A força do amor

Capítulo 57.

No outro dia ...

Acordo com o barulho do celular despertando na minha orelha, olho no relógio e vejo que já são 07:00 horas da manhã. Maycon dorme como um anjinho, deve ter chego tarde em casa. Me levanto e vou até o banheiro. Tomo um banho bem demorado. Assim que termino vou para o quarto, escolho uma calça jeans e uma baby look preta, calço uma sapatilha. Faço uma make básica e passo perfume. 

— Amor. - Chamo por ele.

— Hum! - Maycon resmunga enquanto dorme. 

— Já estou indo trabalhar. 

— Não tem como eu te convencer a ficar? - Ele abre os olhos lentamente.

— Não. - Sorrio e me despeço.

Saio do quarto e fecho a porta com cuidado, para que não faça barulho. Vou até a cozinha, e tomo meu café da manhã. Carla provavelmente já deve ter ido para a escola, então o que me resta é chamar um táxi.

[...] 

— Bom dia Paty! - Digo entrando na loja. 

— Bom dia Ray! - Sorrimos.

Guardo minha bolsa no armário. Enquanto Paty termina de fazer o fechamento no caixa, eu aproveito para dar uma olhada nas mercadorias que chegaram, confiro tudo e depois cadastro no sistema. Eu não fico na venda, entrei como gerente daqui. Então, depois que termino de cadastrar vou dar uma olhada no atendimento das meninas. 

Na verdade, eu estou com a cabeça lá no morro. Estou com uma sensação horrível e não é de hoje. Sinto que a qualquer momento irá acontecer algo, estou com muito medo. Maycon, Carla, Leandro e Douglas se tornaram a minha família. Não imagino a minha vida sem nenhum deles, é como se cada um deles fossem uma parte de mim.

Continuo observando as meninas. Como a loja está vazia, elas conversam, dão risada. Sinto falta da época em que era tudo brincadeira. Já está quase na hora do almoço, e minha barriga como sempre já está roncando. 

— Como estão as coisas por aqui? - Paty pergunta. 

— Está tudo bem, são todas muito profissionais.

— Isso é tão estranho!

— Isso o que Paty? 

— Você sabe, nós duas. Não tenho nem 18 anos de idade e já sou dona daqui e você com 17 gerente. O que o dinheiro não compra né?

— Ele não compra felicidade!

Hoje o dia passou bem depressa, falta apenas dez minutos para fecharmos a loja. Aproveitei para ir ao banheiro, já que eu não estava me sentindo muito bem. Passei uma água no rosto e senti que minha pressão abaixou, então me escorei na parede. Permaneci ali por alguns minutos, até que escuto Paty me chamar. 

— Amiga, você está bem? 

— Estou sim Paty, foi apenas uma queda de pressão. 

— Ai meu Deus! - Ela coloca a mão na boca.

— O que foi amiga? - Fico preocupada.