Capítulo 42.

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— Tu não vai voltar para lá!

 O mais importante foi que ela me apoiou. 

 Então, tu vai continuar na minha casa? 

 Sim, eu vou continuar lá Maycon.

 Vamos começar do zero então. - Ele diz se ajeitando na cama.

 Como assim? - Pergunto sem entender.

 Satisfação Novinha, meu nome é Maycon. 

Começo a gargalhar, não acredito que ele está fazendo isso. Mas resolvo entrar na brincadeira dele.

 Olá Maycon, eu me chamo Rayanne. Satisfação? Desculpe, mas eu não entendi. - Digo tentando conter a risada.

 Sim, satisfação. Porque prazer é só na cama princesa. - Ele da um sorrisinho travesso junto com uma piscadinha. Como ele é sexy!

 Você é muito ousado sabia? Mas, me conta um pouco de você. 

 Já é, novinha! Tenho 24 anos. Sou lindo, gostoso, como tu pode ver né? Tenho uma favela pra cuidar. Corro ao lado do crime, não que isso pra mim seja errado, eu cresci no meio disso e me ensinaram que esse era o certo. Amo minha vida e quem está nela, agora é sua vez!

 Eu tenho 16 anos. Me mudei não tem muito tempo para o RJ, eu vim de SP. Sou rica, mas a humildade vem em primeiro lugar, apesar de eu não ter sido ensinada assim. Minha vida de antes era em Copacabana, agora é na favela, garanto que eu vou me acostumar. Pois, tudo que eu preciso está lá. - Digo olhando em seus olhos. 

 Esqueceu de uma coisa! - Ele diz sorrindo.

— O que? 

 O quanto tu é deliciosa e incrivelmente linda. 

 Ai Maycon, para seu bobo! - Digo tapando meu rosto com as duas mãos.

Conversamos mais um pouco sobre assuntos paralelos, ele me disse que passou todas as noites ao lado da minha cama, quando eu estava no coma. O horário da visita já havia acabado, mas ele ainda continuava aqui, o que eu deduzi que ele tinha dado o "jeito" dele. 

 O que você está pensando? - Pergunto tombando a cabeça para o lado.

 Não então, na verdade eu estava lembrando o jeito que tu fica gata gemendo! - Ele permanece sério. 

 Poxa Maycon, você tirou o dia para me deixar com vergonha? - Dou um tapa de leve no braço dele e ele solta um riso maravilhoso.  

Em seguida alguém bate na porta e abre a mesma, era o médico.

 Com licença! Rayanne, só vim avisar que daqui alguns minutos, uma enfermeira virá te preparar, para que você possa fazer alguns exames.

 Tudo bem doutor, quando quiser. 

 Se estiver tudo ok, você já será liberada amanhã mesmo. - Ele diz sorrindo.

 Nossa, espero que esteja tudo ótimo. Quero muito ir embora, a cama daqui é dura. - Ops! Penso comigo. 

Ele sorri e se retira. Não falei nada de errado, vai ver isso até sirva para que eles arrumem uns colchões macios. Maycon me olhou com uma cara muito engraçada.

 Que foi? - Pergunto dando de ombros. 

 Nada não, menina marrenta!

 A bom! - Digo fazendo beicinho e ele me mostra a língua. 

 Quem mostra língua, pede beijo. - Indago.

Ele me envolve em seus braços, aperta minha cintura contra si e deposita vários beijinhos no meu pescoço, chega até meu ouvido e começa a dizer coisas extremamente excitantes. Ele tem um domínio muito forte sobre mim. Começamos a nos beijar em um ritmo ferozmente, com muito desejo, se estivéssemos em casa, isso com certeza se resultaria em um sexo maravilhoso. 

Fomos interrompidos com um gritinho de constrangimento, rapidamente me soltei de Maycon e fui ver de quem se tratava, era a enfermeira. 

 Me desculpe! Eu deveria ter batido na porta antes de entrar. - Ela diz envergonhada. 

 Tudo bem. - Sorrio para ela.

 É, tu realmente deveria ter batido! - Maycon diz serio e eu o fuzilo com o olhar. 

Caraca Maycon, não precisava dessa grosseria! 

 Novamente, eu peço desculpas! Vim busca-lá para realizar os exames. - Ela diz. 

 E isso inclui tirar sangue? - Pergunto tensa.

 Sim, você tem medo? 

 Demais menina, você não tem ideia. Não tem como escapar né? 

 Não. - Ela gargalha. 

 Fazer o que né. - Dou um selinho em Maycon e caminho junto com a enfermeira para fora do quarto.

***

A força do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora