Justin - POV
Ao chegar, a boate parecia toda em ordem. Pessoas dançando e se divertindo, se drogando, putas dançando e conseguindo seus clientes, pessoas bêbadas e assim por diante. Big Sean "Dance (Ass)" tocava alto fazendo com que ninguém ali ficasse parado. Estava tudo feliz demais.
Eu estava irritado, nervoso e só queria chegar em casa e dormir, ou quebrar tudo. Todos os sentimentos misturados ao arrependimento me faziam querer arrancar tudo que me fizesse lembrar Mia de dentro de mim. Eu nunca me senti assim antes e eu não gostava nem um pouco dessa porra toda.
- Onde estão os filhos da puta? – perguntei a um dos meus homens.
- Lá em cima na ala leste. Eles estão muito loucos. Leve reforços. – o cara disse.
- O seu trabalho é garantir que eu tenha reforços suficientes. – respondi seco me dirigindo as escadas.
Não esperei a resposta e fui em direção à zona leste da boate. Eu subi as escadas rapidamente pulando alguns degraus e já tinham seguranças chegando pelas laterais e por trás de mim. Minha equipe era competente.
Pegos no flagra. Vi os caras recebendo o pagamento pelo saquinho com pó branco – cocaína – de uma garota morena. Eu sorri com ódio e em passos largos cheguei perto deles.
- Que porra é essa aqui? – perguntei pausadamente.
Eu sabia que a raiva não era por causa deles. Mas foda-se.
- Quer um pouco mano? To fechando com a mina aqui e já te dou atenção. – o cara disse calmamente.
- Que eu saiba na MINHA boate já tem drogas suficientes e não precisa de nego vir de fora vender não, caralho! QUE PORRA É ESSA, SEU MERDA? – meu corpo e minha voz tremiam de raiva. – Rala daqui!
- Você tá muito nervoso mano...
- Mano? – eu disse irônico, tirei a arma da minha cintura, destravei e apontei pra cabeça dele e vi o cara tremer na base, o que me divertiu totalmente. – Não sou mano de zé ruela, seu merda. Tô sedento pra matar alguém hoje e se tu não vazar logo daqui, o felizardo será você.
O cara levantou as mãos se rendendo, recolheu suas coisas e ele e seus "parceiros" saíram em silêncio. Eu os observei até saírem mesmo da boate e depois guardei as armas. Dispensei os seguranças e fiquei ali, observando o movimento todo.
Estava tudo indo às ordens. Eu quase nunca vinha até essa boate aqui, me preocupava com a outra. A outra era o "xodó" da minha mãe. Aquela ali me dava mais tristeza, pois as garotas que trabalhavam ali eram traficadas de outros países, eram enganadas e suas vidas acabavam ali. As da outra boate eram como Mia ou as outras, acabavam ali por me desafiarem ou por quebrarem algumas regras. Ou por simplesmente estarem no lugar errado e na hora errada.
A raiva já tinha deixado meu corpo quase completamente.
Uma movimentação começou a acontecer atrás de mim e algumas pessoas falavam alto olhando para o chão atrás de uma mesa. Abri espaço entre eles pra ver o que estava acontecendo.
Aquilo era algum tipo de perseguição ou assombração? Eu não podia acreditar que meus olhos estavam vendo aquela figura loira com o rosto ainda machucado, desacordada no chão. Eu bufei e a raiva havia voltado junto com outros sentimentos que eu preferia que nem existissem.
Eu estava pouco me fodendo se ela estava bem ou não. Ou eu tentava me convencer disso. Simplesmente virei às costas e deixei que a ajudassem, eu não iria tocar nela mais. Eu não me importava. Eu não podia me importar.
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Sweet Debt
FanfictionEscrita por: ~justbehigh e ~beliebermineira Sinopse: Minha alma estava perdida, vendida a um vício incontrolável. Eu precisava de mais, e só ele possuía. Pois então injete essa droga de amor em minhas veias, e me deixe anestesiada de toda essa dor q...