Capítulo 67.

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[...]

Desço o morro lentamente. Aproveito para dar uma passada na lanchonete. Estou com vontade de comer doce, na verdade, são muitos doces. Entro na mesma, não demora muito uma atendente loira vem me atender. Se eu não me engano é a mesma que perguntou se Maycon era solteiro.

 Oi patroa! Com o que eu posso ajudar? - Sínica!

— Vou querer dois brigadeiros, um sonho e uma coca-cola! 

 Tudo isso é para você? Nossa, bem que dizem que quando engravida a pessoa come por dois! - A vaca sorriu. 

Já que você está aqui para cuidar da vida dos outros e não para trabalhar. Então não tem o porque você ficar aqui no morro sua vaca intrometida. Eu quero que você pegue suas coisas e suma daqui. Porque se você não for, eu mesma te tiro! 

 Desculpa patroa! Eu não disse por mal. Mas o e Maycon, como ele está? 

 Não é da sua conta, vadia! - Fui até ela e dei um tapa em sua cara. — Agora anda projeto de puta, pega suas coisas e some do meu morro! - Grito.

Saio da lanchonete bufando, isso só pode ser os hormônios da gravidez. Vou caminhando até em casa. Me lembro do que aconteceu e começo a rir igual uma louca. Só por Deus!  Paro em frente ao portão, me recomponho e entro. 

— Ufa! Ainda bem que você chegou, como foi com o meu irmão amiga?

— Senta ai, vou te contar. - Nos sentamos no sofá. Então Cá, foi muito triste. Ele está arrasado, me pediu desculpas por ter trancado a visita. Mandou um beijo pra geral aqui, inclusive você. - Ela sorriu.  Contei para ele do nosso filho, pensa em um menino feliz. Foi muito triste ter que voltar e deixa-lo lá. Ele me prometeu uma coisa.

 O que? 

— Ele disse que quando eu menos esperar, ele irá voltar! 

 Será que ele vai fugir? 

 Não sei amiga, ele disse que está ficando louco lá dentro! - Abaixei a cabeça e encarei meus dedos. — Tudo que eu mais quero é o seu irmão aqui. Mas eu prefiro que ele pague tudo o que deve, do que fugir e viver procurado o resto da vida! 

 Mesmo que isso leve anos? - Cá me perguntou e eu neguei com a cabeça. 

— Mas o que é que eu estou falando? Não suporto ficar mais um dia sem meu amor. Seria um sonho se ele voltasse antes de eu ganhar o Christian, imagine só Cá. Ele entrando por aquela porta dizendo que está livre! Isso seria maravilhoso. - Sorri. Por falar em sonho você não sabe o que aconteceu agora pouco. 

 O que amiga? É Bafão? Se for conta logo. - Cá sorriu. 

Contei a ela tudo o que aconteceu e Carla quase morreu de rir. Disse que eu era bipolar. Só que no mesmo instante ela ficou séria e saiu pela porta. Disse que ia ver se a vaca da atendente já havia ido embora, se não ela mesmo ia tirar a menina pelos cabelos. Depois eu que sou bipolar. 

Resolvo então subir para o meu quarto e tomar um banho. Hoje o dia foi exaustivo, vou descansar um pouco e me levantar para o jantar. Depois que Maycon foi preso, passo a maioria do tempo dormindo. Leandro e Douglas só falta me carregar do quarto para rua, eles estão sendo ótimos amigos. 

***



A força do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora