Capítulo 28

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Quando ele deu aquele beijo na minha cabeça senti a pequena eletricidade passar pelo todo o meu corpo novamente. Com essa sensação aos pouco eu vou me afastando dele me sentido um pouca estranha com o que aconteceu. Eu desviei do meu olhar do seu e fiquei encarando para os meus próprios pés com as minhas bochechas queimando, talvez ate nesse momento eu esqueci completamente das minhas dores. Eu respirei bem fundo e o olhei, e foi quando que eu o vi que estava com a cabeça virada para o outro lado, mas mesmo assim deu para eu ver pela a primeira vez, que as suas bochechas estavam um pouco avermelhadas. E o vendo daquele jeito um pouco envergonhado, acabei não aguentando em soltar uma risada pelo o seu estado. Ele voltou a me olhar porem sério, mas logo o canto da sua boca se levantou formando um pequeno sorriso.

-Parece que os seus ferimentos já estão se curando. _ falou ele com curiosidade olhando para o meu rosto.

-É o que parecesse. _ digo baixinho e sorrindo, tocando o meu próprio rosto com a mão. -As dores até passaram.

-Que bom. _ sorriu com sinceridade, e começando a chegar perto, muito perto. Eu fiquei o observando enquanto ele se aproximava, e prendo a minha respiração, ate que senti a sua mão tocar na minha. -Confia nas minhas palavras, não precisa mais se preocupar, eu irei te ajudar. _ nesse momento eu não tive mais nenhuma palavra a dizer somente concordei com a cabeça, me sentindo envergonhada.

-Eu agradeço pela a sua ajuda, mas agora eu preciso ir para a minha casa. _ eu consegui dizer após de um momento de silêncio, e retiro a minha mão na sua. Ele concordou e dando dois passos para trás sem deixar o sorriso no rosto.

-V-você vai p-poder ir na cachoeira amanhã? _ perguntei gaguejando corando ainda mais, olhando para qualquer lugar menos para o seu rosto, mas eu sentia que o seu sorriso aumentou.

-Eu estarei. _ afirmou. -Nesse horário pode ser? _ perguntou, e eu concordei com a cabeça novamente.

-Claro. _ somente digo sorrindo, e sentindo mil borboletas dançando na minha barriga. -Até mais Hector. _ falei e me virei de costa ja saindo correndo pelo o caminho de volta, porem ainda deu tempo para que eu ouvisse a sua voz rouca e suave.

-Até mais Ana...

Sem deixar o sorriso no meu rosto corro pelo o caminho de volta. E não demorou muito para que eu conseguisse a chegar ate na cabana, mas no momento que cheguei na porta eu paro, pelo simples fato de não saber qual desculpa que eu poderia dar para a dona Sueli, por eu está chegado nessa hora e sem a minha mochila. Mas nenhuma ideia veio na minha mente, então simplesmente eu entro na casa, rezando que tudo ocorra bem. Em passos pequenos e hesitantes eu vou andando pela a casa, primeiro e passo pela a sala e depois subo as escadas andando pela o todo o local. Mas o que eu mais achei estranho é que tudo esta em completamente em silêncio, o que me deixou confusa. Porem quando eu cheguei na cozinha encontro um papel grudado na geladeira. Eu vou nele e pego, e vejo que era um recado da dona Sueli dizendo que tinha saído com as crianças e voltava só mais tarde. Nesse momento eu acabei soltando um longo suspiro me sentindo aliviada.

Então eu deixo o papel no mesmo lugar e começo a subir as escadas indo na direção do meu quarto. E quando eu chego vou ao direto para o banheiro, para que eu finalmente poder tomar um banho. Mas antes de eu tirar a minha roupa me olho no espelho e vejo que os meus machucados ja estão completamente curados e que me fez abrir um grande sorriso, contudo eu sabia que esse sorriso não era somente pelos os machucados terem se curando, mas por uma lembrança dele. Eu balancei a minha cabeça para tirar aqueles pensamentos, e começo a retirar a minha roupa. Entro debaixo do chuveiro e começo a tomar um banho bem demorado. Quando eu acabei me enrolo na toalha e saio do banheiro indo na direção do closet. Procuro por uma roupa e pego uma blusa e um short. E quando eu acabo de colocar a minha roupa e penteiar o meu cabelo vou ate na janela e começo a olhar para a paisagem do lado de fora. Mas com o vento tocando o meu rosto me faz ficar um pouco sonolenta, então eu saio de lá e me deito na cama. Aos pouco os meus olhos vão se fechando ate que por último acabo dormindo.

