Capítulo 14

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   Na mesma noite, eu sonhei que eu estava desaparecendo, em um lugar frio, e sombrio. Eu estava tão assustada, mas ninguem estava me ouvindo, pois não se havia ninguem que se importava comigo, todos viraram as costa. Eu fiquei encolhida em um canto de uma parede, com as lágrimas, que começaram a escorrer em meu rosto. Porem uma mão quente e macia tocou no meu rosto, as limpando. Com o seu toque eu me senti calma e segura. Levanto a minha cabeça e o olho, mas eu não consegui reconhecer o seu rosto, por esta coberto em um capuz. Quando ele acabou de secar as minhas lágrimas estendeu a sua mão, ajudando a me levantar. Quando eu segurei a sua mão, senti uma corrente elétrica passar em meu corpo me deixando arrepiada.

   Começamos a caminhar, que logo a paisagem sombrio foi mudada para um grande campo de flores. Ficamos andando pelo o local bastante tempo, onde que eu olhava para as flores toda admirada. Eu sabia que ele me observava todos os meus movimentos, mas não dizia nada. Porem quando eu me cansei, deitei-me na grama olhando para o céu azul se tornando alaranjado, pelo o começo do por do sol. Eu senti que ele se deitou em meu lado, então eu me virei de lado, onde que eu o podia lhe ver melhor, mesmo eu não consegui enxergar o seu rosto. Eu me aproximei e coloquei a minha cabeça em cima do seu peito, me sentindo bastante confortável. Os seus dedos começaram a fazer carinho em meu rosto, me deixando um pouco sonolenta.

-Obrigada. _ eu agradeci soltando um bocejo logo depois, com os meus olhos começando a se fechar.

-De nada... _ diz me apertando ainda mais em seus braços. A sua voz era calma e tranquila. Eu queria dizer alguma coisa, mas o sono chegou primeiro. Mas antes de eu me entregar no sono, senti um beijo quente tocar na minha testa, e tudo se escurece.

     ############
 
    Eu acordei um pouca estranha; eu estava feliz e diferente. O quarto estava escuro, ainda estava de noite. Me levantei da cama, sai do quarto indo na direção da cozinha. Eu não comi nada deste ontem, eu estava faminta, cheguei na geladeira e peguei alguns ingredientes para preparar um lanche. Quando eu acabei de comer sai da cabana indo na direção da floresta. O céu estava estrelado e a lua era minguante, mas dava para iluminar a floresta por todo o lugar.

    Eu sabia que a Malu, não estava aguentando mais ficar presa, então retiro minha roupa e coloco atrás de uma árvore e me transformo. Até que fim. Diz a Malu, e eu sorri por dentro. Comecei a correr em toda aquela floresta, me sentido liberta. Encontrei um cervo no meu caminho. Eu o matei e comi. Quando vi que já estava amanhecendo, volto a normal e vou para a cabana. Quando eu entrei todo mundo ainda estava dormindo, vou para o meu quarta e me deito na cama, para dormi um pouco antes de a dona Sueli me chamasse.

    Eu consegui dormi por pouco tempo. Quando a dona Sueli me chamou para que eu me arruma-se, já me avisando que hoje eu teria o meu primeiro dia de aula. Isso me deixou desanimada. Eu acabei me esquecendo que agora eu teria aulas, naquela alcateia. Sem ânimo algum vou ao banheiro, faço a minha higiene e escovou os meus dentes. Tiro a minha roupa, e tomo um banho na água gelada, para ver se me anima um pouco. Quando eu acabei de tomar o banho e sair do banheiro, encontro uma carta em cima da cama, a pego e leio.

    Comprei algo para você,
       está dentro do guarda
          roupa.
   
           Ass: Sueli

    Vou apressada na direção do guarda roupa, quando a abro os meus olhos se arregalaram e um grande sorriso se abriu em meu rosto. Nele estava lotado de roupas, e sapatos; abro as gavetas e haviam bastante calcinhas, sutiã, e meias. Eu não perco muito tempo, coloco uma blusa regata branca e uma calça jeans azul. Depois eu começo a pentear o meu cabelo o fazendo um rabo de cabelo, e fico sem maquiagem. E por último coloco uma rasteirinha branca.

