Capítulo 43

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"Estava a fazer o melhor para ti." Ele confessa.

"Como se tu soubesses o que é o melhor para mim." A minha voz treme com a dor que sinto do vazio no meu peito.

"O melhor para ti sou eu, mas eu não bom, só te faço mal, só te provoco dor, por isso o correcto é afastar-me de ti." Cada palavra que ele tinha finalmente deixado escapar dos seus pensamentos tinham um impacto gradual. Acreditava que o motivo do Nathan se ter afastado de mim era por puro egocentrismo e egoísmo, acho que parte de mim não queria ver a faceta que se importava comigo, e porque haveria de ver? 

Desvio o meu olhar dos seus olhos perfeitamente esculpidos com uma estátua de gelo e engulo em seco as palavras que nunca esperava ouvir. 

"E a Nicole? Onde é que estar com ela outra vez era para o meu bem?" Vários choques atravessam a minha médula espinhal até ao meu bolbo raquidiano, a electricidade percorria cada neurónio meu, e a cada sinapse a dor ia adormecendo o meu corpo.

"Não tenho desculpa aceitável para isso. Estava a tentar substituir-te, não é preciso dizer que falhei completamente. Pensar que podias ser substituível foi o meu primeiro erro." Ele admite mais uma vez o seu erro. "Eu devia ir andando, para te deixar descansar." 

"Pois, devias." Aproximo-me dele e ficamos a centímetros um do outro, sem desviarmos o olhar. 

"Ele não é o tal para ti." O Nathan murmura. "Eu sou." Por fim ele avança e prende os meus lábios aos dele. 

O sentimento familiar de choque e prazer instala-se mais uma vez entre nós os dois. Coloco a minha no seu pescoço puxando-o para se inclinar mais para mim e ele desvia os seus lábios dos meus e traça um percurso de beijos até ao ponto fraco do meu pescoço fazendo-me gemer.

 O Nathan não perde tempo a encaminhar-nos para a minha cama demasiado pequena para os dois. Eu empurro os seus ombros e ele cai nos lençóis brancos, puxando-me de imediato para cima dele. Retiro a minha camisa ficando de sutiã e jeans. Ele fixa o seu olhar no meu corpo como se o tivesse a ver pela primeira vez. Roço as minhas mãos nas virilhas dele e apresso-me a desabotoar as calças e a puxar o fecho para baixo enquanto ele levanta a cintura de forma a tornar mais fácil a minha intenção de o despir. Começo a depositar beijos intensos nos seus abdominais esculpidos e tatuados, fazendo com que a cabeça dele se incline de prazer. O Nathan num movimento planeado enfia a sua mão esquerda pelas minhas calças e cuecas, fazendo pressão na minha parte íntima e indo de encontro ao meu clitóris. Ele nem precisa de me despir para me fazer sentir assim. Com um movimento rápido ele insere dois dedos dentro de mim, fazendo-me gemer baixinho, e move-os incansavelmente até atingir o climax, mas não o suficiente para alcançar um orgasmo. Ele deita-me na minha cama e finalmente remove as minhas calças, unindo os seus lábios nas minhas virilhas, andando lentamente para o centro e desviando por fim as minhas cuecas pretas. A sua língua desliza pela minha entrada, rodando a um ritmo insaciável, e quando me aproximo do meu orgasmo ele retira a língua e insere o seu membro e aumenta o ritmo de penetração.

 Finalmente chego ao orgasmo e tento retomar o ciclo normal da minha respiração. Poucos minutos depois os meus olhos fecham-se bruscamente e eu adormeço.

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