Eu escondi porque sei que esse é um assunto delicado pra você Justin. Eu sou idiota e me importo com você e com os seus sentimentos.
-Eu também me importo com você Mia.
-Você se escutou a sei lá, 15 minutos atrás? Escutou o que me falou?
-Eu sinto muito.
-Você sentir muito não vai adiantar porra nenhuma.
-Caralho Mia me desculpa, me desculpa mesmo, eu não queria te bater, não queria dizer aquilo. Eu fiquei nervoso ok?Muito nervoso. Mas eu preciso de você agora. Eu acabei de saber que a pessoa que matou a minha mãe esteve na minha boate todos esses anos.
-Agora você precisa de mim? Pensasse nisso antes de encostar um dedo em mim. - me soltei dele indo até a porta a abrindo com raiva e saindo quase correndo pelo jardim indo até a rua.
Por longos minutos andei vagarosamente, esperei que Justin aparecesse do nada, me puxasse pedindo perdão mais uma vez, me beijando e depois me levando pra casa me carregando para o quarto e se livrando de minha roupa. Me senti uma desgraçada por querer aquilo logo depois que ele tinha me batido e eu estava muito, muito nervosa e esquecia do meu desejo toda vez que me lembrava daquele tapa. A raiva dominava cada mínima célula de meu corpo.
Sei que nunca foi fácil para Justin lidar com a morte da mãe, nunca foi fácil lidar com o fato de Ian ter a matado, e agora com certeza não seria fácil ele lidar com o fato de que Camila tinha a matado. Mas aquilo não era necessário. Ele me bater, falar aquelas coisas. Eu estava uma pilha, andando quase sem rumo por aquelas ruas desertas de Los Angeles, eu mal sabe para onde estava indo. Logo comecei a reconhecer algumas coisas a minha volta. Olhei para a placa logo a esquina da rua e vi o nome "Cameron Street".
Eu conhecia aquela rua.Logo no fim dela ficava uma boate. Uma boate bem conhecida que tinha pertencido a Ian e que agora era de Camila. Uma espécie de calafrio percorreu toda a minha espinha e por um segundo foi como se mil câmeras estivessem sobre mim. Estava me sentindo vigiada. Entrei na primeira rua que vi que na verdade parecia mais uma espécie de beco. Como vi a saída do outro lado continuei andando em passos pesados ainda sentindo um pouco de medo. No mesmo instante em que entrei, logo atrás ouvi passos. Imediatamente virei meu corpo vendo uma pessoa parada um pouco mais atrás de mim. Ela usava um capuz que escondia o rosto, então eu não conseguia ver se era um homem ou uma mulher. Continuei andando rapidamente, e a pessoa voltou a me acompanhar.
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Sweet Debt
FanfictionEscrita por: ~justbehigh e ~beliebermineira Sinopse: Minha alma estava perdida, vendida a um vício incontrolável. Eu precisava de mais, e só ele possuía. Pois então injete essa droga de amor em minhas veias, e me deixe anestesiada de toda essa dor q...