Levanto-me da cama, logo depois do despertador tocar. Respiro fundo e saio do meu quarto/porão. E vou em direção ao banheiro, escovou os dentes e fasso a minha higiene. Despi-me, e ligo o chuveiro, o deixando na água gelada para me despertar completamente. Depois do banho vesti-me colocando o uniforme daquela escola, e uma calça jeans azul. Coloco a minha jaqueta favorita que tinha um capuz que cobria uma grande parte do meu rosto. Arrumo o meu cabelo ruivo que tive algumas complicações por causa dos nós, mas o acabei o deixando solto. Não utilizo maquiagem. Ponho as minhas botas e pego a minha mochila.Tudo pronto, vou a cozinha para pegar algo para comer. Minha sorte é que ninguem estava lá, pego uma maça, e saio do orfanato. Pego os meus fones de ouvido e os coloco. Senti pelo menos, um pouco de liberdade. O vento frio de inverno, balançarem o seu cabelo, a sensação é maravilhosa. Mas o que é bom acaba rapidamente, já cheguei a escola. A distancia da escola ao orfanato , eram somente duas quadras. Quando entrei, eu era umas das primeiras. Eu sempre vinha cedo para não ver as caras das pessoas que eu mais odeio daqui a escola, as patricinhas e os populares. Não entendo os motivos deles quererem implicar comigo. O que eu sei nunca fiz nada com eles. Mas a melhor coisa que eu sei fazer, é ignorá-los, se eu não fazer isso, ai que eles não me deixariam em paz.
Vou em direção ao meu armário para pegar as minhas coisas, mas acabo esbarrando em alguém. Me viro e vejo que era Marta a líder do grupinho das patricinhas. Acabei revirando os olhos, eu mereço. Ela me encara com um olhar de ódio. Ela era morena e eu pouco mais alta que eu, cabelos e olhos pretos. Era conhecia de ser a garota que ficou praticamente todos os garotos da escola, uma vadia
-Por acaso você não tem olhos para enxergar não garota? _ a sua voz era tão irritante que deu ate a vontade de tampar os ouvidos. Mas fiz algo melhor, eu a ignorei. Porem aquela idiota acabou segurando o meu pulso. -Parece que a estranha não me ouviu. _ disse sorrindo, mas logo depois o desmanchou quando não a respondi. -Pelo jeito a órfã não sabe mais falar. _ riu, outras garotas que estavam junto a ela começara a rir também. O que elas queriam era me irritar, mas não conseguiram facilmente. Dei um sorriso de canto, tirei o meu pulso que segurava e me virei de costa voltando para o meu caminho.
Estou achando bastante estranho, delas estarem aqui tão cedo. Olho para trás e vejo que elas ainda me encaravam. Tem algo aí. Sem duvidas elas estão aprontando alguma. Chego em meu armario, mas acabo ouvindo risadas abafadas. Pego a minha mochila e finjo em pegar alguma, para poder ouvir o que elas estão planejando.
Voce acha que vai da certo Marta?
Claro que vai Emily,voce vai ver, ela vai sair gritando como uma louca.
Tomara que der certo. Foi horrível tocar naquilo.
Realmente foi nojento.
Voce fala isso mas não foi voce pegou naquilo. Mas me diz aonde voce o arrumou aquela coisa?
Pedi para o Ricardo, ele tem bastante daquilo.
Ei o que vocês estão fazendo ai cochichando?
Cala a boca Luísa, se não a estranha vai acabar nos ouvindo.
Ouvindo o que?
Para de ser idiota Lu, lembre daquele nosso plano
O da aranha?
Claro sua tonta.Então era isso que elas planejaram. Pelo amor de deus, quem colocava aranhas nos armários dos outros, somente aquelas loucas. Acabo soltando uma risada. O que elas não sabem, é que aranhas são um dos animais que eu mais admiro. Por serem pequenas e poderosas. Por isso que dissemos: tamanho não é documento. Abro o meu armario e vejo uma aranha grande e peluda. São as minhas favoritas. Pego ela na mão e a retiro do armário. Olho para a Marta, que estava de boca aberta e olhos arregalados, e dou um sorriso de diversão. Ver a sua cara daquele jeito foi irado.
Saio da escola e coloco a aranha na onde que ninguem poderá a ver. Depois de voltar, entro na minha sala, me sentando na última carteira no lado da janela. Meu lugar predileto, para eu ver o lado de fora e o céu.
