Capítulo 50

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Meu corpo paralisou como uma estátua, enquanto eu observava a sua imagem. Apenas o que eu sentia, era o meu coração acelerado. Ele percebendo o meu estado com um sorriso aos poucos se aproximou. Parou até na minha frente, e logo em seguida me dando um leve beijo nos lábios me trazendo de volta a realidade.

-O-o q-que você está fazendo aqui? _ perguntei nervosa e corada, por vê-lo tão perto de mim.

-Você estava machucada, fiquei preocupado. _ ele disse um pouco sem jeito. Mas gentilmente colocou a mão na minha testa, no mesmo lugar que eu tinha cortado.

-já estou bem melhor, não tem mais nenhum ferimento. _ falei e segurei a sua mão com a minha. -Foi você que me trouxe até em casa, não foi? _ como uma resposta ele assentiu com a cabeça me fazendo abrir um sorriso.- Obrigada.

-Não precisa me agradecer. Saber que você esta bem, já é o suficiente. _ respondeu com uma voz calma. Segurando ainda nas minhas mãos, me puxou para os seus braços.

Talvez eu não sei o por que, mas toda vez que eu estou nos seus braços, eu me sinto completamente confortável. Era como se aqui fosse o meu lugar...

Fiquei por um momento distraída, só voltei quando ouço uma tosse falsa ao lado. Eu olhei ao redor e vi que a dona Sueli estava ainda na porta nos olhando com curiosidade. Percebendo isso, me afastei dele mais rápido do que eu poderia imaginar. Sinto as minhas bochechas queimarem ainda mais. E no final desse constrangimento todo, ouço as risadas dessas pestes, que também estavam no meu lado.

-Desculpe-me dona Sueli, eu não vi que você ainda estava aí. _ falei ainda envergonhada pelo o que aconteceu.

-Eu percebi. _ falou em tom como de acusação, mas também deu uma risada logo em seguida. -Vem crianças, não vamos atrapalhar os dois. _ ela ia pegar nas mãos deles para sair, mas eu a impedi com um gesto.

-Não vá dona Sueli, as crianças estavam esperando a muito tempo por esse bolo. Você poderia por favor, cortar o um pedaço do bolo para os dois?

Eu a vi concordar com um balanço de cabeça. Me sentindo agradecida, aproximei e dei um beijo na sua bochecha, a fazendo abrir um sorriso carinhoso.

-Obrigada dona Sueli. _ após de dizer isso, abri o último sorriso na sua direção, antes de segurar na mão do Hector e o puxá-la para fora da cozinha.

Nos andamos até quando saímos da cabana. Começando a caminhar na direção da trilha na floresta. Ficamos de mãos dadas pelo o caminho todo, apesar que nenhum de nós dois falava alguma coisa. No entanto, aquele silêncio entre nós não era desconfortável, pelo ao contrario, eu me sentia segura e tranquila.

Na floresta só se ouvia os cantos dos pássaros. A imagem das folhas amarelas e avermelhas caindo das árvores, deixava a paisagem ainda mais linda. O ar fresco da floresta deixava o ambiente bem mais confortável.

Caminhando por um tempo, nós chegamos até na cachoeira. Ficando encantada pela a bela imagem da cachoeira, sorri e comecei a correr na direção da água. Deixei as sapatilhas ao lado e pulei sem pensar duas vezes, apesar de ter ouvido o Hector chamando pelo o meu nome. Mergulhei até o fundo naquelas águas cristalinas.

Quando eu cheguei na superfície encontro com o seu olhar. Ele tinha um sorriso tranquilo no rosto, enquanto chegava mais perto, até que ficou na margem.

-Pelo o que eu vejo, você realmente gosta deste lugar. _ falou em um tom de brincadeira enquanto me via aproximar.

-Isso é verdade, eu me apaixonei por esse lugar deste da primeira vez que eu o encontrei. Não sei o por que, mas toda vez que eu fico neste lugar, eu me sinto um pouco diferente. Mas é um sentimento maravilhoso... _ olhando nos seus olhos, e dou um sorriso envergonhado. -Vem, a água está muito boa. _ falei animada e mudando de assunto. No entanto, ele acabou negando. Tentei insistir, mas a sua resposta sempre foi a mesma. -Tudo bem então... _ soltei um suspiro de derrota. - Então vem me ajudar a sair daqui Hector.

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