A força do amor

☆ Capítulo 05 ☆

 Maycon narrando:

Assim que deixei as meninas em casa, fui direto pra boca. Enfim vou subir de cargo, de subgerente vou pra chefe. Tá ligado o que é isso mano? Não poderia perder essa oportunidade por nada.

Já são 02h05min e pra minha felicidade, "PH" acabou de renunciar o posto por motivos pessoais e eu tomei a diante. Agora eu sou o novo patrão da favela, por fim minha gente vai ser feliz.

Reuni os moleques no galpão e já armamos um esquema pra segunda-feira. Vamos resgatar um parceiro que foi pra gaiola há duas semanas. Sei que é arriscado, mas Leandro é o meu primo e não vou deixa-lo trancado. Não contei nada pra minha irmã Carla porque eu a conheço, e sei que ela vai surtar. Afinal a minha pequena tem o coração mole. Não é igual a mim que ao invés de coração, tem uma pedra no lugar.

Depois de tudo certo, volto pra ver como está o movimento na boca. Fico em torno de meia hora lá e saio fora. Deixo a responsabilidade na mão do César, meu aliado que elegi como subgerente. Entro no meu carro e vou em direção a minha casa. Dou uma olhada no meu relógio de pulso e vejo que já são 04h00min, esse horário as duas já devem estar no terceiro sono.

Ao chegar em casa, estaciono meu santa fé preto na garagem e desço do mesmo. Entro em casa, ao passar pela sala vejo a novinha dormindo no sofá, sorrio de lado e caminho até ela.

— Rayanne?

— Hum... O que foi? — Ela indaga ainda de olhos fechados.

— Por que tu tá aqui na sala? Era pra tu estar lá em cima.

Rayanne começou a se espreguiçar e reclamar de dor no corpo. Assim que ela abriu os olhos eu pude reparar no quão lindo eles eram, um tom verde escuro.

— A Carla se esparramou toda na cama, então eu não sabia onde poderia dormir, fiquei aqui até você chegar e me indicar um lugar confortável que eu pudesse me deitar. — Se explicou.

— Vem, vamos subir lá pra cima. — Dei uma olhada no meu celular e respondi algumas mensagens que havia chego.

— Pra onde?

— Tu precisa dormir, não precisa? — Ela assentiu. — Então bora pro meu quarto!

— Aqui não tem quarto de hóspedes?

— Não! — Sim, tem três.

— Para de ser mentiroso, aqui tem um monte de quartos, Maycon. — Gargalhei.

— Novinha, para de complicar, vamos subir logo.

— E se eu não quiser? — Ela cruzou os braços e fez um bico enorme. Que vontade de beijar aquela boquinha outra vez.

— Tu fica ai então, só toma cuidado com os espíritos a noite. — Segurei o riso.

— Deus me livre! Acho melhor eu ir com você.

Subimos as escadas e caminhamos até meu quarto. Tirei minha camiseta, minha bermuda e me joguei na cama. Rayanne continuava em pé com uma cara de assustada, eu tive vontade de rir, mas preferi tranquiliza-la e dizer que eu não iria fazer nada que ela não quisesse.

Por fim, a novinha deitou com seu corpo quentinho perto do meu. Nunca dormi com ninguém, eu só curtia as piranhas e mandava ralar, até que estava sendo bom sentir alguém do meu lado.

Quase uma hora se passou e eu ainda não consegui dormir com essa mina do meu lado. Mano é muito ruim tu ter uma ninfeta dessas na sua cama e não tocar. Então fiquei olhando mesmo. Olhei sua bunda deliciosa, seu peito que estava marcando bem no vestido, aquela cinturinha fina... Já estava ficando louco, foi quando eu resolvi virar pro lado e tentar dormir antes que eu a pegasse ali mesmo.