41° Scarlet

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Trem bala-- Ana Vilela

Tenham Uma Boa Leitura!


Aqui estou eu sentada na recepção do hospital esperando pacientemente (não tão paciente) para ser atendida, fiz questão de vir hoje mesmo pegar minhas pílulas, já passei quase dois dias sem tomar e isso me deixa meio preocupada.

(Relaxa Scarlet, não tem quase nenhuma chance disso que você está pensando acontecer)-- penso tentando acalmar meus ânimos.

Os meus seguranças, carinhosamente apelidados de brutamontes, estão aqui também. Agora imaginem euzinha cercada por oito brutamontes enormes numa pequena recepção de hospital, estou até me sentindo uma criança aqui no meio.

É o cúmulo dos cúmulos!

Tudo culpa daquele ogro teimoso, irritante, arrogante, chato, idiota... Mas que mesmo assim eu amo. Que merda não faz nem tanto tempo assim que ele partiu e já estou com o coração apertadinho de saudade.

Oque esse ogro fofo fez comigo?

Suspiro longamente tentando afastar isso da minha mente, tentando de alguma forma não pensar no quanto ele pode estar correndo perigo, no frio que o mesmo pode passar ao anoitecer ou em qualquer outra coisa que o meu ogro possa sofrer nessa maldita floresta.

Não, não, não e não! Não irei ficar pensando nessas coisas, tenho que ser otimista meu Deni sabe se virar e com certeza voltará para casa o mais rápido possível, então nada de ficar pensando bobabens.

Me levanto da cadeira onde estava e logo todos se levantam junto, reviro os olhos com essa atitude.

--- Só irei até o corredor pegar um copo d'água gente-- digo estressada.

--- Deixe pelo menos um de nós a acompa-- interrompo um gentil brutamonte já sabendo oque o mesmo iria falar.

--- Nada disso, irei SOZINHA ao corredor pegar uma água, é aqui do lado e não vejo o porque de tudo isso-- falo efatizando o sozinha.

Eles aceitam ainda relutantes, saiu de lá suspirando aliviada pelo pequeno momento de liberdade, odeio pessoas tentando me controlar.

chego ao corredor e logo me encaminho para o bebedouro, localizo um copo e encho o mesmo de água logo o levando a boca.

Engulo o líquido em grandes quantidades e quando estava me preparando para encher novamente o mesmo sinto uma mão em meu ombro.

Me viro apreensiva, mas logo a apreensão se vai ao avistar uma
garota que parece ter mais ou menos minha idade.

Acho que conheço ela...

--- Oi-- diz e parece estar meio nervosa com algo.

--- Olá, você está bem?-- pergunto temerosa e começo a avalia-lá para me certificar se está bem.

--- Oh estou sim obrigada-- fala mordendo os lábios-- tenho que conversar urgentemente com a senhora-- termina de falar e percebo que em nenhum momento me olhou nos olhos.

--- É algo sério?-- pergunto tentando arrancar algumas informações.

--- Infelizmente sim-- murmura tão baixinho que mal ouço.

--- Venha-- a puxo para um dos bancos que estavam no correndor, percebo que o mesmo está meio vazio oque é ótimo já que teremos mais privacidade, me sento ao lado dela no banco e fico segurando suas mãos tentando passar um mínimo de conforto-- diga oque lhe aflige querida-- falo carinhosamente.

A Princesa Encontrada - 1° Livro da Saga Mystical BeingsOnde histórias criam vida. Descubra agora