3 anos depois
Depois daquele dia, eu nunca mais fui a mesma. As primeiras mundanças que tive foi começar a morar no porão. Eu não pude fazer nada, a não ser obedecer. Naquele porão havia somente um colchão no chão. O lugar não tinha nenhuma iluminação, era tudo escuro. No começo eu tinha ficado apavorada, mas a Malu esteve me distraindo o tempo todo, ate que tinha pegado no sono. Agradeço muito a ela por isso. Mas o pior de tudo, quando as Madres trancaram a porta do porão para que eu saísse somente duas vezes por dia. Naquela hora eu segurei o meu choro. Por que depois da rejeição delas, prometi a mim mesma que nunca mais derramaria sequer uma lágrima.
Mas o que as Madres não sabem. Por eu ter ficado aqui a muito tempo, acabei desvendando os misterios do porão. Esse orfanato deve ser antigo, para que as Madres não saberem que existia uma porta escondida atrás de uma caixas. Essa porta foi perfeita para mim. Por trás dela havia uma escada, que logo depois tinha uma outra porta. Depois de passar por ela, já dava aos fundos do orfanato, na onde ficava a floresta. Agora eu não me importo de ser trancada. Eu conseguia sair a qualquer hora. Mas eu odiei o fato de que elas me tirarem da escola. Eu só pegava as lições de Lisa, para eu poder estudar. Elas queriam tirar tudo de mim. Principalmente quando chegava um casal para adotar uma criança, elas me trancavam, só para me manterem longe deles. Por que eu era um perigo. Eu passava meu maior parte do meu tempo na floresta, para controlar a minha transformação, e não perder o controle. Não tive nenhum motivo ainda para elas me acharem um perigo.
Mas nesse ano aos meus 15 anos, e que daqui a 4 meses fazerei 16, voltei para a escola. O motivo?. A Lisa acabou sendo adotada aos seus 14 anos, por um casal estrangeiros. Nunca fiquei tão feliz em voltar para a escola. Mas mesmo assim, não fiz amizade com ninguem. Foi um pedido das Madres, na verdade foi umas das suas regras. Sem eu ter nenhum amigo na escola, muitos me chamam de estranha. Mas o que eu não suporto e ser chamada de órfã, ou falarem dos meus pais. Mesmo eu sendo um lobisomem, ( que de um tempinho acabei sabendo ), controlo a minha força e dou uma bela surra na pessoa, mesmo ser homem ou mulher, eles sempre voltam para as suas casas com a cara toda ensanguentado, e eu, nem sequer um arranhão. Até que ser assim tem as suas vantagens. Mas sempre que volto para o orfanato, tenho que ouvir os sermões das Madres, como esta acontecendo agora.
-VOCÊ ESTÁ ME OUVINDO ANA!!. _ gritou a Madre Rose. Não sei o por que, precisar disso tudo
-Estou te ouvindo Madre Rose _ falei revirando os olhos e fingindo um bocejo
-Você esta muito mimada para o meu gosto. _ olho para o seu rosto que parecia que iria explodir fumaça em suas narinas, de tanto vermelha que estava. Dava para ver as suas veias que pareciam querer pular para fora do seu rosto
-Você quer que eu fasso o que ? Eu já te pedi desculpa!!. Já prometi que eu nunca mais vou fazer isso!! _ mentira
-Quantas vezes você já me disse isso? _ riu sem humor. Umas 50 vezes? _ pensei
-Você sabe muito bem que são elas que começam a implicar comigo. _ tentei me defender
-Mais isso não dá o direito de batê-los daquele jeito. _ soltou um suspiro de derrota
-Me perdoa Rose eu... _ me cortou
-Madre Rose _ tive segurar a vontade de revirar os olhos
-Me perdoa Madre Rose. _ falei com desgosto, e ela me deu um olhar reenprendor. Acabei dando um sorriso forçado. -Eu me arrependi. _ menti novamente. Ela me encara e solta um suspiro
-Acho melhor eu tirá-la da escola novamente. Talvez assim vou aprendi as consequências pelos os seus atos. _ o seu olhar transmitia raiva. Mas não aguentando e acabei rindo. -E agora, por que você esta rindo garota?
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Minha Loba
WerewolfDepois da sua primeira transformação, Ana nunca foi a mesma. E o motivo? Foi que as pessoas que ela mais amava a chamaram de MONSTRO. Apartir daquele dia teve que conviver com a dor e a solidão. Porem tudo muda, quando ela vai há um acampamento na c...