Acordo com o sol a passar pelas cortinas, e quando abro os olhos apercebo-me que não sei onde estou e começo a entrar em pânico. Sento-me na cama que não reconheço e vejo a entrar no quarto uma cara familiar, o rapaz de ontem, o amigo da Rebecca, Nate.
"Não te aproximes!" Aviso-lhe com o coração apertado e a entrar em pânico.
"Calma chavala, realmente deves ter um problema mental sério, primeiro atiras-te a mim, depois bates-me e depois desmaias."
"Onde é que estou?" Pergunto a ofegar.
"No meu quarto, o sonho de qualquer rapariga desta universidade."
"Eu não me atirei a ti, tu é que me estavas a prender." Ignoro o que ele disse e acuso-o.
"Estava-me a meter contigo, não és propriamente o meu género. Desmaias-te do nada enquanto estava a gozar contigo."
"Quero-me ir embora." Respondo-lhe num tom rígido.
"Que educada, a porta é ali." Retribui-me com o mesmo tom rígido.
"Não vou pedir desculpa por te ter batido, não tinhas direito nenhum a invadires o meu espaço, mas obrigada pelo resto."
"Como quiseres." Responde-me sem olhar para a minha cara.
"Importas-te de me dizeres geograficamente onde estou e como posso chegar ao meu dormitório?" Pergunto com um tom de voz baixo e envergonhada.
"Hum... eu levo-te de volta ao teu dormitório."
"Ahm...."
" Se quiseres podes levantar o rabo e ires descobrir por ti própria, fazias-me um favor."
"Não precisas de ser arrogante porra, já basta ter acordado num quarto de um estranho que literalmente provocou o meu ataque de pânico ontem por ser um parvo!" Acuso-lhe e começo a deixar cair umas lágrimas feita estúpida.
Porque é que eu estou a chorar? Ainda por cima à frente de um idiota como ele.
"Levanta-te e vamos." Responde-me sem reagir a nada do que eu disse.
Só queria sair dali o mais rápido possível por isso agarro na minha mala e sigo-o até a um carro, que parece pertencer-lhe. Entramos no carro e nem uma palavra trocamos no caminho inteiro.
"Peço desculpa pela minha atitude anterior, não estava à espero que entrasses em hiperventilação e desmaiasses, não era essa a minha intenção. Não te levei para o hospital porque estavas a respirar normalmente assim que caíste nos meus braços e parecias assustada e cansada, e não te quis assustar mais." O silêncio é finalmente quebrado e desta vez eu é que fico sem saber o que dizer.
"Obrigada. Hum... a tua namorada não vai ficar muito feliz por teres-me levado para a tua casa."
"E quem é essa?" Pergunta-me de forma admirada.
"Ela não é....?"
"Quem?"
"Nicole."
"Não, a Nicole é uma rapariga que salto em cima frequentemente, nada mais."
Nunca tinha estado com alguém que falasse de maneira tão porca de algo ou que fosse assim tão arrogante, não sabia que se devia continuar a conversa ou manter-me calada. O meu subconsciente decidiu-se por mim.
"Isso é uma forma muito ordinária de dizer as coisas." Ups, nem acredito que acabei de dizer isto. Fiquei imediatamente envergonhada.
"Sou uma pessoa muito directa. Bem já te levei ao dormitório, a não ser que queiras levar-me para o teu quarto podes sair." E o idiota arrogante está de volta, iupi.
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Madness
Genç KurguQuando Anna chega a Toronto, com o objectivo de começar uma vida nova, depara-se com Nathaniel, um rapaz desprezível e sombrio, que logo ganha interesse em Anna e no seu desprezo ao toque humano, encurralando-a com perguntas e tentando desvendar as...