☆ Capítulo 12 ☆

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Quando eu dei por mim, vi que estava cheio de gente em nossa volta. Fecharam a rua por causa da gritaria daquela garota. Ela não estava sozinha, tinha mais duas meninas com ela. 

— Seu homem? — Ergui uma das sobrancelhas.

— Sim, meu homem sua escrota. Grava bem essas palavras! — Ela gritou.

Peguei um lacinho que estava no bolso do meu short e fiz um coque no meu cabelo, pois ele estava solto.

— Eu só acho que você está falando demais. Você não ia vir dar o que eu mereço? — A encarei.

Esboço um sorriso sarcástico e a tal garota vem com tudo pra cima de mim. Ela segura nos meus cabelos e desfere um tapa na minha cara, enquanto as outras gritam incentivando a briga. Aproveito que estou com as duas mãos livres e começo a dar vários murros no nariz dela por baixo, não demora muito para começar a sangrar; ela acabou ficando um pouco tonta, cambaleou para trás e largou meu cabelo. A derrubei no chão e desferi alguns chutes na região da sua costela, até que ela conseguiu puxar meu pé e fez com que eu caísse no chão. 

A mesma conseguiu montar em cima de mim e começou a bater no meu rosto, ela dava tapas e murros, a minha única reação foi tentar meu proteger com as mãos. Tentava me levantar quando senti uma forte pancada nas minhas costelas, olhei para o lado e vi que uma de suas amigas havia me chutado. Carla grudou a mesma pelo pescoço e começou a sessão de murros na cara dela, pelo visto minha amiga já leva jeito com isso e tenho absoluta certeza que saíra deformada dessa briga. 

Felizmente, depois de muito esforço eu finalmente consegui me levantar. Fui pra cima daquela garota com tudo, eu não estava brigando por causa de homem, mas sim porque ela queria me enfrentar e eu não iria abaixar minha cabeça. Com as minhas duas mãos eu segurei sua cabeça e dei várias joelhadas no nariz dela. Dou um bicudo na boca do estomago dela até que o pessoal começou a gritar por conta de um disparo que havia sido disparado por uma arma de fogo.

Maycon narrando:

Passo a maioria do meu tempo na boca desde que me tornei o dono. Vejo como anda o movimento, fico na parte da venda e da segurança também, ainda mais depois dessa tarde que os "vermes" tentaram invadir minha favela.

— Patrão! — Douglas entra na salinha sem bater.

— Que é mano?

— Então, tá tendo uma briga aqui na quebrada.

— Vai lá e acaba com essa patifaria, não quero treta de vadias aqui no meu morro.

— Ai que tá patrão, as minas que tão envolvida nisso é sua irmã e aquela patricinha que tu tá pegando.

— Caralho, vem comigo Douglas!

Levanto-me rapidamente, pego uma. 40 (revolver) na gaveta e coloco na cintura. Caminho para fora da boca e monto na minha R1 e Douglas monta na garupa.

Desço o morro rasgando e de longe avisto aquele monte de zé-povinho em volta, ninguém separa a briga e é isso que me deixa mais cabreiro ainda.

Encosto e desligo minha moto, Douglas pula da garupa e pega minha irmã pela cintura que estava dando uns murros numa doida ai. Levanto minha arma para cima e faço dois disparos com a mesma, avisto Rayanne e me aproximo da mesma.

— Que porra está acontecendo aqui?

— Maycon meu amor, eu avisei pra essa patricinha ficar longe de tu, as ela não me ouviu. Fala para ela que tu é o meu homem! — Bianca indaga com aquela voz nojenta.

— Eu já falei que não sou seu homem, será que tu não entende menina? Eu vou te dar só um aviso, não chega perto da Rayanne. Sacou? Já está avisada!

— Mas... — Ela começa chorar.

— Mas nada, caralho! — Grito já irritado.

Ela e as amiguinhas saem pisando firme.

— Douglas vai buscar outra moto.

— Já é, patrão.

Douglas sai no rasgo, em menos de cinco minutos ele já estava de volta.

— Carla, tu vai na moto com o Douglas, e Rayanne monta aqui. — Bato mão no banco da garupa.

Entrego meu capacete a ela e a mesma coloca. Se a gente cair, que eu duvido muito; ai não estraga aquele rostinho lindo.









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