47° Deniel II

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Dusk Till Dawn-- Zayn (feat. Sia)

Tenham Uma Boa Leitura!

   A bentita da médica pareceu ter demorado anos para chegar até aqui, acho que ela não entendeu a gravidade da situação já que resolveu bancar uma de lesma logo agora.

Rosnei igual um maníaco quando a médica enxerida se sentiu no direito de tentar me deixar para fora do quarto ao qual a minha fêmea se encontrava visivelmente debilitada.

--- Não sairia desse quarto nem se um exército com os melhores machos vinhessem tentar me colocar para fora, lutaria até arrancar a cabeça de cada um, e com toda a certeza não será uma médica qualquer que irá me tirar daqui-- disse aos grunhidos finalizando com um rosnado ferroz pouco me importando se estava sendo grosso ou não, tudo oque eu queria era minha fêmea em segurança e de preferência em meus braços.

Após isso a mesma não ousou me digirir nem mesmo um olhar, entrou em seu modo profissional e começou a avaliar a minha fêmea.

Ela ficará bem...

Repito mentalmente essas palavras como se fossem um mantra e que possivelmente fossem me impedir de desabar tomado pelo desespero que estou sentindo nesse exato momento.

O rostinho pálido da minha princesa me mata só de olhar, ver seus olhinhos fechados sem mostrar aquele brilho que eu tanto amo dói de uma forma incomum, só queria que tudo aquilo tivesse acontecendo comigo e não com ela.

Eu sou o responsável por isso!

Se eu não tivesse discutido com ela e ainda por cima a ter deixado o dia todo sozinha isso não estaria acontecendo, pelo contrário, minha companheira estaria de cara fechada para mim pelo oque fiz, mas ainda assim estaria com seus lindos olhinhos abertos e bochechas coradas.

(Eu sou um merda)-- penso fechando minhas mãos em punhos e apertando as mesmas fortemente, tão forte que se meus ossos não fossem resistentes com certeza já teriam se quebrado.

Não deveria ter trazido a cabeça de Albert para casa, aquilo também deve ter sido um choque e tanto para ela.

(Que porra de ótimo companheiro eu venho sendo)-- penso irônico me sentindo amargurado.

A vontade que tenho é de bater na parede mais próxima, de esmurar essa bendita parede até sentir o sangue escorrendo pelos nós dos meus dedos, mas porra eu não posso, não posso pois nunca me perdoaria se minha princesa acordasse e me vesse como um monstro doentio.

Solto o aperto em minhas mãos respirando fundo tentando controlar a respiração, sou despertado de meus devaneios pela médica que murmura meio que para si mesma algo que me deixa aflito.

--- É normal que ela tenha desmaiado na situação em que está-- diz anotando algo em sua prancheta.

Situação? Que situação? Será que ela tem algo grave? Ou será que a médica está se referindo ao estresse que a minha fêmea vem passando? Provavelmente deve ser isso...

Quando estou prestes a perguntar sobre a tal situação um suspiro fraco é ouvido desviando nossa atenção para a minha companheira que está despertando do desmaio.

Me aproximo ficando o mais perto possível no momento, vejo seus olhinhos se abrirem meio confusos tentando se ajustar a luz do ambiente.

Dou um beijo suave em sua testa mantendo minhas mãos segurando as suas, sinto suas mãos se apertarem levemente sobre as minhas como se tentasse me reconfortar quando eu que devia estar fazendo esse papel.

A Princesa Encontrada - 1° Livro da Saga Mystical BeingsOnde histórias criam vida. Descubra agora