Minha Loba

Capítulo 6

Eu estava dentro de uma floresta. Mas esta era diferente. Estava de dia. Suas árvores que me rodeivam, tinham folhas vermelhas e secas, que iam caindo pouco, a pouco dos seus galhos. Mas algo em minha frente me chamou a atenção. Havia uma árvore. Mas essa era a mais grande que do que outras. As suas folhas também caíam, mas a visão dela era magnifica. Fiquei a encarando por um longo tempo. Eu não conseguia desviar o olhar. Algo nela me chamava. Me aproximei e a toquei. Mas não aconteceu nada. Porem ouço um barulho atrás de mim, me viro, vejo que era a Malu. Como assim a Malu?

-Malu? _ perguntei, mas ela não me respondeu só continuou me encarando. Eu ando em sua direçao, e fico na sua frente, mas mesmo assim ela continua parada. Me assustei um pouco quando ela começou a andar e chega perto de mim. Um pouco hesitante levanto a minha mão para tocá-la. Quando eu a toco, tudo se escurece.

Tudo estava em silencio. Abro o meus olhos, e vejo que eu estava em frente de uma cabana. Um vento frio balançaram o meu cabelo. Olho a paisagem em meu redor. Tudo parecia não ter vida. Os galhos das árvores eram secos e sombrios. Não haviam nenhum som de animais. Parecia que eu estava em uma floresta fantasma. Mas tudo muda, quando ouço vozes, que parecia, que vinham de dentro da cabana. Com a minha curiosidade, abro bem devagar a porta e entro. Lá dentro estava mais quente do que, lado de fora. A casa era iluminada por velas, dava para ver algumas decorações, mas logo isso muda meu foco, quando eu ouço novamente a voz, mas depois um grito. Caminhei na direçao do som, cheguei ate em uma porta, mas esta estava aberta. Olho ao redor, e parecia mais um quarto. Mas os meus olhos param na cama. Nela havia uma mulher deitada, era ela que gritava. Entrei no quarto, mas parecia que ninguem me via. Cheguei mais perto da cama, e vi o motivo da mulher gritar. Ela estava no trabalho de parto. Outra mulher que estava embaixo das sua perna, a incentivava a fazer força. Com certeza era a parteira. Voltei a olhar para a moça que estava dando a luz. Ela era linda. Mesmo com o suor que escorria na sua testa. Ela tinha cabelos loiros e cacheados, os seus olhos era tão azuis quantos os meus. A sua pele era branca como a neve, e as suas bochechas estavam rosadas por o seu esforço. Mas mudei a minha atenção quando a moça da um último grito.

-Nasceu. _ falou a parteira. Um sorriso bobo saiu dos meus lábios, mas logo foi desfeito quando não ouço nenhum som vindo do bebe. Olhei o nos olhos da parteira, o seu olhar era de tristeza. Desviei o olhar para a moça, que também não retirava o olhar para a parteira. Mas nesse era de desespero.

-O que aconteceu com o meu filho? Por que ele não esta fazendo nada. _ a parteira não respondeu, com isso a moça ficou mais desesperada. -ME DIGA!!! _ gritou

-E-eu sinto muito. _ as lágrimas começaram a escorrer no rosto da moça. -Mas a sua filha nasceu morta. _ disse em voz fraca

-Filha? Era uma menina? _ a mulher concordou. -Não. Me diz que é mentira por favor. _ suplicou. -Me de ela.

-Mas senhora ela esta morta. _ disse

-Me. De. Ela. _ a parteira não teve escolha a não ser a entregar. Colocou o bebe, que estava enrolada em um pano, nos braços da mãe.

-Eu sinto muito. Mas nos já saberíamos que isso iria acontecer, por....

-Saia daqui!! _ disse para a parteira

-Mas... _ ela ia falar alguma coisa mas a moça a interrompeu

-Você não ouviu? Saia daqui AGORA!! _ a parteira acabou saindo. Quando a moça ouviu a porta sendo fechada, um soluço escapou da sua boca. As suas lágrimas escorriam sem parar. Com um dedo polegar, ela começou a encareciar as bochechas pálidas da bebe. A moça suplicava em sussurros que aquilo tudo era mentira. Uma lágrima solitária escorreu em meu rosto. Não sei o por que, mas vendo o sofrimento da mulher, o meu coração se preencheu em um sentimento de solidão.