Depois de eu aceitar o desafio, todos ficaram em silencio, principalmente a Alice que me olhava com espanto. Mas eu não me importei, pois a única coisa que me importa, é derrotar aquela víbora. Por um momento desviei o meu olhar para a Catarina, porem a única coisa que eu vi, foi o seu sorriso de superioridade. Contudo o treinador, me olhava com um pouco de desconfiança, eu não sabia pelo o qual motivo, mas também eu não me importei. Após de cinco minutos, o treinador nos chama, para irmos para a quadra, na onde que lutaremos. A Catarina foi na frente, e eu ia logo após, mas parei quando senti uma mão segurar o meu pulso.-Não faz isso Ana. _ implorou a Alice, com um olhar de medo.
-Não se preocupe Alice, eu vou ficar bem. _ eu sorri para ela ficar um pouco tranquila. Mas ela negou com a cabeça.
-Você não entende Ana. A Catarina, mesmo sendo insuportável, ela é uma das melhores lutadoras. _ suspirou derrotada. -Não quero que você se machuca.
-Você não precisa ficar preocupada comigo, Alice. Eu ficarei bem. _ dou um sorriso confiante.
-Promete? _ perguntou e eu afirmei com a cabeça. E ela deu um sorriso fraco. -Então acabe com ela.
-Claro. _ digo e ela ri.
Me despedi dela, e andei de volta indo na direção da quadra. Quando cheguei, o treinador começou a explicar as regras. Porem eu não prestei muita atenção no que ele falava, somente a parte que vencemos, quando o adversário não consegui mais permanecer na luta. Em nenhum momento da explicação, e desviei o meu olhar da Catarina e o seu sorriso de deboche. E a minha vontade de arrebatar aquele rosto só aumentava.
-Então começa a luta. _ falou o treinador assoprando o apito.
Então foi quando que tudo começou, fazendo que as pessoas da a arquibancadas soltassem gritos animados. Quem deu o primeiro golpe foi da Catarina, vindo na minha direção, com rapidez preparando um forte chute na altura do meu estômago. Porem eu consegui pará-lo a tempo, entretanto no mesmo momento ela conseguiu dar um soco em meu ombro. No mesmo lugar onde eu fui baleada. Isso fez com que eu afastasse três passos, soltando um gemido de dor. Eu sabia que o seu sorriso aumentou, mas eu dão deixaria isso de lado. Quando ela tentou dar outro golpe com um chute, eu desviei para o lado, já a golpeando com uma rasteira, que a fez que caísse.
Me aproximei querendo dar um soco em seu rosto, porem dessa vez foi ela que desviou, rolando do meu lado oposto. Mas na mesma hora, ela se levantou mais rápido que eu imaginava, me golpeando com um chute no estômago, que me fez ficar com falta de ar. Porem ela não parou, na mesma hora me deu um soco em meu rosto. E senti o gosto de sangue na minha boca. Com tontura, por causa do soco, acabei tropeçando e caindo no chão de costa. Nessa hora eu consegui identificar o grito da Alice, misturado com os outros que estavam na arquibancada. Com esse grito, me lembrei da promessa que fiz a ela, então antes que o treinador soprasse novamente o apito, eu me levantei.
Nesse momento, a Catarina veio na minha direção com rapidez. Ela era rápida, mas nem tanto. Eu peguei em seu pulso, antes de chegar ao meu rosto e o torci, fazendo com que ela soltasse um gritinho de dor. Contudo eu não parei, o meu sangue fervia com a adrenalina. Comecei a golpear ela com chutes e socos, um atrás do outro. Ela não consegui se defender, por eu está mais rápido que os seus olhos poderiam acompanhar.
Eu sabia que eu estava quase transformando, tendo os olhos mortais da minha loba. Com o meu último soco que dei em seu rosto, eu a vi cair no chão um pouco desacordada, com um pouco de sangue escorrendo, pelo o seu nariz quebrado. Desviei o meu olhar dela, para olhar em meu redor. Mas tudo o que eu via, era o olhares assustados, porem eu sabia que era por causa dos meus olhos. Respirei fundo tentando me acalmar, porem quando fechei os meus olhos, ouço um rosnado atrás de mim.
O meu corpo entrou em alerta, com passos pequenos comecei a me virar. Quando terminei a me virar em completo, a minha respiração ficou pesada, e o meu coração começou a acelerar. Na minha frente estava a Catarina, em sua forma de lobo. Ela era um pouco maior do que eu, com os seus olhos verdes, e a cor da sua pelagem, era cinza com manchas marrões. Mas os seus dentes estavam a mostra, como se mostrava que estava preste a me atacar. Porem foi isso que ela fez, veio na minha direção preste a atacar o meu pescoço. Entretanto eu pulei, para o meu lado direito desviando, contudo eu não consegui me desviar completamente das suas garras, que rasgaram a minha costa enquanto eu sentia o sangue quente, começar a escorrer.
Dessa vez eu gritei de dor, e raiva ao mesmo tempo. Transformação no meio da luta, era contra regra, por causa disso o treinador gritava, tentando fazer com que a Catarina parasse. Mas pareceu que ela não queria ouvir o treinador, então ela veio na minha direção me arremessando contra a tela de proteção. Eu sabia que ela queria me ferir gravemente, ou até em me matar. Mas eu não deixaria, então simplesmente eu me transformei. Mostrando a minha loba pela primeira vez a todos. Se em algum momento havia conversas de pessoas, então agora só restou o silencio.
Aos poucos eu vou me aproximando da Catarina, que cada passo que eu dava ela ia se afastando. Eu ronava, mas diferente dela, era de ódio, fazendo com que ela começasse a tremer. Porem eu me cansei disso. Eu dei um ruivo, um dos mais forte que eu já dei. Eu consegui ouvi gritos de medo vindo na arquibancada. Porem o que me deu mais prazer foi ver, que a loba da Catarina abaixou a cabeça, como submissão. Mas isso não me fez parar, eu corri na sua direção e a peguei em seu pescoço, e a arremesso contra a tela de proteção com mais força, do que ela fez comigo. Ela caiu no chão desacordada, entretanto eu ia me aproximando. Eu estava com sede, sede de sangue, e eu queria matá-la. Porem me veio na lembrança aqueles homens que eu matei, e isso me trouxe de volta a realidade. Eu parei de andar, e comecei a me virar para poder ir embora. Contudo eu me senti fraca e tonta, e foi quando tudo se escurece.
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Minha Loba
WerewolfDepois da sua primeira transformação, Ana nunca foi a mesma. E o motivo? Foi que as pessoas que ela mais amava a chamaram de MONSTRO. Apartir daquele dia teve que conviver com a dor e a solidão. Porem tudo muda, quando ela vai há um acampamento na c...