Capítulo 11

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Ao acordar não sinto o Nathan ao meu lado, abri os olhos e ele não estava lá. Ele foi-se embora e nem me disse nada, boa. Quando olho para a secretária estava lá o meu telemóvel com uma mensagem do Nathan. Como é que...? Ele adicionou-se a ele próprio nos contactos do meu telemóvel.

"Babe tive que ir tratar de uns assuntos, liga-me quando acordares. p.s.: não tens noção o quão excitado fiquei com o teu rabo encostado a mim de manhã, temos que resolver este assunto mais tarde." Ao mesmo tempo que fico chocada esboço um sorriso, este é o efeito que o Nathan tem em mim, bipolaridade, é esse o efeito que não sinto com mais ninguém.

Tal como ele pediu toco no ícone do telefone à frente do seu nome.

"Bom dia babe." Ele cumprimenta-me.

"Bom dia."

"Essa voz de sono consegue ser mais sensual do que eu imaginava, já não bastava a tesão com o rabo e agora estás assim."

"Nate!" Eu solto um guincho e sorrio ao mesmo tempo. "És um tarado Nathaniel."

"És tu que me fazes ficar assim Anna Karenina."

"Estás onde?" Por favor que não seja sequer perto da Nicole.

"Vim a minha casa. Tenho de passar na casa da minha mãe depois, queres vir?"

"Sim." Eu nem fazia ideia que a mãe dele vivia em Toronto. "Estou a sair agora, veste-te que eu vou passar por ai."

"Está bem."

Tenho que me arranjar rápido, mas vai ser difícil porque hoje parece que fui atropelada por um autocarro e de seguida pela ambulância que vinha em meu auxílio. Hoje definitivamente preciso da ajuda da maquilhagem para tapar "isto". Meto base pelo rosto inteiro, corrector para tapar as minhas olheiras e meto um pouco de máscara de pestanas para abrir o olhar. De vestuário escolhi umas skinny jeans de cintura subida, botas pretas de cabedal com salto cunha e um top branco. Tentei arranjar-me de forma a não parecer arranjada demais, se é que isso faz sentido, e acho que consegui acertar no ponto ideal.

Oiço um carro a buzinar e sei que é o Nate. Desço as escadas e ele por dentro do carro abre a porta do passageiro. Eu entro e sento-me a seu lado.

Ele esboça-me um sorriso maroto e eu sei que ele está a apreciar o meu outfit. Coro com o facto de ele achar que fico bem até em algo tão simples como o que tenho vestido.

Depois de uma viagem de 15 minutos chegamos perto de uma vivenda branca enorme, quase que posso dizer que parece uma mansão. A minha casa não era propriamente pequena e chamava a atenção de algumas pessoas mas isto é o que a minha mãe chamaria de rico do tipo 12 Porsche's na garagem.  É quase um pequeno palácio moderno.

"Estás pronta para conhecer a minha família chata? Se quiseres podes ficar aqui enquanto eu vou lá dentro." Ele tenta tranquilizar-me mas para ser honesta não me sentia assim muito nervosa, só não sabia como é que ele me ia apresentar à família sendo que não temos rótulos..

Eu sorrio-lhe e aceno a cabeça. Ambos saímos do carro e dirigimos-nos à porta da casa, que ao de perto parece ainda maior do que parecia vista da estrada. Ele entra pela casa a dentro sem bater à porta, algo que é muito estranho para mim.

Quando chegamos ao centro da entrada no lado direito temos uma divisão que parece ser a sala, ao olhar para lá vejo uma rapariga de cabelo castanho e olhos escuros e outra de cabelo loiro e olhos esverdeados. Ficam ambas a olhar para mim, examinando-me.

"São as filhas do meu padrasto." O Nathan sussurra-me ao ouvido. Oh, não sabia que existiam.

Do nada oiço um pequeno grito e vejo uma mulher bela de cabelos loiros escuros e olhos azuis, só pode ser a mãe dele. Ela abraça-o e ele fica estático, só passado alguns segundos é que faz uma tentativa de abraço em resposta ao carinho da mulher. Quando ela o larga fica a olhar para mim, deixando-me nervosa e com dificuldades em deglutir.