    Quando eu ia sair do quarto, vejo uma mochila encostado na parede. A pego e saio indo para a cozinha, onde encontro as crianças comendo os seus café da manhã com a sua irmã. Vejo a dona Sueli preparando as panquecas, vou ate nela e a abraço que ela logo retribui.

-Obrigada pelas as roupas dona Sueli. _ disse. -Eu prometo que te pegarei cada centavo que você gastou comigo.

-Não precisa querida. Aquelas roupas são um presente meu para você. _ falou gentilmente, e eu neguei com a cabeça.

-Não dona Sueli, eu quero recompensar pelo menos alguma coisa. _ afirmei

-Aquilo é um presente meu Ana. E quero que você o aceite. _ falou e eu concordei com a cabeça suspirando em derrota.

-Tudo bem, mas eu irei comprar um presente para você também. _ falei me sentando na cadeira olhando para mesa cheia de comida, mas eu não estava com tanta fome.

-Eu não quero nenhum presente Ana. _ diz a dona Sueli me encarando

-Mas eu quero te dar. _ falei teimando. Ela solta um suspiro, e se vira para as panquecas, mas eu consegui ver o seu sorriso. E eu sorri também mas desmanchou quando ouço um risada forçada vindo da Roberta.

-Por que você está rindo? _ perguntei irritada.

-Nada, só quero ver na onde você irá arrumar dinheiro para comprar esse presente. _ deu um sorriso irónico. -Com certeza roubando. _ começou a rir.

-Roberta!! _ repreendeu a dona Sueli.

-Está tudo bem dona Sueli._  olhei para ela sorrindo, mas olhei para a Roberta com irritação. -Roberta, eu não sou uma preguiçosa como você, e muito menos uma ladra. Eu posso muito bem arrumar um emprego na alcateia, onde eu conseguirei arrumar o meu próprio dinheiro. _ ela me encarou com raiva. -E principalmente, quem cuida da minha vida sou eu, e não quero que você se meta na onde que não é chamado. _ quando acabei de falar, ela me deu um último olhar de ódio, e saiu da cozinha bufando de raiva. Olhei para dona Sueli com um olhar desculpa, porque eu sabia que tinha exagerado um pouco. Mas ela deu uma pequena risada voltando para as suas panquecas. Eu achei estranho, mas olhei para as crianças que também me encaravam com os olhos arregalados, mas logo começaram a rir. Foi aí que eu percebi que eles não estavam chateados comigo. E eu sorri um pouco.

   Nosso café da manhã logo acabou, então vou correndo para o banheiro escovando os meus dentes e voltando para a cozinha, pegando a minha mochila. Fico esperando a dona Sueli do lado de fora da cabana, para que ela me mostrasse o caminho da escola, para que outros dias eu pode-se ir sozinha. Logo ela chegou e começamos a andar. Eu me esforçava a decorar o caminho para depois eu poder ir sozinha para a escola, mas com um pingo de ansiedade que eu estava me deixava um pouco distraída. Eu só não quero passar as mesma coisas que passei na minha outra escola. Tudo aquilo que tiver aprender a conviver, sem poder fazer nada. Mas no fundo do meu coração, sinto que tudo irá melhorar. E é isso que espero. Quando eu sai dos meus pensamentos, eu já estava em frente do portão da escola. Muitos alunos saiam e entravam, e eu ficava cada vez mais nervosa.

-Fique calma Ana, tudo vai dar certo. _ diz a dona Sueli dando um sorriso carinhoso quando percebeu o meu nervoso. -Eu coloquei os seus horários e o numero do seu armário na sua mochila. _ falou e eu concordei tentando acalmar o meu coração. -Não precisa ficar nervosa. _ eu um beijo na minha testa, que me fez acalmar um pouco. -Tchau e tenha um boa aula. _ falou se afastando e logo indo embora. Quando eu não a vejo mais, solto um longo suspiro indo na direção do portão da escola, e entro.  Depois de entrar vejo o lugar aonde que a partir de hoje começarei a estudar.

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