-Me responda você Hector. _ disse a Sofia com um riso amargo e se virou para pegar alguma coisa de dentro do armário. -O que você acha?
-Sofia para de me enrolar e desembucha o que eu quero saber. _ falei com raiva por não ouvir a resposta que eu desejava. Mas mesmo assim ela se permaneceu em silêncio sem se importar a me olhar por uma única vez. E todo esse silêncio estava me torturando a cada segundo. -Sofia...
-Não sou eu que devo dizer isso para você Hector. _ disse e me olhou por alguns segundos antes de voltar mexer no armário novamente.
-Como não? Foi você que leu aquelas cartas e me disse que ela... _ não terminei de falar, mas nem foi preciso para a Sofia entender. Mas isso só a fez voltar a olhar para mim e sorrir levemente.
-Sim, fui eu que li as cartas Hector e disse que a sua companheira nasceu morta. _ diz e abriu um sorriso de deboche. -Mas foi você que saiu correndo sem me deixar terminar o que eu tinha para dizer. Agora não vem todo arrependido e me dizendo o que devo fazer, porque tudo isso é somente culpa sua.
Ouvindo as suas palavras foi impossível para eu abrir a boca para responder novamente. Ela estava certa, não importava se eu passei por todos esses anos em sofrimento acreditando que a minha companheira tinha morrido. Fui eu que fiz a burrada de fugir sem ao mesmo terminar de ouvir a verdade. Não foi a culpa da Sofia, não foi a culpa de ninguém, foi somente de mim mesmo.
-Você esta certa. _ falei depois de ficar algum tempo em silêncio. E soltei um longo suspiro. -Mas não vou mentir para você Sofia, não importa o que eu devo fazer eu devo saber da verdade. _ com um sorriso no rosto fechei os meus olhos, no mesmo momento a imagem daquela garota apareceu na minha mente. Seus cabelos alaranjado, os seus lindos olhos azuis cristalinos e o seu cheiro. -Sofia tem uma pessoa que eu não consigo esquecê-la por um único segundo, ela sempre me faz sentir tão bem quando estou ao seu lado, sempre desejo cuidar e a proteger de tudo e de todos. Você não sabe como eu queria que ela fosse a minha companheira, mas antes eu prec... _ parei de falar quando sinto um tapa na minha testa que me fez ficar atordoado por alguns momentos e encarando aquela bruxa na minha frente sem entender o por quê ela tinha feito aquilo.
-Se o seu coração e o coração do seu lobo já escolheram ela, por que você ainda esta querendo tanto saber dessas respostas bobas? _ perguntou e segurou as minhas mãos dando um aperto de leve. -Eu já tinha percebido como os seus olhos estão tão brilhantes, muito diferente quando você tinha saído daqui pela a última vez. Eu sabia que já havia uma pessoal especial que conquistou o seu coração frio. Porem como idiota que você é, nem conseguiu percebeu uma coisa tão óbvia como esta. O que você acabou de me dizer já prova isso. Mesmo quando você continuar a negar, eu sei que lá no fundo do seu coração você sabe que a sua companheira não morreu, e que ela é a garota que você se apaixonou.
-Ana é minha companheira? _ murmurei espantado, mas longo em seguinte uma felicidade queimou como fogo por dentro de mim, que me fez controlar para não poder gritar. -É realmente ela...
-Então o nome dela é Ana. _ diz a bruxa com um sorriso estranho no rosto. -Espero conhecê-la em um dias desses.
-Nunca. _ digo imediatamente que a fez me olhar com irritação.
-Você não precisa ficar com ciúmes não, querido. Agindo desse jeito esta parecendo pior que uma criança mimado. Nem sei como você consegui permanecer como um soberano até hoje. _ murmurou enquanto pegava em uma dos seus potes com um líquido de cor verde.
-Você sabe com você eu não preciso ser um soberano, Sofia. _ falei. -Como você já tinha me dito antes, você sempre foi a minha babá e cuidou de mim por todos esses anos.
-Você realmente esta me dizendo isso? _ perguntou se fingindo chocada mas foi impossível para esconder aquele sorriso em seu rosto. -Você parece feliz por finalmente saber que tem uma companheira. Mas se você não fosse tão cego já deveria ter sabido antes. _ disse por final com um olhar provocante.
-Eu sei disso, mas há muito tempo que eu já acreditava que ela morreu, não havia nenhum outro jeito senão saber da verdade.
-Mas ela realmente morreu Hector. _ falou Sofia e cruzou os braços em cima do peito e olhou para mim agora seriamente sem transparecer aquele momento de brincadeira de antes.
-C-como? Ana não... _ confusão tomava conta de mim. Antes eu pensei que houve algum erro, que Ana não morreu, mas agora Sofia diz que ela nasceu já morto, mas como ela...
-Eu sei o que você esta pensando agora Hector, mas tem algo importante que você esqueceu, ainda tem aquelas cartas que você não viu. _ diz a bruxa. -As cartas diziam que o fogo da fénix vai trazê-la a vida, porem será pago com uma outra vida.
-Pago com uma outra vida? _ pergunto, mas isso só a fez sorrir tristemente.
-Isso não é importante agora, mas o que você deve saber que a sua companheira esta vida e esperando por você.
Ouvido o que ela diz foi o suficiente para crescer um desejo de voltar o mais rápido o possível, para voltar para a minha companheira. Logo em seguida me despedi da bruxa e me transformei na minha forma de lobo. Já do lado de fora, olhei pela a última vez para a casa antes de voltar a correr na direção da floresta. Espere por mim Ana, que logo estarei ao seu lado novamente.
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Sofia:
Olhei através da janela por onde o Hector tinha sumido. Somente depois de alguns momentos, eu finalmente soltei um longo suspiro. Inclinei a cabeça para trás e olhei para o céu iluminado. " Essa é única coisa que eu posso fazer por você Kinbble". Um sentimento miserável passou por mim, enquanto eu mergulhava em um abismo da minha próprias memórias.
"Eu tentei levar a sua filha para longe desse mundo, como você tinha me pedido antes de morrer Kinbble. Mas parece que a deusa da lua não concordou com isso..."
Um último suspiro saiu pela minha boca e logo em seguida sai de perto da janela e voltei para as minha poções normalmente como se não estivesse acontecido.
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Minha Loba
WerewolfDepois da sua primeira transformação, Ana nunca foi a mesma. E o motivo? Foi que as pessoas que ela mais amava a chamaram de MONSTRO. Apartir daquele dia teve que conviver com a dor e a solidão. Porem tudo muda, quando ela vai há um acampamento na c...