Seus dedos percorreram meu corpo, procurando os lugares ainda não explorados. Minha respiração batia contra seu peito, tão sexy, tão romântico. Suas curvas ainda eram terrenos perigosos e mesmo assim fascinantes. Sua boca continha a bebida do diabo, doce e viciante.
Existe uma parte da minha mente que está sempre em alerta quando estamos transando e a outra que procura se desligar completamente. Essa noite não. Mantive meu cérebro totalmente ligado para as sensações e meus olhos atentos nele.
Caminhamos até o banheiro e tudo passou a partir daquele momento em imagens: Júnior despido ligando o chuveiro, sua mão estendida, minha mão em encontro com a dele, eu entrando no box, nossos corpos colados, a água quente queimando nossas peles enquanto nossos beijos queimavam nossos corações.
Agora estamos deitados na cama, ele acaricia meus cabelos molhados e eu afago seu peitoral com cheiro de lavanda.
— Realmente estava com saudades, não? — seu tom é de brincadeira.
— Você também — dou tapinhas onde à poucos segundos afagava.
Ele ri baixinho e depois respira fundo. Me permito olhar seu rosto por alguns instantes. Júnior está com os olhos fechados. Pareço ver um sorriso no canto de sua boca, ou talvez seja apenas impressão minha mesmo. Ele é tão lindo sorrindo, tão sexy. Daria tudo para poder ler seus pensamentos nesse momento.
Há um encanto nesses momentos pós-foda, seja no modo como nossos corpos ficam entrelaçados ou nas carícias que trocamos. Eu gosto disso. Gosto do jeito como Júnior se preocupa comigo, se eu me machuquei ou se preciso de algo. As vezes seria bom ter essa atenção sempre garantida por um relacionamento estável, porém temo que se levarmos o que temos para algo mais sério o encanto acabe, então é melhor deixar assim.
Lembro-me que preciso contar sobre Carla, mas não acho que seja um bom momento para falarmos sobre isso, então decido contar amanhã. Um dia a mais ou a menos não fará diferença.
Meus sonhos são serenos, quase todos com Júnior. Acordo com uma trovoada, estou sozinho na cama, parece ainda ser de madrugada, mas a chuva não deixa qualquer brecha no céu. Levanto-me e percebo que estou nú. Me enrolo no lençol e saio do quarto, no corredor sinto o cheiro do bom e prazeroso café, um sorriso escapa de meus lábios quando o vejo só de cueca na cozinha preparando o café da manhã. Me encosto na parede para poder admirá-lo até ele me notar, o que levou alguns minutos.
— Te acordei?
— Não... Foi a chuva. Que horas são?
— Muito cedo ainda. Mas parece que a chuva vai durar o dia todo... Então vamos ficar presos aqui — e lá está seu olhar de predador.
— Nem pensar, hoje seu pai volta para o escritório, lembra? Não posso faltar justamente hoje. É pedir para assinar minha carta de demissão.
Ele se aproximou de mim e cheirou meu pescoço,arrepios percorreram todos os lugares do meu corpo. Algo cresceu entre o lençol.
— Adoro seu cheiro, sabia? — sua voz era um sussurro quente no meu ouvido.
Não sei se eu concordei ou gemi. Mas essa foi a permissão que ele tanto queria para me pegar no colo e jogar no balcão da cozinha. O lençol caiu, deixando meu corpo exposto. Seus grossos lábios beijaram minha barriga. Segurei seus cabelos firmemente.
— Você me deixa louco — resmungou entre os beijos e as mordidas em minha barriga.
Não deu tempo de falar que ele também me deixava louco. Nem precisava, era só me ver naquele momento, gemendo e pedindo — quase implorando — para que continuasse. Como uma vadia sedenta. Júnior despertava o pior de mim em apenas respirar.
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O Filho Do Meu Patrão (Romance Gay)
Roman d'amourMe chamo John Kennedy e tudo começou quando conheci o filho do meu novo patrão. Alto, forte e muito bonito, Júnior despertou em mim os mais obscuros desejos. Agora esconder essa forte atração que sinto do meu patrão religioso e chato enquanto tenho...