Capítulo 66.

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(Vídeo na mídia)

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***

  O táxi estaciona na frente do presidio, pago a corrida e desço do carro. Sinto meu coração saltar pela boca, respiro fundo e entro. Não sei qual vai ser a reação de Maycon quando me ver, mas ele com certeza vai ter que me dar uma boa explicação por ter me deixado esse tempo todo sem notícias.

A primeira coisa que avisto é um balcão e vários policiais andando para lá e para cá. Estou nervosa, já que essa é a primeira vez que eu piso em um lugar assim. Fico imaginando como ele deve estar se sentindo, sinto tanta falta do seu carinho. 

— Bom dia! Eu gostaria de falar com o policial Fernando. - Digo para um homem que está sentado fazendo algumas anotações.

 Senhorita, o único que temos aqui é o Fernando Mapelli delegado! - Assinto com a cabeça e ele se retira.

Alguns minutos depois ele volta e meu pai o acompanha. Engraçado, eu achando que ele era apenas um policial. E quando vejo, é o delegado. Mais uma mentira! Não vou questioná-lo, quero apenas saber do Maycon. 

 Olá filha! 

 Oi pai! Já posso entrar? - Ele fez que sim com a cabeça e me acompanhou. 

Entramos em um corredor enorme, aquilo me dava calafrios. Meu neném começou a se mexer, aposto que ele também estava apavorado, mas acima de tudo ansioso. Os passos de meu pai começou a diminuir, até que paramos em frente a uma pequena sala. 

 É aqui! - Ele me olhou. —  Vou mandar traze-lo. - Assenti e ele se retirou. 

Entrei e me sentei em uma cadeira que havia ali. Não demorou muito, comecei a ouvir passos. Quando se aproximou consegui ouvir a voz do meu amor, senti meu coração pular de alegria. Ouço o barulho da porta sendo aberta, rapidamente me viro. Seu olhar estava no chão e duro ao mesmo tempo, ele levantou a cabeça e me olhou.

Maycon ficou parado me olhando, seu olho estava cheio de lágrimas. Não demorou muito para ele começar a soltar todas de uma vez só, ele se ajoelhou no chão e começou a chorar de soluçar. Corri até ele e o abracei. 

 Amor! - Comecei a chorar junto com ele, até que ele me olhou.

 Tu está tão linda! Olha só. - Ele olha para minha barriga.  Eu sinto tanta sua falta amor, me desculpa por não ter deixado tu vir me ver, é que aqui não é lugar para tu. Rayanne, eu te amo tanto! Tu foi a melhor escolha que eu já fiz na minha vida. E veja só, nosso filho está crescendo dentro de tu e eu não vou poder estar presente quando ele chegar. - Ele abaixou a cabeça. 

 Amor! Christian e eu estávamos ansiosos para te ver. - Sorri.

 Christian? - Ele me olha e eu assinto.

 Sim, é um menino! - Deixei uma lágrima rolar.  Christian, o nome dele. Assim como seu pai! 

 Meu meninão! Tu sabia que tem a mamãe mais linda desse mund ? Enquanto o papai estiver fora, quero que tu cuide dela pra mim. Ela é nosso tesouro, assim como tu é o meu!

Maycon sorria ao olhar para minha barriga, pela primeira vez Christian deu um chute. Maycon olhou para mim e começou a sorrir igual a um bobo, acariciava minha barriga. Mas, me cortava o coração ver aquelas algemas. Isso doía tanto em mim, eu precisava sentir o abraço dele. 

Nosso olhar se encontrou. Nos aproximamos um do outro e começamos a nos beijar, meu Deus! Eu preciso tanto dele perto de mim. Senti as lágrimas dele descer por nossos lábios. 

— Amor, eu preciso sentir seu abraço. Eu preciso de você para mim! Volta para casa por favor, Maycon isso está sendo tão difícil sem você. Eu te amo tanto amor, você é a minha família. Não importa quanto tempo passe, vou te esperar com o Christian em meus braços! - Voltamos a nos beijar. 

— Isso tá fodendo com meu coração! - Maycon diz entre o beijo. Eu vou voltar amor, eu te prometo! Apenas me espere. 

 Eu já volto!

Me levanto e saio correndo. Encontro meu pai sentado conversando com alguns homens. Me aproximo e peço para ele soltar as algemas do Maycon, ele de primeiro nega, mas depois acaba sedendo. Voltamos juntos, pedi para ele andar o mais rápido possível. Chegamos na sala, Maycon estava sentado na cadeira. Meu pai tirou a chave do bolso e o soltou. Logo em seguida ele saiu. 

Sem esperar mais, nos abraçamos como se não tivesse o amanhã. Ficamos ali parado por longos minutos, apenas sentindo o corpo e o cheiro do outro. 

 Esperei tanto por esse momento! Pensei que você não quisesse me ver ou algo do tipo. Mas mesmo assim, eu vim. Precisava que você... - Sou interrompida por um policial.

A visita acabou! Vamos Maycon, você precisa voltar para a cela. - Ele novamente colocou a algema nele. 

 Ei! Eu não acabei de falar. - Digo brava, mas o policial não me deu a miníma.

Amor, eu te amo! Obrigada por vir, eu já estava ficando louco sem te ver. Manda um beijo pra geral, e filho eu te amo! - Ele gritou quando o policial o tirou da sala. 

Permaneci ali mesmo, apenas deixando as lágrimas rolarem! 



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