Capítulo 8

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Me sinto dolorida, estou com um pouco de dificuldade em mexer o meu corpo, porem sei que eu estou deitada em algo macio e quente, que parece ser uma cama. Não me lembro muito o que tinha acontecido somente alguns flashes que passavam em meus pensamentos, eu correndo; lobos; dentes as mostras com sangue; garras enormes; e olhos da cor mais escuros que a noite.

Estou com medo, medo de abrir os olhos, para ver que lugar eu realmente estou; o lugar estava em completo estava silencio. E isso só estava me deixando ainda mais nervosa; mas tudo acabou quando ouço um barulho que parecia ser de uma porta sendo aberta. Senti dois cheiros diferente, e pelo os barulhos dos passos eu sabia que eles estavam se aproximando. Com um sentimento de curiosidade e medo permaneci em silencio, para parecer que eu ainda estava dormindo.

Rick eu não sei que isso vai dar certo _ acabei estranhando essa voz, parecia ser de uma criança

Claro que vai dar certo mel. _ essa voz não pareceu tanto infantil quando a outra. Mas essas vozes só me deixaram curiosa

Mas a vovó disse que ela tem que acordar sozinha. _ eu não sabia o que eles estavam planejando, somente sei que essa voz parecia esta um pouco hesitante

Não precisa se preocupar mel, eu sei que vai dar certo..._ afirmou a outra voz

Tudo ficou em silencio novamente, até que eu sinto algo molhando em meu rosto; era água. Me levante em um pulo, ignorando um pouco da dor que eu senti. Eu acabei fazendo, com que a bacia de água que estava com um garotinho caísse no chão. Ele me encarou com os olhos arregalados e a boca entreaberta pela a surpresa; olhei para o outro lado e vi que havia uma garotinha um pouca menor que o garoto, ela também os olhos arregalados, e ela me encarava em espanto. Mas os dois saíram correndo chamando alguém.

Com um pouco de dificuldade me levanto da cama, e comecei a reparar melhor o quarto. Ele era pequeno mas é aconchegante; as suas paredes eram das cores branco e azul claro, também havia alguns quadros e moveis. Porem em frente da cama havia um grande espelho, caminhei até nele com passos devagar, e vi o meu reflexo. Assustei quando eu me vi. Eu estava horrível. A minha pele estava mais pálida que o normal, em baixos dos meus olhos haviam olheiras em um tom roxo, e o meu cabelo estava pior que um ninho de passarinho. Mas eu reparei que havia uma faixa na minha cabeça, por instinto ponho a mão nela e sinto um grande galo, tiro as minhas mãos do galo na minha testa e olho para o meu corpo. A primeira coisa que eu vi foi que eu não estava mais com a minha roupa e sim uma camisola branca. Eu senti o meu rosto cora quando pensei em quem foi a pessoa que tinha colocado essa roupa em mim; mas logo depois tirei esse pensamento, e olhei para os meus braços e as minhas pernas. Como eu já tinha imaginado, não havia um sequer arranhão, que bom que sobrou somente o galo mesmo.

-Vejo que a pequena lobinha já acordou. _ eu estava bastante distraída e acabei me soltando um grito de susto quando ouço essa voz. Me viro rapidamente para ver quem era; encontro uma senhora parada na porta com uma bandeja, me encarando com um sorriso no rosto. Ela começou a andar na minha direção, e como instinto acabei me afastando.

-Calma, eu só quero ajudar. _ falou apontando para a bandeja, olhando para aquela bandeja a minha barriga começou a roncar; parecia que ela ouviu, porque acabou soltando uma pequena risada. Me sento na cama um pouco irritada, eu não gostava muito quando as pessoas riam de mim. Parece que ela entendeu o meu humor e sentou em meu lado. -Aqui. _ disse me entregando a bandeja, na qual eu seguro com o maior prazer.

Os meus olhos brilharam quando eu vi o que havia naquela bandeja. Tinha frutas, panquecas, pães, biscoitos e suco de uva. E logo depois comecei atacar a comida. -Come devagar assim você pode acabar se engasgando-se. _ a sua voz era calma me deixava tranquila, mas eu nem tinha percebido que eu estava quase engolindo a bandeja. Mas eu estava com muita fome, parecia que eu estava sem comer a dias.

-Obrigada. _ digo depois de comer tudo que estava na bandeja, e entregá-la.

-Não precisa agradecer lobinha. _ disse fazendo carinho em cima da minha cabeça. Me assustei um pouco, a anos que eu não recebia um carinho assim. Ela se levantou e começou andar na direção da porta. Mas foi ai que eu percebi que o ela tinha falado; lobinha. Será que ela....

-Senhora por que você me chama de lobinha. _ perguntei curiosa e confusa. Ela estava preste a sair pela porta, mas se vira e me encara.

-Não precisa me chamar de senhora e sim Sueli. _ sorriu. -Mas o motivo de eu te chamar de lobinha, é porque eu sei que você é uma loba, assim como eu. _ depois ela saiu do quarto me deixando com várias perguntas.

Eu estou em um estão-te choque, como isso poderia ser verdade. Será que eu não seria única a ser assim, será que ela realmente esta falando a verdade?. Eu não conseguirei as resposta se eu ficar aqui. Eu me levanto um pouca desajeitada na cama e saio para fora do quarto. Do lado de fora havia um pequeno correr e logo depois tinha uma escada. Isso fez com que eu relembra-se do orfanato, mas logo esse pensamento foi desfeito. Com um pouco de pressa dessa as escadas correndo. Chegando no final acabo vendo uma cozinha; cheguei mais perto e vi que a cozinha era bastante grande. Quando os meus olhos pararam na mesa, eu vi que haviam duas crianças me encaram com curiosidade.

-Oi... _ eu disse um pouca incomodada com os olhares da criança, que não me responderam. -Vocês sabem onde a dona Sueli está? _ perguntei, mas eles não responderam novamente, me virei de costa para eles para procurar a senhora.

-Ela esta no quintal. _ me virei e sabia que essa voz era da garotinha, era doce e infantil. Dei um pequeno sorriso e agradeci. Depois eu sai da casa e fui em direção ao quintal. Quando cheguei lá eu encontrei a senhora estendendo as roupas no varal. Quando ela percebeu que eu estava ali, se virou e sorriu, mas eu estava ali só para fazer uma pergunta que esta martelando a minha cabeça e é isso que eu fiz.

-Como assim você soube que eu era uma loba? E como assim você é uma? _ eu preciso daquelas respostas, e saber o que eu realmente sou...

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