"Não desistas, não te atrevas a abandonar-me." Sussurro no seu peito e finalmente afasto-me, vendo as enfermeiras a verificar os seus sinais vitais. Ele está vivo, não voltem a desistir dele.
"Hey." A minha atenção foca-se logo nos olhos azuis que tinham aparecido e iluminado o quarto.
Perco o controlo e dou por mim a chorar e a soluçar. Vou ao seu encontro e abraço-o.
"Cuidado, eu estou dorido." Ele ri-se fazendo-me esboçar um sorriso.
"Não sejas tão maricas Nathaniel." Troço dele e ele usa o seu polegar para limpar as minhas lágrimas.
"Karenina, tive saudades tuas." Ele confessa com um enorme sorriso no seu rosto.
"Não me voltes a fazer isto." Resmungo em tom de brincadeira.
"Quanto tempo tive apagado?"
"Uma semana e meia."
"Definitivamente preciso de um banho." Ele solta um riso que é acompanhado pelo som do meu. Tinha saudades desta sinfonia.
...
Após o Nathan ser examinado por vários médicos e efectuar os seus cuidados de higiene com o auxílio das enfermeiras, andámos a passear pelo hospital para ele voltar a utilizar os músculos depois de tanto tempo, com o intuito de os estimular.
As ordens dos médicos eram simples, o Nathan podia voltar para casa em dois dias, quanto todos os exames tivessem sido vistos e aprovados e assim foi, passado dois dias tínhamos um range rover branco à nossa espera na porta do hospital. A Elizabeth saiu de do lugar do passageiro para ajudar o Nathan a sentar-se. No lugar do condutor estava o Robert que nos sorriu mal entramos.
A viagem até à mansão branca passou-se à velocidade da luz e fomos recebidos por uma rapariga morena com olhos bastante azuis tal como o Nathan, que foi a correr na sua direcção e abraçá-lo.
"Vim o mais rápido que o avião permitiu mas apanhei uma tempestade, peço imensa desculpa Nate." Ela informa-o.
"Mia não te preocupes, não era necessário vires." Ela faz uma cara triste. "Mas ainda bem que vieste, tinha saudades tuas." Ele mete o seu braço por cima dos ombros da rapariga e puxa-a na direcção do seu torso. "Mia, quero que conheças alguém." Ele roda na minha direcção e pede que me aproxime. "Esta é a Anna, a minha namorada." A Mia franze uma sobrancelha e esboça um sorriso vindo até mim e apertando-me nos seus braços.
"Finalmente!" Ela grita bem alta e eu solto um riso envergonhado. "O Nate estava sempre a falar de ti mas eu não acreditava que existias."
"Até parece que eu te mentia." Ele bufa e ela esboça-lhe um sorriso.
"Vamos entrar?" A Elizabeth pergunta docemente.
O Nathan acena e dirigimos-nos à porta da mansão. Quando esta abre-se revela várias pessoas a gritarem "bem-vindo a casa", com um póster enorme bastante moderno e ao mesmo tempo clássico, vários balões brancos e prateados. Não conhecia ninguém sem ser as meias-irmãs do Nathan, mas apercebi-me que se tratava da sua família.
"Anna, Nathan, o vosso vestuário está lá em cima nos diferentes quartos, a Mia acompanha-vos." A Elizabeth informa-nos e eu ainda fico mais confusa com o que estava a acontecer mas aceno.
...
Quando rodo a maçaneta da porta do quarto dos convidados, um dos muitos, deparo-me com um quarto todo em todos de beije e pendurado no guarda-vestidos, que estava aberto, encontrava-se uma simples peça, um vestido branco de cetim. Aproximei-me e analisei-o ao pormenor. As costas tinham uma grande abertura tapada com um tule branco com vários brilhantes, que desaparecia depois perto da cintura voltando a retomar o tecido de cetim. Na parte da frente o peito era apenas um pouco decotado e na parte abaixo do peito o vestido apertava marcando a cintura e depois caindo. Vesti-o e calcei os sapatos prateados que estavam por baixo do vestido. Estes também tinham uns brilhantes que pareciam diamantes pequeninos na parte central do pé. Não sei como a Elizabeth sabia o meu número mas estava tudo perfeito. Quando me dirigi para a casa de banho encontrei um ferro de enrolar o cabelo, fazendo umas ondas soltas e colocando pequeninas molas prateadas, e acompanhei com uma maquilhagem simples, com um castanho acizentado por todos os olhos e uns lábios rosa nude.
Após me preparar e sair do quarto, desço a escadaria em caracol enorme e deparo-me com o Nathan num smoking preto, com um laço à volta do pescoço e uma rosa branca no bolso. Os seus olhos iluminaram-se quando encontraram os meus e dirige-me até ele, pousando a minha mão na dele. Ele encaminhou-me até ao jardim onde estava montada várias tendas brancas com velas por dentro de candeeiros brancos que estavam presos no tecto das tendas.
Todos os convidados estavam com um vestuário informal e a dançar ao som de uma banda clássica que tocava perto da piscina.
"Posso?" O Nathan pergunta-me e eu aceno, concedendo-lhe permissão para pegar a minha mão e levar-me para o centro das tendas e juntar-me aos vários casais que dançavam.
...
Nota: Desculpem por este capítulo estar fraquinho mas não sabia que continuação queria dar à história depois do Nathan acordar. Quero deixar um aviso que não devo publicar durante a próxima semana, sendo que vou ter uma cirurgia e vou estar em repouso. Assim que me encontrar melhor volto a escrever, pode ser que tenha uma ideia genial para o próximo capítulo!

VOCÊ ESTÁ LENDO
Madness
Teen FictionQuando Anna chega a Toronto, com o objectivo de começar uma vida nova, depara-se com Nathaniel, um rapaz desprezível e sombrio, que logo ganha interesse em Anna e no seu desprezo ao toque humano, encurralando-a com perguntas e tentando desvendar as...