Capítulo 13

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Quando nós voltamos para a cabana, ainda dava tempo para que a dona Sueli preparasse o almoço. Eu iria ajudá-la, mas ela acabou me proibindo fazendo com que eu ficasse um pouca irritada, mas felizmente ela acabou pedindo para que eu buscasse alguns legumes que estavam no quintal. Com um sorriso animado no rosto acabo pegando um cesta em cima da mesa, e saio da cabana indo na direção do quintal. Um pouco mais atrás do jardim havia um porta de madeira, que tinha uma pequena horta; com verduras e legumes. Mas a minha atenção se desviou para a floresta. Os meus pensamentos me pedia para que eu fosso embora, mas o meu corpo me puxava para que eu entrasse ainda mais na mata, então com passos pequenos começei a entrar naquela mata escura.

Quando eu andava por dentro daquela floresta, eu me sentia livre em fazer tudo que eu queria, coloquei a cesta com legumes no chão e começei correr por toda a floresta sem deixar o sorriso no rosto. Pode ser só algumas semanas que eu estou aqui, com a dona Sueli e com as crianças, mas eu me sentia como se eu sempre morei aqui. Ainda correndo por entre aquelas árvores enormes, eu olhava para cima vendo, pouca luz que passava por entre as folhas; eu também olhava em meu redor mas passava apenas borrões por causa da velocidade que eu corria, a sensação do vento baterem forte no meu rosto era maravilhoso fazendo com que eu fechasse os meus olhos por um momento. Mas foi o suficiente para que eu batesse em uma árvore. Eu cai de costa no chão, com um pouco de dor; mas acabei rindo.

Me permaneci deitada chão, olhando para as folhas das árvores que brilhavam em um tom de amarelado por causa do sol. A floresta não era tão silenciosa por causa dos cantos dos pássaros que eram transmitiam uma paz para a floresta. Me levantei quando me lembrei dos legumes que a dona Sueli tinha pedido, deve que agora ela esteja preocupada com a minha demora. Depois de eu me levantar começa a caminhar de volta para a cabana. Mas aos poucos a floresta ia se encarecendo e ficando mais frio, deve ser que a chuva que esta se aproximando. Eu apresso o meus passos para eu poder chegar mais rápido. Mas eu nem tinha percebido que corri bem mais longe do que pensava. Logo as gotas da chuva começaram a cair na folhas e chegarem ate em mim. Mas a chuva acabou se tornando mais forte; fazendo com que eu corresse um pouco.

A minha roupa já grudava em meu corpo e a blusa acabou ficando um pouco transparente. Mas eu não me importava eu só queria chegar na cabana. Eu sabia que faltava pouco para eu consegui sair dessa floresta e isso fez com que eu sorrisse um pouco. Mas o meu sorriso acabou se desmanchando quando um vulto preto passa com velocidade na minha frente, fazendo com que eu desse um grito de susto. Eu paro de correr na hora, olhando para todo o meu redor para ver o que era aquilo. Mas acabei soltando um suspiro de alivio quando vi que não havia nada, somente o barulho da chuva. Isso deve ter tido algo da minha cabeça ou por eu ter a vista toda embaçada por causa da água da chuva. Mas por que eu sinto arrepio frio na minha nuca? . Eu balanço a minha cabeça para tentar tirar aquela ideia boba em meus  pensamentos. Porém quando eu ia voltar a correr ouço um rosnado atrás de mim, fazendo com que eu arregalasse os olhos.

    Quando ia me virar, tudo parecia estar em câmara lenta. O barulho da chuva estava abafada, as gotas d'água demoravam a chegar ao chão, e a minha respiração estava ficando cada vez mais pesada. Mas acabei ficando sem ar, quando eu encontro os dois olhos mais escuros que a noite. Na minha frente estava o lobo com os olhos da noite me encarando e rosnado, com os seus dentes a mostra. O meu corpo começou a tremer, mas eu sabia que não era por causa do frio. Eu queria sair correndo dali o mais rápido que posso, mas parecia que os meus pensavam mais que uma tonelada. Eu queria falar algo, mas parecia que eu não tinha voz. Eu queria desviar o olhar daqueles olhos, mas parecia que eu estava em hipnose. A única coisa que eu consegui fazer foi ficar o encarando. A nossa distancia é somente tres metros, se ele realmente queresse me atacar, com um pulo ele chegasse ate em mim. Então o que ele quer de mim?

    Me assustei quando ele começou a se aproximar de mim, isso fez com que eu conseguisse dar um passo para trás. Porem quando eu ia dar outro, ele veio com uma velocidade inclivel em minha direção e apoiar as suas duas patas da frente enormes, em meu ombro, fazendo eu cair de costa no chão, com ele por cima. Senti a sua respiraçao quente tocar em meu rosto me arrepiando, mas continuei olhando em seus olhos.

-Quem é você? _ eu não sei como consegui fazer aquela pergunta, mas o seu olhar me trazia diferentes sentimentos; medo, curiosidade, raiva, feliz e algo que ainda não sei o que é. Porem ele continua a me encarar, como se estivesse me observando.

-Ana. _ alguém gritou o meu nome, fazendo com que a concentração do lobo acabasse, e saindo por cima de mim sumindo por entre as árvores.

-Ana. _ gritou novamente a voz, mas só a reconheci quando a dona Sueli pareceu na minha vista.

-Eu estou aqui dona Sueli. _ a chamei me levantando do chão e tentando acalmar o meu coração. Quando ela veio na minha direção se sentou ao meu lado, colocando as suas duas mãos em meu rosto, para ver se eu estava machucada.

-Você está bem querida? _ perguntou ela preocupada, eu só concordei com a cabeça, fazendo com que ela soltasse um suspiro de alivio. Ela se levantou e estendeu a sua mão, me ajudando a me levantar. E começamos a voltar para a cabana em silêncio. Eu sabia que a dona Sueli queria perguntar algo mais só permaneceu calada, com os seus próprios pensamentos.

    Quando chegamos na cabana eu ja entrei subindo para o meu quarto, avisando que eu não iria almoçar. Chegando ao quarto já entrei no banheiro tomando um banho um pouco demorado, para me acalmar um pouco. Depois do banho me visto com uma camisola, e logo me deitando na cama. Mas fiquei olhando para a parede do quarto, me relembrando do ocorrido na floresta. Por que ele estava ?. Isso é uma das perguntas com eu não sei quando saberei das reposta. Porém isso acaba me fazendo ficar cansada, que aos poucos os meus olhos foram se fechando, até eu me entregar ao escuridão.

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