Estávamos quase terminando a terceira aula, que era de língua portuguesa da professora Simone. Odeio aquela professora, era uma rabugenta. Mas logo o sinal toca avisando o intervalo. Ate que fim. Saio da sala indo para o refeitório. Pego a bandeja e começo colocar, arroz, feijão, pouca salada e bastante carne, uma pera, e por fim uma caixinha de suco de laranja. Saio do refeitório, indo em direção nos fundos da escola, que tinha uma grande árvore, que eu adorava ficar lá, na sua sua sombra. Depois de chegar sento-me na grama, colocando a bandeja em meu colo, e começo comer.
Na última aula o diretor entra na sala, para anunciar que a escola iria fazer um acampamento na cidade vizinha, Beacon Hills. Muitos bateram palmas e outros reclamaram. Essa viajem poderá ser bom para mim, e para Malu. Sem duvidas. Sorri. Depois do diretor ir, o sinal tocou, e os alunos saíram como loucos, saio logo depois. Deixo os meus materiais no armario e vou embora. Quando eu iria abrir a porta do orfanato, quando, ouço alguém gritando o meu nome. Olho em meu redor e vejo os cabelos loiros e cacheados vindo em minha direção. Com seus olhos olhos esmeralda e um sorriso enorme, tendo a famosa janelinha.
-MANA!!!_ gritou novamente
-Duda? _ fui a ela e dei um longo abraço. -O que voce esta fazendo aqui fora, meu anjo? _ perguntei
-É porque eu já estou bem forte, olha. _ me mostrou o seu bracinho. Querendo mostrar os músculos, que não tem.
-Que bom pricesa. _ falei realmente feliz.
-Mas Ana queria te fazer um pedido. _ falou tímida
-O que? _ perguntei curiosa. Ela nunca tinha me pedido algo antes.
-Quero ir a floresta com você. _ disse rapidamente
-Por que? _ eu não estava entendo o que ela queria
-E-eu queria te ver.., sabe da outra forma, pelo menos mais uma vez. _ ela me viu transformado só uma vez, e adorou. Mas é estranho ela querer me ver assim de novo, principalmente agora
-Eu não sei se é uma boa ideia princesa...
-Por favorzinho... _ fez uma cara tão fofa que eu não tive como recusar.
-Tudo bem... _ suspirei derrotada. Mas logo abri um sorriso quando eu vi sua animação.
-EBA!! _ gritou
-Então vamos antes que nos vejam. _ peguei em sua mãozinha e a levei a floresta. Chegamos ate em um lago, deixo ela lá e vou atrás de uma árvore, tiro a minha roupa e me transformo, depois vou ate nela. Ela fica admirada, levanta um pouca a cabeça por eu ser maior que ela. Coloca a mão em meu focinho, e desliza ate no meus pelos do pescoço fazendo carinho. Me deito no chão, ela me olha sem entender. Pode subi. Falei em sua mente. Os seus olhos brilham ainda mais, e acaba subindo. Aos pouco vou me levantando para não derrubá-la. Quando esta segura começo a correr devagar pela floresta. Até que ela grita.
-VAMOS!!
Depois comecei a correr mais rapido por toda a floresta. A sua alegria me trouxe uma felicidade que eu nunca senti antes. Me fazendo rir por dentro. Levei ela de volta para o lago, fui atrás da árvore na onde estava a minha roupa e me vesti-me. Peguei a sua mão e comecei a leva-la para fora da floresta
-Espere. _ disse Duda antes de sairmos completamente fora da floresta.
-O que foi? _ seu olhar tinha um pingo de tristeza me deixando preocupada. Agacho-me ate em seu tamanho segurando o seu rosto.
-Não é nada. _ os seus batimentos aceleraram dizendo que estava mentido. Ela nunca mentiu para mim antes. Antes de eu dizer alguma coisa ela foi mais rapido. -Só quero fazer uma coisa, posso? _ eu só concordei
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Minha Loba
Lupi mannariDepois da sua primeira transformação, Ana nunca foi a mesma. E o motivo? Foi que as pessoas que ela mais amava a chamaram de MONSTRO. Apartir daquele dia teve que conviver com a dor e a solidão. Porem tudo muda, quando ela vai há um acampamento na c...