Capítulo 42

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          Eu fui pega pela a chuva antes mesmo de eu conseguisse chegar na casa do alfa. O céu escuro e a brisa fria fazia com que a floresta ficasse um pouco mais sombria. Mas também havia um mistério que me fazia pensar o que iria acontecer se eu entrasse ainda mais, e conhecer cada canto dela. Todavia, deixei esse pensamento de lado, me transformando para que eu podesse chegar mais rápido na alcateia. Mesmo parecendo que em cada segundo, a chuva se tornava cada vez mais forte.

         Demorei o mais que esperado para que eu conseguisse chegar na alcateia. Eu parei em frente da entrada antes que eu chamasse atenção das pessoas que poderiam estarem na rua. Após de eu me transformasse de volta entro na alcateia. As ruas estavam quase que vazias, pouco pessoas usavam os guarda-chuvas para que pudessem se protegerem desta forte chuva. Eu não tinha nenhum guarda-chuva que podesse usar, me deixando completamente encharcada. Se eu fosse um humana comum, sem dúvidas eu ficaria doente. Mas agora nada disso mais importa.

      Voltei a caminhar apressada na direção da casa do alfa Jorge. Apesar que eu tenha ido naquele lugar apenas duas vezes, eu sabia perfeitamente onde ficava. E cada vez que eu me aproximava, um estranho sentimento de ansiedade crescia ainda mais, no meu peito. Esta vai ser a primeira vez que eu irei ter uma conversa com ele sem a companhia da dona Sueli. Mas eu sinto que preciso ter essa conversa com ele. Tenho pelo menos tentar o convencer para que não mandasse embora da alcateia. Eu tenho a certeza que aquela vadia da Catarina, inventou novamente monte de coisas ruins para o meu lado. Talvez esta confusão toda não teria, se eu conseguisse me controlar e ignorar as suas provocações. Mas o que eu podia fazer, eu não sou feita de ferro. E ainda mais, não me arrependo nenhum pouco por eu ter deixado aquela garota quase que sem cabelos, e hematomas que marcou o seu rosto todo.

         Eu parei em frente da porta da casa, onde eu fui impedida pelos os guardas de entrar. Fiquei esperando embaixo da chuva esperando para que eu podesse ter a permissão. E nesse tempo todo eu me perguntava mentalmente, se aqueles guardas não se importavam em estarem embaixo daquela chuva o tempo todo. Um suspiro de alívio saiu da minha boca quando eu finalmente pude entrar. E a ansiedade que eu sentia voltou ainda mais forte. Caminhei pelo o corredor observando cada detalhes que tinham pelo o caminho. Na última vez eu não tive a oportunidade de reparar nisso, mas agora eu estou quase que encatada pelos os quadros que ficavam nas paredes, e alguns vasos de flores que ficavam em algumas mesinhas. Eu nunca poderia imaginar que o alfa Jorge decorava a sua casa com vasos de flores. Entretanto, isso até deixava o ambiente um pouco mais confortável e tranquilo.

        Virei o corredor e acabo encontrando a sala de estar. A vontade de sentar naquele sofá, que parecia bem macio, era tentadora. Mas com o estado que eu estava, era impossível. Respirei fundo e começo a olhar ao redor para ver se eu achava as escadas que me levariam ate no escritório do alfa Jorge, porem os meus olhos pararam até em algo que estava em cima de uma mesa bem ao lado do sofá. Parecia ser um retrato de alguém, mas eu não entendo como algo assim poderia me chamar tanta atenção. Como um imã vou andando naquela direção pronta para poder pegar o retrato e tentar descobrir quem é a pessoa que estaria naquela foto. Contudo, quando eu iria me aproximar para poder pegar o retrato, me assusto com uma voz atrás de mim.

-O que é isso?!? _ me viro rapidamente encarando o alfa Jorge com as bochechas coradas. Eu me sentia como se fosse pega no flagra, mesmo não tendo feito nada de errado.

-E-eu n-não iria... _ tentei explicar algo que eu nem ao mesmo conhecia. Ele se aproximou um pouco bravo, e parou somente ficou na minha frente.

-Qual é o motivo para que você esteja toda molhada desse jeito garota? _ perguntou me encarando dos pés a cabeça. Deve que o meu estado deve estar bastante crítico pelo o modo que ele me olhava. Todavia, nunca poderia imaginar que ele retiraria o seu próprio terno, e o colocaria em cima dos meus ombros, que tremiam levemente pelo o frio. Surpreendida pelo o seu ato, arregalei os meus olhos não acreditando que ele seja a mesma pessoa que eu tinha encontrado na última vez. -Joana!! _ chamou quase que gritando, e logo depois disso chegou uma senhora toda apressada. Ela olha para o alfa sem entender nada, mas quando os seus olhos caiam sobre mim, ela fica pálida como se acabou de ver um fantasma.

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