O café da manhã foi o mais silencioso de todos. Todo mundo comia a sua comida em quietos e de cabeças baixas. Eu podia ate ouvir os cantos dos pássaros e o barulho das folhas de árvores balançarem por causa do vento lá fora. Porem eu estava enganada quando pensei que as crianças iriam ficar todas alegre com a chegada da sua irmã. Mas seus olhares agora se tornaram tristes. Eu não sei o que eles passaram para que eles estarem distantes da sua irmã Roberta, porem deve ser algo grave.Eu sei que isso não é da minha conta, mas eu estou um pouco triste vendo aquelas crianças comendo as suas comida quietos e sem levantarem a cabeça, parecendo que estão com medo de encarar a sua propria irmã. Eu queria fazer alguma coisa para poder tirar esse clima pesado que esta aqui na cozinha, mas eu não estou tendo nenhuma ideia. Os segundos que iam passando pareciam que demoravam séculos. Olho para o meu prato, e eu não tinha comido quase nada, mas acabei tendo uma grande ideia. Chamo a atenção somente das crianças na minha frente, eles me encaram sem entender, sorrio para eles e faço um sinal para eles continuarem em silencio. Na mesma hora pego um churro que estava no meu prato e o coloco em baixo do meu nariz o fazendo como um bigode, e comecei fazer diversas caretas.
Podia ser uma ideia ridícula, mas com os sorriso das crianças que voltaram, pensei que essa ideia não era tão ruim assim. As crianças tentaram abafar um pouco da risada quando comecei a imitar a irmã deles comendo, e fazendo várias caretas. Mas elas acabaram não diminuírem o som, isso fez com que chamasse a atenção dela, parando de comer e encarar as crianças que estavam com as mãos contra a boca. Depois ela me encarou, mas deu o tempo suficiente para que eu virasse o meu rosto para o lado oposto fazendo cara de inocência, mas sem deixar o sorriso travesso no rosto. As crianças não aguentaram quando viram a cara de confusa da Roberta, fazendo com que eles dando altas gargalhadas eu sorri por eu consegui com que antes do silencio agora se tornavam em sons de risos. Porem finalmente o café da manha tinha acabado, enquanto a Roberta saiu da cozinha eu começei a ajudar a dona Sueli a arrumar a bagunça.
Quando estava tudo pronto a Sueli me avisou para eu me arruma-se para conhecer o tal alfa. Eu não estava nem um pouco animada com isso, mas há um pingo de curiosidade em mim. Quando cheguei no quarto vou ao banheiro e entro, todo um banho um pouco demorado e saio enrolada na toalha. Como de sempre á uma peça de roupa em cima da cama (uma blusa regata branca, e um short jeans) eu me visto e coloco uma rasteirinha branca que estava do lado da cama. Penteio o meu cabelo, fazendo uma trança de espinho de peixe, e fico sem maquiagem. Me olho no espelho do quarto e me sinto apresentável.
Sai do quarto e vou ate na sala para ficar na espera da dona Sueli. Ela não demora muito para chegar; ela somente se despede das crianças e saímos da cabana indo na direção da pequena trilha que há na mata. Andávamos em silencio ate que eu a pergunto sobre o que era um alfa. Com um resumo da sua pequena tradução, só entendi que ele era o líder da sua alcateia. Depois dessa explicação eu fiquei com os meus próprios pensamentos e ouvindo os sons dos vários animais que habitavam naquela floresta.
-Obrigada. _ falou a dona Sueli derrepente, e eu a encarei sem entender.
-Como assim? _ acabei ficando confusa
-Obrigada por fazer com que as crianças se distraíssem na hora do café da manha. _ falou dando um sorriso carinhoso.
-E-eu não fiz nada... _ gaguejei corando de vergonha.
-Você não precisa ficar com vergonha Ana. _ disse tranquila. -Deste quando a Roberta começou a estudar na escola da alcateia, ela ficou um pouco mais distante dos seus irmãos, fazendo com que eles ficassem desconfortável na presença dela, como você viu hoje cedo. E agora você as trouxesse o sorriso deles de volta _ sorriu triste
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha Loba
WerewolfDepois da sua primeira transformação, Ana nunca foi a mesma. E o motivo? Foi que as pessoas que ela mais amava a chamaram de MONSTRO. Apartir daquele dia teve que conviver com a dor e a solidão. Porem tudo muda, quando ela vai há um acampamento na c...