Capítulo 31

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Encontrei a dona Sueli na metade do caminho. Quando ela me viu veio correndo na minha direção, com um olhar de preocupação. Eu a abracei para que aquela preocupação passasse, mas ela me apertou ainda mais. Eu me senti culpada, por eu ser o motivo de ela está daquele jeito. E quando nos afastamos dei um beijo demorado na sua bochecha, e ela acabou dando um sorriso de alívio.

-Por que não ficou lá quando eu pedi? _ me perguntou em um tom de repreensão.

-Eu não queria ficar lá. _ falei rapidamente, desviando do meu olhado seu. Eu a ouvi suspirar, e senti segurando a minha mão.

-Me desculpa Ana. _ disse, e eu a olhei sem entender.

-Desculpa de que? _ perguntei.

-Eu deveria ter ficado e te proteger. Mas eu... _ falou com a voz fraca, não terminando a frase.

-Olhe para mim dona Sueli. _ pedi, e quando ela me olhou, dei um sorriso carinhoso no mesmo modo que fazia comigo. -Você não precisa em pedir desculpa dona Sueli, isso não é a sua culpa. _ falei, fazendo carinho no rosto da senhora que mesmo não me conhecendo me tratou como parte da família.

-Mas eu poderia...

-Ei, não fala mais disso já é passado, tudo bem? _ perguntei a interrompendo, e ela apenas deu um sorriso triste concordando com a cabeça.

-Tudo bem. _ respondeu em um suspiro de derrota. Eu me afastei novamente sorrindo e comecei a andar pela a trilha que me levará de volta para a cabana.

No caminho estava em silêncio estranho, mas aproveitei disso para eu me entregar em certas lembranças bons, que sempre me deixa com um sorriso bobo no rosto. Como ele. Ele sempre consegue me distrair e tirar um sorriso meu. Nos conhecemos em tão pouco tempo, que as vezes eu nem sem como ele poder mexer tanto comigo. O seu olhar que me deixam hipnotizado, e seu sorriso que me faz sorrir de volta, e o seu toque que me deixa arrepiada toda vez. Eu não sei o esta acontecendo, isso nunca aconteceu antes, porem é um sentimento bom, que me agrada, que me deixa feliz.

-O alfa me contou pelo o motivo de ter te chamado. _ falou dona Sueli derrepente, me fazendo sair completamente dos meu pensamentos. Eu a olhei e a vi que me olhava atentamente.

-E o que ele falou? _ perguntei um pouco receosa pelo o que vinha logo depois.

-Ele me diz, que tem boatos dizendo que você é uma bruxa, e que ainda tinha espancado a sobrinha dele. _ disse, e eu olhei para os meus próprios pés, reparando que estávamos na porta da cabana.

-O que você acha? _ perguntei sentindo o meu coração estar preste a despedaçar.

-Que tudo é uma mentira. _ falou simplesmente, e senti o alívio tomar o meu corpo todo.

-Eu... _ eu não tinha palavras para dizer. Apenas sabia que nunca conhecerei pessoa tão boa como ela.

-Querida, eu sei muito bem o que você é uma garota linda, e especial. E que isso é somente uma invenção. _ falou e eu sorri realmente agradecida.

-Obrigada por confiar em mim dona Sueli. Mas por outro lado, eu realmente tinha batido na sobrinha do alfa. _ falei intrestecida.

-Mas eu sei que ouve um motivo não foi? E sem duvida a culpa não foi sua. _ diz, sorrindo, e eu concordo.

-Não, foi a minha culpa. Eu apenas tentei me defender, porem não consegui. _ falei me relembrando da corvadia da Catarina. Eu fechei os meus olhos e balanço a minha cabeça para tirar aqueles pensamentos ruins. -Só porque a pessoa não aceitou uma simples derrota.

-A Catarina não é mesmo? _ afirmou mais que perguntando.

-Ela mesma. Mas eu não quero me lembrar mais disso, só posso dizer que o alfa tem culpa nenhum, apenas acreditou em alguém que conhecesse, que é próximo a ele. Mesmo sendo alguém de mal caráter. _ digo com sinceridade.

