Maycon narrando:
Acordei e como de costume minha novinha não tava na cama, já tinha ido pro seu ganha pão (serviço). Eu não curto muito essa ideia, mas não posso priva-la de nada. Tomo uma ducha rápida. Me troco, coloco um boné e pego minha .40, coloco na cintura e desço pra boca.
Douglas e Leandro estão na venda, chego e os cumprimento com um toque de bandido. Vou até a salinha pra pegar o pagamento dos moleques. Me sento e confiro nota por nota, depois de tudo certo, me levanto e aceno pra Douglas que entende.
— Moeda irmão?
— É, passa pros moleques.
— Já é!
Me sento na cadeira e fico vendo o movimento, hoje tá bem alterado, mais do que o costume. Carla chega na boca e me cumprimenta com um beijo, eu já disse pra ela que eu não gosto que ela vem aqui. Mas não adianta, essa mina é teimosa pra caralho.
— Mano, me da dinheiro. - Ela faz biquinho.
— Tá louco em, desse jeito tu vai me falir menina. Precisa de quanto? - Pergunto enquanto abro a carteira.
— Se você puder me dar uns R$ 300,00 já me ajuda. - Reviro os olhos e entrego as notas pra ela.
— Agora volta pra casa, se quiser dinheiro me chama no rádio.
Ela ia me responder, quando um dos vapores entra correndo e vem até a mim. Ele está assustado, com os olhos bem arregalados, então sinto que ai vem treta.
— Patrão! - Ele grita e eu assinto com a cabeça para que ele continue. — Os caras estão invadindo, tá cheio de carro de polícia. Eles vieram tomar o morro!
Caralho, isso não pode estar acontecendo. Mas essa é a hora, corro até a salinha, pego todos os armamentos possíveis. Douglas, Leandro e todos do meu comando pega suas armas.
— Hoje vai ser pior do que a guerra mundial, então eu quero que vocês tomem cuidado! - Digo e eles assentem com a cabeça e saem correndo.
Começo a escutar os tiros, logo eles virão atrás de mim. Douglas continua ao meu lado, Carla está desesperada. A olho no fundo dos olhos.
— Eu quero que tu a leve em segurança até em casa, eles não devem ter conseguido subir ainda. - Digo para Douglas. — Carla, eu quero que tu fique trancada lá dentro, não abra pra ninguém. Se eles invadirem, tu sabe onde se esconder. Se precisar, mas só se precisar, tu mata! - Digo para Carla.
— Pelo amor de Deus irmão, se cuida! Por favor. - Ela chora enquanto me abraça.
Douglas a puxa pelo braço e a leva. Corro até a salinha e pego meu fuzil, vários pentes e coloco duas pistolas na cintura. Saio na rua e vejo muita gente correndo, monto na minha moto e vou proteger minha favela. Nesse momento agradeço a Deus, pela Rayanne não estar aqui.
Desço da moto, engatilho meu fuzil e começo a dar tiro na cabeça de vários vermes. E que o mata-mata comece!
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A força do amor
Teen FictionUma história de romance, onde mostra que o amor supera qualquer dificuldade e barreiras que a vida coloca em seu caminho. Maycon e Rayanne, duas pessoas completamente diferentes, onde o destino mostra que são capazes de amar um ao outro, sem que nad...