22: "She's just mine"

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Quinta-feira, a volta para casa...

Point of View: Niall Horan

Tudo o que eu pensei que nunca faria um dia, estou fazendo. Tudo o que não é permitido fazer, eu estou fazendo. Desobedecer ordens não é do meu feitio, nunca foi. Mas isso? É mais forte do que eu. Sinto-me mais vivo quando estou com ela, sinto-me mais forte e eu nem sei necessariamente o porquê. É algo que nem os cálculos mais complexos ou teorias mais avançadas poderiam explicar, é uma sensação tão boa que faz com que eu queira passar todo o meu tempo com ela. Eu sei que isso tem que acabar, eu vou ter que por um fim nisso mas por enquanto estou aproveitando do meu último dia tão próximo dela. Amanhã, sem falta, colocarei um ponto final nisso. Se é justo com ela? Não, mas eu sou egoísta demais para não querer tê-la perto de mim. Ordens são ordens e eu não posso descumpri-las, por mais que eu não queira, fazer isso vai trazer mais problemas do que se eu não fizer.

Mexo-me na cama e percebo que estou abraçando o travesseiro, mas que merda? Solto-o e viro para cima esperando meus olhos se acostumarem. Passo a mão no rosto e sinto todas as minhas articulações doerem como se fossem feitas de vidro estilhaçado, eu tinha que ficar doente. Se bem que não foi de um todo ruim, Danielle veio cuidar de mim ontem e eu realmente gostei disso. Eu não precisava de ajuda para me trocar, mas ela estava disposta a isso, ou nem tanto já que estava tão vermelha quanto eu. Essa ingenuidade dela é tão atrativa para mim, essa inocência que não vejo há pelo menos uns quatro anos, puxa-me para ela de uma forma tão potente. É tão difícil me controlar perto dela, no dia em que nos beijamos pela primeira vez, quando eu a prendi na cama foi quase impossível parar aquilo mas, por mais que meu corpo implorasse, eu tinha que parar e o fiz. Forço meus braços, que agora pareciam inúteis, a fazer com eu sente na cama. Eu estou quebrado, não pior que ontem mas não estou muito bem. Olho para o lado e encontro Harry dormindo de bruços com a mesma roupa de quando ele saiu ontem, nem arrumou a cama. Pergunto-me se ele viu Danielle e eu ontem, mas se bem que não importa, ele não precisa se preocupar com isso. Está perto do fim.

Levanto-me e estico meu corpo, e claro, doeu pra porra isso e quase quis voltar para a cama. Mas hoje é o dia da partida e teremos que estar de volta em Holmes Chapel logo de tarde. Resolvo por fim tomar um banho de água quente porque o clima não está para banho frio e eu estou um pouco traumatizado com ontem. Não era necessário fazer aquilo, senhorita Styles.

(...)

Encaixo o botão da calça e subo o zíper, deslizo a camiseta por meu corpo ainda sentindo como se fosse feito de vidro, olho no espelho e meu rosto está pior do que eu poderia imaginar, eu não estou com as bochechas vermelhas e acho que isso é um ponto positivo. Saio do banheiro e encontro Harry sentado em sua cama, o cabelo todo bagunçado e com o rosto amaçado, ele boceja abertamente e depois esfrega os olhos.

- Cara... Você está horrível. - comento com um pequeno sorriso. Ele me encara, depois franze as sobrancelhas.

- Você não está muito melhor. - sua voz estava profunda e rouca, talvez por ter acabado de acordar, Harry acaba sorrindo minimamente.

- Nem me fale, sinto que vou quebrar a qualquer momento. - caminho e sento na outra cama.

- Onde está minha irmã? - olha para mim e encolho os ombros. Também me perguntei isso, mas sabia que não conseguiria uma resposta agora.

- Quando acordei ela já não estava aqui. - e meu nariz coça e começo a espirrar desenfreadamente.

- Cara, você precisa de um remédio. - Harry diz.

- Sua irmã que tem os remédios... E eu odeio remédio. - faço uma careta. Harry sorri.

- Mas Danielle não quer saber disso, enquanto você não melhorar ela vai fazer com que você tome todos os remédios possíveis. - faz uma pausa. - Experiência própria. - solto uma pequena gargalhada. Mas a expressão de Harry muda, e ele me fita seriamente. - Espero que não esteja brincando com ela, eu te quebro se estiver. - sua voz era um tanto severa. Eu não estou brincando com sua irmã, mas não tenho outra escolha!

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