Eu acordei com alguém batendo na porta, começo a me levantar um pouco sonolenta. Com passos pequenos eu vou ate na porta imaginando que fosse a dona Sueli, mas foi completamente ao contrario

-O que você faz aqui!?! _ perguntei irritada e a olhando com ódio vendo a Roberta em frente da minha porta, me olhando com um olhar de culpa.

-E-eu... _ eu nem deixo ela acabar de falar fechando a porta na sua cara com força, e volto para a cama. Mas parecesse que ela não queria desistir, começando não parar se bater naquela maldita porta. No começo eu estava tentando ignorar, entretanto eu acabei abrindo a porta com as bochechas coradas de raiva.

-Me deixe em paz Roberta, você não acha o que você fez não foi o suficiente? _ perguntei e ela desviou o olhar do meu rosto.

-E-eu vim te entregar isso. _ disse ainda sem me encarar me mostrando a minha mochila. Eu a olhava sem entender o motivo dela ter trazido a minha mochila.

-Obrigada pela ajuda. _ falei seca e com um sorriso irónico no rosto. Eu seguro na minha mochila e a puxo com força da sua mão. E foi no mesmo momento que ela olha no meu rosto.

-Como os seus machucados ja se curaram? _ me perguntou surpresa e confusa. -Mas como você se curou em tão pouco tempo se a... _ nem deu tempo para ela continuar a falar.

-Tchau Roberta. _ eu fechei a porta na sua cara novamente. Eu não irei esquecer facilmente o que ela dez comigo.

Eu passei um bom tempo no quarto presa nos meus próprios pensamentos, mas quando ouvi vozes das crianças e da dona Sueli lá em baixo saio correndo do quarto para poder vê-los. Eu desci as escadas e encontro a dona Sueli na cozinha, mas antes eu vou até nos pirralhos e dou um abraço forte em cada um deles, os fazendo rir. Após disso eu vou ate na cozinha e surpreendo a dona Sueli com um beijo na sua bochecha. Ela me olhou e sorriu, mas o seu olhar tinha algo diferente o que me fez ficar preocupada. Mas eu não consegui perguntar nada, antes de eu falar algo ela me pediu para cuidasse das crianças enquanto ela fazia o jantar. Sem entender nada fui até nas crianças as vendo brincar, que acabou me distraindo um pouco mas ainda o sentimento de preocupação se permaneceu. Porem o jantar acabou não demorando a estar pronto.

Após de todos estarem sentados nas suas cadeiras, cada um começou atacar na comida. Porem eu estava me sentindo incomodada quando eu via que a Roberta me olhava toda vez pelo o canto do olho. Talvez ela esteja com medo, medo de eu possa contar o que ela teria feito comigo para a sua vó. Eu podia até contar mas lá no fundo eu sabia que ela não era verdedaramente a culpada, talvez isso que me fez ficar calada. No fim da janta eu ajudo a dona Sueli a arrumar a cozinha, mas eu acabei estranhando e triste pelo o simples fato de ela não troucou nenhuma palavra comigo.

-Boa noite dona Sueli. _ falei quando eu acabei de ajudá-lá. Eu dei um beijo na sua bochecha e me virei.

-Espera Ana. _ pediu ela, o que me fez parar

-O que foi? _ perguntei um pouca temerosa com o que ela irá dizer.

-Sente-se, eu quero conversar com você. _ eu enguli seco e me sentei na cadeira onde ela apontava.

-O-o que você quer falar dona Sueli? _ ela não respondeu somente se sentou na minha frente.

-Me fala Ana, o que você aprontou dessa vez? _ me perguntou suspirando segurando na minha mão.

-E-eu não sei o que você está falando. _ respondi realmente sem entender nada.

-Aconteceu alguma coisa hoje Ana? _ perguntou, e foi aí que eu começava a entender. -O que aconteceu? _ perguntou novamente agora mais séria com certa eu demorei mais tempo que o necessário há responder.

-Não aconteceu nada dona Sueli. _ falei desviando do meu olhar do seu. Eu me odiava a mentir para ela, mas eu realmente não quero me lembrar.

-Não minta para mim. Me diz a verdade Ana. _ eu não respondi apenas me levantei na cadeira e comecei a caminhar na direção da porta. -Ana!!

-Não aconteceu nada!! _ exclamei começando a ficar irritada, eu não queria falar, eu não queria me lembrar.

-Se você não fez nada então me diz. Por que o alfa está a sua procura?

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