-Sabe você me faz me lembrar de alguém que eu tanto admirava. _ falou me observando. -Ela era igual a você, carinhosa, sincera, teimosa, mas também já sofreu muito na vida por ser especial. Ela era linda, todo o lugar que passava sempre deixava um brilho maravilhoso ao nosso redor. E agora você protegendo o alfa mesmo após dele feito e dizendo coisas horríveis. _ disse e me abraçou, na qual eu acabei retribuindo.

-Eu não estou o protegendo dona Sueli. Apenas não posso culpá-lo pelo o que fez. _ falei quando sai do seu abraço. E ela acabou concordando com a cabeça sorrindo. -Mas dona Sueli como se chamava a pessoa que você estava dizendo? _ perguntei curiosa.

-Bom, ela se chamava... _ a dona Sueli foi interrompida quando dois pirralhos saíram pela a porta a chamando pelo o nome.

Eu os deixei entrando na cabana para não atrapalhá-los, mesmo estando muito curiosa, e subi para o meu quarto. Tomei um banho rápido e troquei de roupa, e quando acabei saio de lá indo na direção da cozinha. Tinha apenas comido na hora do café da manhã, e agora já estava quase anoitecendo. Comecei preparar um lanche bem pesado, acompanhado com suco de maracujá. Quando acabei de comer, estava realmente satisfeita, e subi de volta para o quarto. Lá vou ao banheiro e escovo os meus dentes. Logo depois vou na direção da janela, onde vejo o fim do pôr-do-sol, e o céu estrelado.

E quando começou a esfriar, começo a sair de lá mas parei quando vejo pelo o canto do olho, algo se mexendo que fez galhos de alguma árvore balançarem. Olho atentamente para ver o que era, mas não consegui encontrar nada. Um bocejo me faz me perceber como eu estava cansada com tudo o que aconteceu, então saio de lá e me deito na cama onde facilmente consigo dormi.

No dia seguinte me levantei atrasada, e tive correr para tentar chegar na hora certa na escola. Me arrumei rapidamente, e pego minha mochila saindo correndo do quarto indo na direção da cozinha. Dou bom dia para todos, e pego apenas uma maça e saio da casa. Ando pelo o caminho todo apressada, e quando eu chego finalmente pude relaxar um pouco. Mas quando passo pelo o portão, a primeira coisa que vi foi um grande cartaz pendurado na parede de frente, mas não me importei com isso, apenas eu via pessoas passando de um lado para o outro, por todo os lados. Sem saber o que esta acontecendo entro na escola, e vejo que lá esta bem pior. Comecei andar devagar tomando cuidado para não ser atropelada por ninguém, e quando consigo chegar no meu armário abro rapidamente, para poder sair de lá o mais rápido possível. Porem o meu plano foi cancelado, quando senti duas mãos me segurarem o meu braço. E eu já sabia muito bem quem era.

-Oi Alicia. _ cumprimentei, me virando e a vendo com o mesmo sorriso de sempre.

-Que bom que você veio Ana. _ falou toda alegre, que me fez sorrir com a sua animação. -Tenho tantas coisas para te dizer, mas primeiro me conte por que não veio para a escola ontem? _ perguntou preocupada, mas eu antes de responder retirei o meu braço das suas mãos e comecei a fazer o que estava fazendo antes.

-Foi só um probleminha que eu tinha que resolver Alice. _ falei respirando fundo. - Mas agora tudo está resolvido, então me conte o que está acontecendo nessa escola, para todo mundo estar assim? _ perguntei, e seu sorriso aumentou ainda mais enquanto regalava os olhos.

-Nós vamos ter um baile!! _ exclamou quase gritando, e eu olhei surpresa.

-Baile? _ perguntei, e só agora me lembrei do cartaz em frente da escola.

-Sim mas não é só isso. É um baile de máscaras. _ disse

-Mas as pessoas estão assim, só por causa de um baile? _ a olhei desanimada, nunca gostei muito de bailes, e não seria agora que começarei a gostar.

-Não é isso que todos estão animados. E sim sobre o convidado especial. _ falou suspirando.

-E quem vai ser esse tal convidado especial? _ perguntei enquanto pegava a minha mochila e andava pelo o corredor.

-Vai ser, nada mais nada menos que o soberano alpha...

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