Estou caminhando em uma pequena trilha que consegui encontrar. Cada vez eu ia me afastando ainda mais do acampamento. Mas eu não me importava. Essa densa floresta é linda. Os barulhos dos pássaros me encantava, e o ar puro me acalmava. A luz dos raios de sol ficavam cada vez mais fraca, por já esta escurecendo. Mas deixava a paisagem ainda mais bonita. Nessa paz acabei esquecendo um pouco dos meus problemas. Porem foi um momento pequeno, pois mesma com essa liberdade toda, me sentia ainda incompleta. Talvez podia ser a causa de eu ter tido separada da Duda. A única que tinha feito eu rir novamente. A única que não me viu como um monstro e foi a única que não me abandonou. Como eu poderia voltar para o orfanato, se as pessoas que eu amei me chamarem de monstro e que queriam que eu estivesse morta. Talvez elas nunca te amaram. Diz a Malu mas eu nem a respondo. Se elas nunca me amaram de verdade, eu sim. Eu as consideravam como mães. Mãe. Quando criança eu sempre queria conhecer a minha verdadeira família, mas agora eu penso se eles me abandonara por já saberem que eu sou assim. Ou talvez não. Me lembrei do meu sonho da mulher que tinha sacrificado a sua vida para salvar o seu filho, eu queria tanto saber quem era ela. Um sorriso bobo saiu dos meus lábios, quando as lembranças da Duda eu juntas. Ela era mais nova do que eu, mas nas maiorias do tempo ela era que cuidava de mim.
Quando eu ficava ficava no porão e sem água ou comida, a Duda vinha e trazia as coisas que eu precisava. Claro que eu poderia sair pelas as portas do fundo. Mas ela sempre me orientava a não sair de dia, pois eu poderia ser pega. Ela foi o meu anjo. Eu lhe agradeço por isso. Quando eu sai dos meus pensamentos, percebi que eu tinha saído da trilha, e tudo estava escuro. Como eu fiquei tão lerda assim? _ pensei. Me virei de costa para ver se eu acho a trilha novamente, mas parecia que eu entrava ainda mais dentro na mata. Droga eu estou perdida. Dou um longo suspiro de frustração e caminhei ainda mais apressada. Olho em redor e tudo era somente árvores e mato. A única iluminação era da luz da lua cheia. Fiquei desesperada, mas acabei me lembrando em uma coisa que eu tinha lido em um livro. Que uma pessoa tinha se perdido na mata e que subiu em uma grande árvore para encontrar o caminho de volta. E foi isso o que eu fiz.
Encontrei uma árvore bem alta, e para a minha sorte ela tinha bastante galhos, me facilitando na subida. Quando eu chego ao topo, olho a paisagem em meu redor. Fico maravilhada com a vista. O céu esta banhado por estrelas, mas o que destacava mais era a grande lua cheia. Eu a encarei por um longo tempo, ela me trazia um sentimento de paz. Mas a minha atenção foi quebrada quando ouço galhos se quebrando. Um pouca nervosa fiquei observando no alto para ver se eu acho a causa do barulho. Ouço do som do galho se quebrando novamente, mas já estava mais perto me causando arrepio na nuca. Mas acabou aparecendo um cervo no meio da mata. Acabei soltando um suspiro de alivio. Olhando para aquele cervo a minha barriga começou a roncar. Eu estou faminta. Desci da árvore em silencio, para não assustar o meu lanche. Consegui ficar bem atrás dele, e preste a me transformar e atacá-lo, mas um vulto passou em meu lado e atacado o meu cervo. O meu coração começou a se acelerar, quando vi que o vulto era na verdade um lobo cinza de olhos castanhos famintos. Coloquei a minha mão contra a boca para abafar o meu grito. Comecei a me afastar mas com a minha burrice acabei pisando em um galho chamando a atenção do lobo. Os seus olhos se arregalaram um pouco mas logo mostrou os dentes cheios de sangue. Foi nesse momento que eu comecei a correr.
Eu não conseguia me transformar, parecia que o medo me bloqueava. Eu corria com toda a minha velocidade, nem precisava olhar para trás para saber que ele me perseguia. Ouço um ruivo e logo após outros. Corra. Uma voz saiu dentro de mim. Malu. Isso fez com que eu corresse ainda mais. Os galhos rasgava a minha pele na onde que estavam descobertas. Eu tentava desviar mas a escuridão não ajudava. Ouço passos de lobos correndo atrás de mim, mas não somente um e sim vários. Isso só pode ser um outro pesadelo. Era isso que eu queria acreditar, mas um galho com espinho acaba fazendo um corte profundo em meu braço causando a dor insuportável. Sinto o sangue fresco saindo pelo o corte. Com o peito já ardendo pelo o cansaço, as minhas pernas já pediam por descanso. Mas se eu parar eles irão me pegar. A adrenalina preencheu o meu corpo me fazendo apresar os passos. Mas não durou muito eu tive parar de vez quando cheguei no topo de um penhasco. Olhei para baixo, havia um rio com fortes correntezas. A altura era muito alta me causando tontura. Me afastei de lá e me virei para ver se eu acho o caminho para dar a volta. Mas parei quando vi que eu estava cercada. No total havia 20 lobos, todos eles estavam rosnando para mim, eu fiquei petrificado não consegui mexer sequer um fio de cabelo. Eles começaram a abrir o caminho e passou um lobo preto vindo na minha direção. Os seus olhos me chamaram a atenção, eles eram mais negros que a própria escuridão. O lobo do meu sonho. Cada vez que ele se aproximava, eu dava três passos para trás. Eu não conseguia parar de olhar em seus olhos. Das quais me deixavam apavorada, mas também um sentimento que eu não consigo explicar. Com os meus últimos passos, percebi que eu já estava no topo, novamente. Se eu pulasse acabaria me afogando, mas se ficar parada ele me mata. Antes de eu pensar da qual maneira e preferia morrer, ele rosnou e veio correndo em minha direção com os dentes a mostra. Com o medo dei um passo para trás, mas não tinha um lugar para onde eu pisar, me fazendo cair. A única coisa que eu me lembro foi sentir a água fria do rio se chocarem com o meu corpo, e os olhos negros e mais frios que a escuridão me encararem.
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recadinho
Obrigada a todos, que estão lendo esse livro. Espero que estejam gostando. Me perdoam pelos os meus erros cometidos. O próximo capitulo poderá sair no domigo.
E DESEJO A TODOS UM FELIZ NATAL!!!Bjs, e até logo
Sango18
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Minha Loba
Hombres LoboDepois da sua primeira transformação, Ana nunca foi a mesma. E o motivo? Foi que as pessoas que ela mais amava a chamaram de MONSTRO. Apartir daquele dia teve que conviver com a dor e a solidão. Porem tudo muda, quando ela vai há um acampamento na c...