Depois do ocorrido a aula foi normal, entretanto muitos ainda me olhavam, principalmente a Alice, que do meu lado me olha com os olhos arregalados. Porem eu os ignoro, tentando prestar atenção na aula. Soltei um suspiro cansado, apesar de ainda ser o meu primeiro dia de aula está me deixando irritada. Primeiro começou com os olhares das pessoas em mim, depois eu conversando com alguém que eu nunca tinha visto, agora um professor que queria pegar no meu pé. Faz tempo que isso não acontecia, mas eu não posso fazer nada, porem só queria ficar no meu canto sem que ninguém me perturbasse, eu acho. Tem vez eu me perguntava se esse é realmente o meu lugar. Mas olhando em meu redor, e em tudo o que eu passei, sinto que esse lugar, por inclivel que pareça, me sinto quase completa, mas só falta algo que eu ainda não sei.Eu sai dos meus pensamentos quando ouço o sinal tocar, alertando que ja estava na hora do intervalo. Saio da sala caminhando pelo o corredor, a procura do refeitório. Mas acabei sentindo um aperto no meu braço, imediatamente olho para ver quem era, e encontro a Alice com um sorriso no rosto. Quando eu ia falar algo ela me puxa para uma direção até que chegamos no refeitório, onde estava lotado de alunos. Eu a segui até na fila, que não estava tão grande, acabei pegando o meu lanche, e ela pegou a sua.
-Venha vou apresentar o meus amigos. _ falou, e como eu não tinha escolha eu a segui. Andamos até que ela parou em frente de uma mesa onde estava dois garotos e uma garota, que pararam de conversar quando nos viraram começando a me encarar me deixando um pouco desconfortada. -Gente essa é Ana, e Ana esses são Gabriela, Carlos, e João. _ falou se sentando.
Gabriela, era uma garota morena de cabelos castanho escuro e olhos cor de terra. O Carlos já tem cabelos loiros escuro e olhos azuis claros. E o João é negro de cabelos raspado de olhos cor de mel.
-Oi. _ cumprimentei um pouco tímida, me sentando ao lado de Alice.
-Olha, temos uma ruivinha no grupo. _ falou João alegre. Como reposta só dei um sorriso fraco e começei a comer o meu lanche.
-Uma ruiva brava. _ falou a Gabriela rindo.
-Como assim? _ perguntei confusa.
-Não foi vocês que brigou com o professor de história. _ perguntou ela e eu a encarei.
-Como você sabe? _ ela ia falar algo mas a Alice acabou a interrompendo.
-Toda a escola já sabe Ana. _ falou e os meus olhos se arregalaram.
-Mas eu acho que você teve sorte. _ falou primeira vez o Carlos.
-Por que? _ perguntei enquanto bebia o meu suco de caixinha.
-No ano passado, um garoto desafiou esse professor e acabou sendo arremessado de três metros contra a parede, e ainda quebrando um braço. _ disse a Gabriela calma, enquanto eu acabei engasgando com o suco.
-Os professores podem fazer isso com os aulos. _ perguntei incrédula.
-Isso não é nada. _ falou João. Depois tudo ficou em silêncio. Levantei a minha cabeça e olhei em meu redor, vendo que ainda havia pessoas me olhando, e isso estava me deixando irritada.
-Por que todos não param de me olhar? _ perguntei sussurrando para a Alice, que me olhou, e depois olhando ao nosso redor.
-Não se preocupe, muitos estão curiosos porque é raro o alfa ter aceitado, um estranho entrar para a alcateia. Deste da morte da nossa luna, esposa do alfa ele ficou mais cuidadoso com a alcateia. _ ela deu um sorriso fraco.
-Como se chamava a esposa do alfa? _ perguntei curiosa.
-Ela... _ a Alice foi interrompida quando um grupo de três garotas que pararam
em frente da nossa mesa, me encarando com um olhar de superioridade.-O que você faz aqui? _ perguntou Alice irritada.
-Você é Ana não é mesmo? _ perguntou a que parece ser a líder, ignorando a Alice e me olhando. Eu não respondi, somente olhei para o meu lanche, voltando a comer a ignorando.
-Bom, eu sou Catarina, a líder do grupo de torcidas, e essas são as minhas amigas. _ eu a olhei e vi que tinha um um sorriso forçado no rosto. Ela ela loura, igual da garota do seu lado, porem arregalei um pouco os meus olhos, quando vi que do lado direito da Catarina estava a Roberta, me olhando um pouco desconfortável. Nem sei o por que de eu ter me surpreendido um pouco. Porem voltei a olhar para a Catarina.
-O que você quer aqui? _ perguntei fria.
-Eu quero que você venha fazer parte da nossa equipe. _ falou olhando para o seu grupo.
-Por que eu aceitaria? _ pergunto desanimada.
-Eu acho que você não merece estar em esse grupinho. _ falou apontando o dedo para a Alice que a olhava com raiva mas sem dizer nada.
-O que eu sabia Catarina, você não é minha mãe, para dizer o que é melhor para mim. _ falei irritada. -Então vai cuidar da sua vida, e deixa a nossa em paz. _ ela me olhou com o rosto vermelho de raiva.
-Olha.. _ ela ia falar algo mais a interrompi.
-Vai embora ninguem te chamou aqui. _ falei voltando a comer o meu lanche. Percebi que elas foram embora, logo depois acabei ouvindo um risada abafada vindo da Alice, que logo todos começaram a rir.
Depois do intervalo eu tive mais três aulas sozinha por Alice não ter as mesmas que as minhas. Mas logo as aulas acabaram, tendo a liberdade de voltar para a cabana. No caminho da trilha de volta, senti que eu estava sendo observada, parei e olhei por entre as árvores, mas não encontrei nada. Voltei a andar, até que eu encontro a cabana já entrando, vendo a dona Sueli sentada no sofá lendo uma revista. Eu não queria acabar com a sua concentração, subi pelas as escadas entrando no quarto. Tiro os meus sapatos, colocando a minha mochila na parede, e me deito na cama, para descansar um pouco. Mas ouço uma batida da porta, e vejo a dona Sueli entrando no quarto.
-Oi dona Sueli. _ falei sorrindo.
-Oi querida, como foi o seu primeiro dia de aula? _ perguntou carinhosa, se sentando do meu lado.
-Agitado, e cansativo. _ falei desanimada.
-Então pode descansar um pouco, que logo preparei um lanchinho para você, que tal? _ perguntou, e eu sorri como agradecimento.
-Obrigada. _ ela sorriu se levantando e indo na direção da porta. -Espere dona Sueli. _ gritei.
-O que foi? _ perguntou sem entender.
-É que eu queria saber algo que está martelando na minha cabeça. _ falei envergonhada.
-Diga menina. _ exclamou.
-Qual era o nome da esposa do alfa. _ falei enquanto o seu rosto transformava mais sério.
-Mas por que dessa pergunta Ana? _ perguntou, desviando o olhar.
-Só por curiosidade, mas por favor dona Sueli, me conta vai. _ pedi. E sorri quando ela deu um sorriso de derrota.
-Ela se chamava Kinbble.
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Minha Loba
LobisomemDepois da sua primeira transformação, Ana nunca foi a mesma. E o motivo? Foi que as pessoas que ela mais amava a chamaram de MONSTRO. Apartir daquele dia teve que conviver com a dor e a solidão. Porem tudo muda, quando ela vai há um acampamento na c...