Capítulo 8

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Bato bruscamente à porta do seu dormitório.

Nada, ninguém abre a porta e não oiço ninguém lá dentro. Mas não vou desistir, não me vou embora enquanto não falar com ela. Espero que não esteja com o Matt outra vez, aquele tipo age como se fosse um bom rapaz e bem educado mas sei que no fundo é tudo treta. Não sou exemplo nenhum para ninguém mas pelo menos não invento frases feitas para fuder alguém, sou bastante directo no que quero e que é um caso de uma vez e não uma relação.

Onde é que ela está afinal?

Oiço um barulho no corredor e o meu coração acelera o ritmo. Eu preciso de a ver. Quando finalmente aparece alguém reconheço logo a silhueta e o rosto. Anna.

"Anna." Digo suavemente.

"Nathan?" Ela levanta o rosto e consigo perceber que está admirada de me ver, também eu estaria. "O que é que fazes aqui?" Entrou em modo de defesa e está-me a meter do lado de fora.

"Precisava de te ver e falar contigo."

"Não há nada para ser falado." Não sejas arrogante comigo, isso só me excita mais.

"Desde quando é que te dás com o Matt? Quando é que se tornaram tão amigos para irem almoçar juntos?" Aquele monte de merda, até dá-me vómitos pensar neles os dois juntos.

"Desde quando é que tens alguma coisa a ver com isso? Não sei nada de ti durante 2 dias e não tens a mínima decência para dizer que estás com a Nicole? Eu não sei o que chamas àquilo mas o que vocês têm é uma relação." Consigo ver fogo por trás dos seus olhos.

"Tu não compreendes. A Nicole faz parte da minha vida e eu gosto dela."

"Então o que é que estás aqui a fazer?!" Ela interrompe-me com uma raiva visível a cinco quilómetros de distância.

"Não a quero magoar despachando-a. Ela é alguém que está sempre disponível para lhe saltar em cima."

"És um idiota. Vai ter com ela, seja lá o que vocês os dois tiverem eu não me quero metida no meio."

"Tu já estás no meio. Desde o momento que me beijaste e quiseste vir passar o dia comigo meteste-te no meio da minha vida."

"Então o melhor é retirar-me de vez."

"O que é que queres de mim afinal?!" Grito já passado com ela por ser uma bipolar de um raio. "Primeiro beijas-me, depois discutes comigo, de seguida chateias-te, dormimos juntos, passados um dia juntos e depois vais a correr para o idiota do cabrão do Matt?!"

"Não tens direito a gritar comigo!" Ela grita de volta. "Foste tu que apareceste à minha porta a fazeres-te passar por meu amigo mas depois cercas-me com perguntas que não quero responder, e logo de seguida já estás com a outra rameira! Ou estás com ela ou não estás, agora não me arrastes para o meio do teu drama amoroso!" A fúria por trás do seu rosto é bastante perceptível para mim.

Vou em direcção a ela e encosto-a à parede e beijo-a, agarrando-lhe apenas na face com os meus polegares nas suas bochechas. Ela retribui-me o beijo fogosamente. Isto não é nada parecido com o que sinto quando beijo a Nicole ou outra gaja qualquer, ela mexe comigo a outro nível e eu sei que tenho o mesmo efeito nela.

"Eu quero-te a ti." Sussurro no seu ouvido enquanto ela recupera da sua respiração ofegante.

"Então pára de fazer joguinhos e de desaparecer." Mandona.

"Pára de fugir de mim e esconderes-te."

"Uma coisa de cada vez."


Anna

MadnessOnde histórias criam vida. Descubra agora