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             Deanna
    O ar fresco bate em meu rosto como uma massagem suave feito com dedos de algodão, olho para o lado, meu pai esta deitado com os braços cruzados atrás da cabeça. Já eu ,estou deitada com as mãos entrelaçadas sobre a barriga, o céu escuro faz com que as estrelas tenham um brilho mais forte, a lua minguante em forma de sorriso. Um sorriso grande e amarelo. Penso e sorrio com o meu pensamento.
    Olha para o meu pai e ele está olhando fixamente para uma estrela, apenas uma, pequena e fraca estrela. No meu interior penso que ele se sente assim, pequeno e fraco. Apesar da sua aparência intimidante, sigo seu olhar.
     Começo a lembrar de minha mãe verdadeira, dizendo como Robert era antes. Antes de sofrer com a morte de seu irmão, antes de deixar que seu eu renegado o  dominasse. Volto a olhá-lo, ele está calmo, sereno.
    -Você não queria ser chefe dos renegados, ou queria? Pergunto, e ele se vira para me encarar.
     -Não, eu nao queria. Ele responde. Sei que estou tocando em uma ferida ,então resolvo não perguntar mais nada. Apesar da curiosidade estar a ponto de me matar. Ele volta a olhar para o céu.
    -Eu e sua mãe éramos como qualquer casal apaixonado. Ele começa a dizer, mais ele continua impassível olhando as estrelas enquanto eu o observo. Nós tínhamos planos, mais não adianta fazê-los, nunca acontece como planejado. Ele sorri como se lembrando de algo, provavelmente algo com minha mãe. Nós nos encontrávamos escondidos na floresta, e ali fazíamos promessas de sempre ficar juntos, mais acho que o destino não queria isso.
    Destino... Sempre o destino, não sei se ele tem mesmo culpa, ou se as pessoas colocam a culpa nele apenas para não dizer que os verdadeiros culpados mesmo, somos nós. Por sempre, bom quase sempre, fazermos escolhas erradas.
     -Ainda dá para você e Diana, ficarem juntos. Digo, ele fica calado, como se pensando em minha proposta.
     -Senhor. Ouço alguém  chamar, meu pai e eu olhamos juntos e vemos, um homem alto ,ele é calvo e tem um porte físico forte. O mesmo homem calvo da minha visão ...droga.
    Meu pai se levanta e eu o sigo, nos aproximamos do homem, ele me lança um olhar  nada amistoso. Meu pai se vira para me olhar.
   -Você pode nos deixar a sós?
  Assinto, e com um ultimo olhar para o homem calvo, me afasto, sinto um frio na espinha, e os observo de longe sei que estam falando sobre o ataque que poderá acontecer. Mais porque eu vi o homem calvo, ao invés de ver meu pai sendo que ele é o líder por aqui?
    Mesmo de longe consigo ver o olhar de inveja que o homem lança ao meu pai.
    Nesse exato momento, confirmo que eu não confio e não vou com a cara desse sujeito.
     Nosso olhar se cruza, e ele me lança um sorriso nada tranquilizante e cheio de sarcasmo, como se soubesse que estou lembrando das visões. Meu pai se vira e me olha, logo volta a olhar para o homem, eles se despedem e ele vem em minha direção.
     -Quem é ele? Pergunto assim que ele se aproxima.
     -Williams, um dos chefes da segurança. Ele diz com indiferença. Vamos, de repente bateu uma fome. Ele diz pondo a mão sobre a barriga. Começo a rir da sua expressão, e ele acaba por rir junto.
     Minha mãe fez questão de preparar nossa comida, meu pai toma uma grande taça de sangue. O cheiro suave do sangue penetra em minhas narinas me fazendo ter mais fome ainda. Tomo um grande gole, do líquido vermelho e doce, o gosto é inebriante.
     Terminamos o jantar e começamos a falar sobre coisas alheias. Estou gostando sinceramente ,de conhecer meus pais verdadeiros.
     Mais o pensamento de uma guerra entre vampiros e renegados, me vem a mente, sinto um gosto amargo na boca, e sei que se algo acontecer com Robert e Diana, a culpa será minha.
   
    

Amor Entre  VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora