Capítulo 29

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      Eu me permaneci em choque pelas as suas palavras. Agora eu tinha a certeza que eu estava completamente ferrada. Fiquei de costa para ela, eu não queria olhar para os seus olhos agora, para eu não poder o mostrar o meu medo através deles. Mas eu também nem conseguia dar um passo para frente, enquanto eu sentia a minha mão tremer. Eu cruzei os meus braços para que ela não me veja daquele estado, porem o único jeito era responder a sua pergunta, mas eu não queria fazer isso tão cedo.

-Ana? _ me chamou a dona Sueli. Eu deveria estar a muito tempo nos meus pensamentos para não perceber que ela estava bem atrás de mim, e eu só fui perceber quando eu senti as suas mão segurarem os meus ombros. -Olhe para mim Ana. _ pediu. Quando ela percebeu que eu não queria olhara, soltou uma das suas mãos no meu ombro e me forçou a olhar para os seus olhos. Eu pensei que agora estava tudo perdido, mas eu me surpreendi que ela tinha um olhar carinhoso e um sorriso sincero. E diferente de mim que estava com os olhos lacrimejates, e piscava toda hora para conter o choro.

-Me desculpa dona Sueli mas eu não quero falar agora. _ falei com a voz rouca, com medo de saber o próprio alfa estar atrás de mim. Pensar que o motivo, poderá ser deixar ela e os pirralhos. Só em imaginar nisso uma lágrima solitária desse pelo o meu rosto. É algo que eu não quero que acontecesse. Ela soltou um grande suspiro, e tocou no meu rosto limpando a lágrima.

-Não se preocupe, eu não irei istintir novamente. Apenas estou preocupada Ana, quando o alfa me chamou e perguntou sobre você, me deixou aflita pelo o modo que me olhava. Eu nunca o vi daquele estado, ele estava completamente furioso. _ arregalou-se levemente os olhos enquanto falava. Mas logo deu um pequeno sorriso. -Apesar de tudo eu acredito em você, e mesmo que esteja aqui em tão pouco tempo eu sei que você é uma boa garota.

-Obrigada por confiar em mim dona Sueli. _ eu consegui dar um sorriso pelo o seu carinho. E a abracei, e fazia tempo que eu não sabia mais o que era um abraço de família. É isso que eu sentia pele a dona Sueli e dos pequenos, eu sabia que agora eles eram a minha família, e eu nunca desistirei deles. -Agora eu irei dormi tudo bem? _ perguntei dando um beijo na sua bochecha. Que acabou alargando o seu sorriso.

-Pode ir realmente já está tarde , boa noite querida. _ disse, me dando um grande abraço.

-Boa noite dona Sueli. _ digo e me afasto dela, e corro para fora da cozinha. Eu subo correndo as escadas e entro no meu quarto. Na mesma hora eu me deito na cama e encaro o teto do quarto. Eu não queria pensar o que vai acontecer comigo quando eu me encontrar com o alfa, mas estava quase sendo impossível. Eu sabia que dará coisa bom, e o que mais queria é não ir embora. Mas eu me lembrei das palavras do Hector, e uma pequena chama de esperança se acendeu no meu coração. Então eu poderei apenas esperar por amanhã e rezar para que tudo ocorra bem. E com todos esses pensamentos acabei me entregando ao cansaço e dormi.

       Eu acordei com a dona Sueli me chamando, aos poucos eu abria os meus olhos. Mas a forte claridade me fez fechá-los novamente, apenas deixei assim pouco tempo até que eu me acostumasse. Quando eu os abri, encarei o teto do quarto e não demorou muito para que as lembra-se os acontecimentos de ontem. Com sem animo algum me levanto da cama, com a vontade de ficar no quarto presa por lá por muito tempo sem pensar o que ocorre no meu redor, fugir de tudo. Mas eu sabia que não era assim, então com passos lentos vou ate no banheiro e faço a minha higiene. Também tomo um banho bem relaxado para tentar acalmar um pouco da minha ansiedade e do medo. E assim saio de lá enrolada na toalha e me troco de roupa colocando um vestido de alcinha branco, e uma sapatilha. E logo depois penteio o meu cabelo o deixando solto. Quando eu estou pronta, saio do quarto indo na direção da cozinha. Lá eu encontro todos sentados na mesa, e não demorou muito para que eu me juntasse a eles. Todos comiam em silêncio, mas era um silêncio agradável. Porem o silêncio foi quebrado quando a Roberta se levantava, e acabou sendo impedida pela a dona Sueli.

-Espere Roberta, esqueço de te dizer que não irá poder ir a escola hoje. _ disse, e eu somente a observava a conversa tomando o meu chá com atenção.

-Por que? _ perguntou sem entender.

-Quero que você cuide dos seus irmãos, porque eu terei que sair. _ falou a encarando seriamente, enquanto a Roberta revirava os seus olhos.

-Mas por que eu? _ perguntou irritada.

-Porque eu terei que levar a Ana ate o alfa, pelo o chamado dele. E aquele lugar não era para crianças. _ nesse momento eu acabei engasgando-se com o proprio chá. Mas eu consegui ver quando a expressão da Roberta mudar para irritada, para culpa.

-Ok então. _ disse ela saindo da cozinha. A dona Sueli fez uma cara de confusa, e me olhou mas eu consegui desviar os meus olhos a tempo.

-Eu não sabia que você iria me acompanhar. _ falei depois de um tempo de silêncio.

-Eu nunca te deixaria sozinha. _ disse, e eu sorri realmente agradecida, sentindo me acalmar um pouco.

    Logo eu terminei o meu café da manhã. Sai da cozinha e subi as escadas indo na direção do banheiro do meu quarto. Eu escovo os meus dentes e sai novamente logo depois. Quando cheguei na cozinha encontro a dona Sueli a acabando de arrumar a louça. Quando ela me olha e veja que eu já estou pronta, se despede dos seus netos e da Roberta. Eu tambem me despeço deles, penso se aquele seria o última vez que irei velos, mas acabei balançando a cabeça para tirar aqueles pensamentos na minha cabeça. Eu tambem iria me despedir da Roberta mas ela nem sequer olhou para o meu rosto, então eu apenas me virei de costa e andei pela a saída. E quando fiquei do lado da dona Sueli começamos a caminhar pela a trilha que levara a alcateia.

      Cada vez que nos aproximamos o meu coração desesperava cada vez mais, e quando chegamos na porta da casa do alfa ele já queria sair pela a boca. Talvez até dava a olhar em quilómetros de distancia. Quando a porta se abriu fomos recebidos pela a empregada que dizia que o alfa já estava a nossa espera. A dona Sueli a seguiu primeira e logo depois fui eu. Eu respirei fundo e abracei a mim mesma, como se aquilo protegeria a mim mesma. Quando paramos em frente a porta do escritório, a dona Sueli bateu três vezes e logo ouvimos a afirmação que poderíamos entrar, e foi isso o que fizemos. Diferente da última vez o alfa me encarava fixamente, pronto para dar o bote. Com o seu olhar sobre mim eu engulo em seco, me escondendo atrás da dona Sueli para tentar ver se assim ajudaria e desviar o olhar sobre mim.

-Como vai alfa? _ perguntou ela olhando para o alfa e logo depois para mim.

-Nos deixa a sós Sueli. _ mandou ele sem um pingo de educação, com o olhar mortífero.

-Eu não irei... _ ela ia falar mas acabou sendo interrompendo por ele.

-Você irá desobedecer o seu alfa Sueli? _ perguntou ele com um sorriso debochado no rosto. Ela o olhou de um modo que não acreditasse no que ele estava dizendo, mas apesar de tudo apenas fez um sinal de negação com a cabeça, e veio na minha direção.

-Me desculpa por não poder ficar. _ sussurrou no meu ouvido, eu apenas dei um beijo na sua bochecha e um abraço como agradecimento. Ela deu um fraco sorriso e saiu pela porta me deixando sozinha com o alfa.

-E-eu... _ tentei dizer algo mas a minha voz não saia, o nervosismo estava falando mais alto.

-Agora que estamos sozinhos, me diga uma coisa. Quem é realmente é você?

     

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