"E quem é esta rapariga adorável?" Ela fixa o seu olhar em mim e sorri-me carinhosamente.

"É a Anna." Acho que foi uma boa maneira de apresentar-me, do género que sou ali a mulher das couves.

"Olá Anna, bem-vinda à nossa casa, é sempre bom ter cá uma convidada do Nathan, mesmo que sejas a primeira a vir cá a casa!" Ela abraça-me enquanto dá um sermão  ao filho. Claramente a Nicole nunca chegou a cá vir.

"Sou a mãe do Nathan, Elizabeth." Sorri-me e volta-me a abraçar.

"Prazer em conhecê-la." Cumprimento-a.

Ele aproxima-se de nós e afasta a mãe dele de mim, claramente a tentar proteger-me de ficar ainda mais envergonhada.

"Nós vamos subir." Ele informa-a e coloca uma mão na minha anca indicando-me o caminho até ao lance de escadas enormes, que parecem tiradas de um filme da Disney, até à porta de um quarto.

"O teu quarto?" Pergunto-lhe franzindo uma sobrancelha e ele esboça um sorriso maroto.

Ele abre a porta e vejo um quarto enorme com uma cama de casal no meio, uma televisão LED quase do tamanho da parede à frente da cama. Encostada à porta, uma estante de livros perto da cama e uma secretária com uma cadeira rotativa preta de pele. No lado esquerdo há outra porta, que presumo que seja uma casa-de-banho, e ao lado dessa mesma porta uma cómoda. Todo o quarto em si parece um pouco abandonado e não muito coerente com o estilo do Nathan.

"Eu venho cá poucas vezes." Ele responde à pergunta do meu subconsciente.

"Vieste cá fazer o quê?" Pergunto-lhe.

"A minha mãe ligou-me a dizer que chegou uma encomenda para mim." Ele olha para a caixa ao lado da porta do seu quarto do lado de dentro. "Pelo aspecto, deve ser isto. Entra, fica à vontade."

Eu sento-me na ponta da cama enquanto ele se agacha para abrir a caixa. Depois de abri-la ele retira um cartão que até parece uma pequena carta. Algo nesse cartão irrita-o e ele amachuca-o e manda-o para a outra ponta do quarto, fechado a caixa com uma fúria. Quando se vira para mim tem os punhos fechados mesmo tentado que eu não perceba que ele está chateado. Analiso a cara dele e vejo raiva apenas.

"O que se passa?" Pergunto-lhe levantando-me da cama.

"Nada, apenas algo para ir para o lixo." Por mais que ele tente parecer calmo ele próprio sabe que está a falhar miseravelmente mas eu não o vou pressionar mais.

Ele aproxima-se de mim e pega-me numa mecha de cabelo colocando-a atrás da minha orelha esquerda. Coloca a sua mão esquerda na minha cara e acarinha-me o rosto com o seu polegar. Eu avanço e colo os meus lábios aos dele, claramente que ele não estava à espera disso, mas sintoniza rapidamente comigo. Desloca uma das suas mãos para a minha cintura e desce até à dobra da minha perna fazendo-me cair para a cama. Deita-se por cima de mim e beija-me furiosamente enquanto eu percorro o seu cabelo com as pontas dos meus dedos. Ele encaixa a sua cintura na a minha e continua a movimentar-se enquanto me beija o pescoço e eu percorro-lhe os braços. Começo a senti-lo a ficar excitado no meio das minhas pernas e eu a perder também o controlo. Sem me aperceber ele tem as mãos nas minhas jeans e tenta desabotoá-las. Entro em pânico e afasto-o empurrando as minhas mãos contra o seu peito.

Ele afasta-se, ficando de joelhos em cima de mim.

"Desculpa.. Estás bem?" Ele pergunta-me.

Eu aceno-lhe e puxo-o para mim.

Ele volta a beijar-me e dirige-se para o meu pescoço sugando-me a pele e deixando marcas.

"Vamos com calma..." Ele sussurra-me.

Ele coloca uma mão no meio das minhas coxas e lentamente desloca-a até à base das minhas calças. Eu tenho um flashback e todo o meu corpo oscila para a frente, fazendo com que ele se afaste.

"Anna estás bem?" Ele volta a ficar de joelhos e olha-me preocupadamente.




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