Com a aproximação do Maycon nós acabamos ficando apenas alguns centímetros de distancia. Ele me encarava e sorria de lado, me olhava como se fosse me devorar a qualquer instante. Senti seus dedos acariciando meu rosto, tombei minha cabeça para o lado e respirei fundo.
Maycon depositou um beijo molhado em meu pescoço, acabou fazendo com que eu me arrepiasse da cabeça aos pés. Uma sensação estranha e diferente das quais eu nunca havia sentido na vida me apoderou por dentro. Pude sentir meu sexo latejando, e encharcado de excitação.
— Maycon, por favor. — Sussurrei.
— Shiu! — Sussurrou de volta.
Tentei me controlar, mas estava sendo impossível. Maycon queria brincar, me levar a loucura e ele estava conseguindo aquilo com apenas chupadas em meu pescoço. Quando dei por mim, eu já havia o puxado e tomado sua boca com um beijo incrivelmente delicioso.
Ele me prensou na parede e começou a acariciar meu corpo com suas mãos; apertava minhas coxas, minha cintura, minha bunda. Eu estava focada naqueles toques, naquela boca e naquele beijo. No meio da loucura, segurei firme em seus músculos do braço e comecei apertar e alisar, ele era tão forte.
Em seguida, Maycon me deitou com delicadeza no sofá, tirou sua camiseta e eu acabei abrindo a boca num formato de "O". Que homem era aquele? Os quadradinhos em sua barriga eram videntes, eu não estava conseguindo parar de olhar.
Sorri de lado e o chamei com o dedinho. Maycon deitou por cima de mim e voltou a me beijar, levou uma de suas mãos até minha saia e a subiu um pouquinho; ele parou e ficou observando meu corpo quase nu em sua frente.
— Tu tá me deixando louco, novinha.
— Você também está... — Sorri.
Estávamos quase lá, quando escutamos uma voz atrás da gente.
— O que tu faz em cima do meu homem, sua piranha? — Olhei para trás e dei de cara com uma garota loira.
Sai rapidamente do colo do Maycon e comecei a arrumar meu cabelo. Ajeitei minha saia, peguei minhas coisas e segurei em mãos.
— Pergunta pra ele! — Respondi num tom de desdém e caminhei até à porta.
Maycon me puxou pelo braço e pediu para que eu não fosse embora, me desvencilhei de suas mãos e sai batendo a porta. Já do lado de fora, comecei a discar o número de um taxista enquanto eu descia o morro frustrada. Passei pela barreira onde havia alguns homens armados e revirei meus olhos, todos ficaram me olhando e alguns chegaram a assobiar.
Assim que o taxista chegou, entrei no carro e passei o endereço para ele. O caminho inteiro eu fui calada, pude perceber alguns olhares do homem que estava dirigindo pelo retrovisor, mas preferi não encarar muito. Passado alguns minutos eu já estava em frente de casa, paguei a corrida e me despedi do mesmo.
Desbloqueei meu celular e vi que ainda era 21h00min, então resolvi ficar um pouco no jardim para pensar em tudo que havia acontecido. É inacreditável como a pessoa pôde ter sido tão canalha, se ele tinha namorada, porque quis ficar comigo?
Devo ter perdido a noção do tempo, quando dei por mim já era quase 00h00min. Provavelmente a madrugada iria ser fria, pois já estava ventando e muito. Peguei minhas coisas e revolvi entrar em casa. Tirei meu salto dos pés, pois minha mãe provavelmente já devia estar dormindo e eu não queria acorda-la.
Caminhei até a cozinha e peguei algumas frutas. Eu estava morrendo de fome, e como não comi antes de sair de casa (mas quase fui jantada), eu precisava comer algo. Balancei minha cabeça num gesto negativo e subi para o meu quarto sem fazer barulho.
Já deitada em minha cama, começo a comer lentamente. Um cansaço enorme me invadiu por dentro, suspirei e dei mais uma mordida na minha maçã. Meus olhos estavam pesados, eu estava morrendo de sono.
Joguei as sobras das minhas frutas no lixo e abri o guarda-roupa em busca de um pijama confortável, escolhi um de seda e vesti o mesmo. Apaguei as luzes, deitei na cama e acabei dormindo antes mesmo que eu pudesse perceber.

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A força do amor
Novela JuvenilUma história de romance, onde mostra que o amor supera qualquer dificuldade e barreiras que a vida coloca em seu caminho. Maycon e Rayanne, duas pessoas completamente diferentes, onde o destino mostra que são capazes de amar um ao outro, sem que nad...