Fight Song- Rachel Platten
Boa leitura!
Meu nome é Scarlet Williams, atualmente tenho vinte e um anos e moro em um internato para meninas, local onde fui deixada em frente a porta dentro de uma caixa ainda quando era recém-nascida, portanto já está claro que nunca tive a presença dos meus progenitores em minha vida.
Fui mantida no internato pela benevolência dos pais de algumas meninas que também moravam lá, eles se compadeceram ao descobrir sobre a triste história da garotinha cruelmente abandonada sem quaisquer chances de sobreviver caso não fosse acolhida no internato. Isso era o que as tias do colégio diziam para eles para que sentissem pena e pagassem meus estudos.
Tive uma educação de extrema qualidade com professores excelentes e posso dizer que minha facilidade em aprender coisas novas ajudou muito, tanto que por esse motivo havia me dado tão bem com os estudos e as atividades extracurriculares.
Conforme fui crescendo meus colegas faziam estão de deixar clara a caridade que seus pais faziam por mim, me sentia envergonhada tendo que apelar para a pena das pessoas, nenhuma delas tinha o dever de me ajudar pagando minha estadia no internato, afinal eu não tinha nenhum tipo de parentesco com os mesmos, mas sabia que precisava da ajuda financeira deles para me manter em um ambiente que seria mil vezes melhor do que um orfanato.
Tinha que engolir meu orgulho por pura sobrevivência, fiquei sabendo por uma colega que havia sido adotada o quão ruim são os orfanatos, as crianças e adolescentes mantidas lá eram muitas vezes negligenciadas e, infelizmente, muitas delas maltratadas.
Sinto arrepios só de imaginar.
Se me perguntassem se sinto falta dos meus pais eu retrucaria dizendo como é possível sentir falta daquilo que nunca tive? Mesmo que em boa parte da minha infância tenha tido a ilusão de que meus pais entrariam pela porta do colégio, olhariam para mim, me abraçariam e diriam que ia ficar tudo bem, que havia sido um mal-entendido ou que simplesmente se arrependiam.
Afinal, na mente de uma criança pedir desculpas já seria o suficiente, contanto que não tivesse que estar sozinha novamente. Porém agora é diferente, não tenho aquela ingenuidade toda e não adiantaria nada eles aparecerem depois de tanto tempo dizendo que se arrependem, nada mudaria a falta que senti de ter uma presença materna e paterna em minha vida.
Não posso ser hipócrita e dizer que não tive amor, pois o tive e muito, todas as tias eram muito amorosas e protetoras, principalmente a tia Maria, uma senhora desbocada e doidinha que era sem via das dúvidas a melhor cozinheira do internato.
Inclusive foi ela quem havia escolhido o meu nome, além de ter me ajudado muito quando precisei escolher um dentre tantos outros sobrenomes. Gostava da forma como o Williams soava, portanto não pensei duas vezes ao escolhê-lo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Princesa Encontrada - 1° Livro da Saga Mystical Beings
WerewolfScarlet Willians foi encontrada ainda recém-nascida em frente a um colégio interno para garotas e cresceu sem conhecer muito sobre o mundo que a cercava. Tudo o que sabe sobre si é o fato de ser uma loba, já que aos dezenove anos teve sua primeira t...