Maggie

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Sky, Stella e eu fomos no local combinado com Diana e Paloma.

Elas sequestraram minha filha, e queriam nós tres lá, é claro que eu e as meninas sabíamos que era uma armadilha, mas eu não podia deixar minha filha ali com elas.

Era um predio abandonado, Stella e Sky seguravam a minha mão, de longe escuto um choro muito familiar e automaticamente procuro minha pequena, vejo Paloma e Diana nos olhando chegar, vejo que Lúcia está perto delas.

Não tenho mais certeza de que lado ela está. Pois ela não nos avisou desse 
plano das duas, e eu quase sinto raiva dela por essa traição, e raiva de mim mesma por acreditar nela.

Ignoro o que sinto por Lúcia e me foco na unica coisa mais importante pra 
mim, minha filha, minha pequena Stella, se debatendo no colo de Diana.

-Devolva a minha filha.-grito.

Diana sorri maquiavelicamente, e passa suas unhas compridas lentamente no rosto da minha filha, que chora, eu vou até ela com intenção de matar essa vaca, quando Paloma pega um revolver e aponta pra mim.

Sky segura minha cintura me impedindo. Paloma começa a rir e aponta a arma pra Stella que ainda chora nos braços de Diana.

-Maggie, você sempre foi tão tola, acha mesmo que iriamos devolver sua filha?-ela fez beicinho se divertindo com a situação.-Iremos matar vocês três, porque ai vocês não iram poder tirar o que é nosso por direito, nosso dinheiro, e vamos matar essa ratinha que você Maggie chama de "filha".-ao dizer a palavra ela faz uma careta de nojo.-E logo depois matamos Otávio e Mateus, ficaremos com o dinheiro e sairemos do país. Simples assim.

Sou cega por alguns instantes quando vejo um brilho desconhecido vindo da direção de Lúcia, mas ignoro isso.

-Mãe?-Stella diz tentando chamar a atenção de Diana.

-Não me chame assim.-ela cospe com raiva.-Vocês três foram o maior erro da minha vida.

Sei que nós três ficamos abalada, afinal aquela foi a mulher que nos deu a luz, nossa "mãe" como pode ser tão fria.

Cada segundo que ela segura minha filha me faz ficar mais nervosa, estou 
saindo do controle, mas temo pela vida da minha princesa.

Me foquei apenas nela embrulhada no colo daquela maluca.

Mal vejo as coisas de fato acontecendo, sei que houve uma briga, Stella e Sky se movendo, e Lúcia enfiando uma faca em Diana, as coisas aconteceram muito rapido, de repente minha filha esta nos braços de Sky, e ela caminha 
em minha direção.

Me sinto melhor assim que sinto o calor de Stella, eu a beijo e choro.

Vejo que Sky e Stella estão segurando Lucia e Paloma.

Mas tudo o que me importa agora esta nos meus braços.

Vejo uma aglomeração, e alguns policiais tentando falar comigo, vejo Marcos nos embalando em um abraço apertado.

Na delegacia demos nossos depoimentos e Lúcia assumiu a culpa pela morte de Diana, ela tambem contou sobre a morte de Rafael, e todos contamos nossas histórias.

Quando perguntei a um policial sobre Paloma disseram que a levaram para um hospício, pois estava gritando insanidades, depois de tudo o que ela fez, ela tinha que ser presa, um sanatorio era um castigo leve para o que ela merece.

Do outro lado vi Jonathan conversando com Stella e Luís, ele me vê o olhando e me cumprimeta com a cabeça e eu aceno de volta, espero que ele guarde meu segredo sobre me sacrificar pelas pessoas que amo.

Deixei com muita relutância Stella com Marcos e fui falar com Lúcia.

-Oi.-ela diz ao me ver.

-Oi Lu.-digo.

Ela segura minhas mãos e está tremendo.

-Mags, sei que vou passar um tempo na prisão, eu matei alguém, fui 
cumplice.-eu estava preste a interromper ela.-Sei que não deveria te pedir isso, mas não tenho mais ninguem pra pedir.

-Pode pedir.-digo.

-Eu estou grávida do Rafael, por isso matei Diana, isso e por ela ser a 
mandante de tudo, mas quero que quando meu filho nascer que você cuide dele.-ela chora.-Por favor, até eu sair da cadeia.

Eu a abraço forte.

-Eu prometo, criar seu filho, e amar ele como se fosse meu.-beijo o alto de 
sua cabeça.-hoje você ajudou a salvar minha filha, e isso era o mínimo que 
eu poderia fazer por você.

Um policial chega e leva a Lúcia.

Vamos todos pra casa com os nervos abalados, mal trocamos nenhuma palavra, permanecemos quietos, apenas com a companhia uns dos outros, parece que era a única coisa que precisavamos.

Nosso pesadelo acabou.

É como ficar muito tempo submersa em uma piscina, e sentir uma necessidade de ar, e quando você chega na superficie e seus pulmões se enchem , parece que tudo fica bem novamente.

Essa era a sensação que tinhamos.

Eramos uma familia, não apenas ligados pelo sangue, mas pelo amor, amizade e sinceridade, passamos muito tempo vivendo nesse caos, demos forças um para o outro.

Antes de eu por minha filha no berço me viro e vejo as pessoas que eu amo, 
pelo menos a maioria delas.

Vejo Marcos sentado ao lado do meu pai Otávio, vejo meu outro pai Matheus abraçando minha avó Neide, minhas irmãs Stella e Sky abraçando meu avô Pedro, Adam e Dean conversando com Becky, Jonathan, Lucca e Beto bricando com Apolo, Paulo falava com Luís e Julia. Faltava Lúcia que estava presa e gravida e a minha promessa feita a ela.

Esperava realmente um pouco de monotomia, Stella em meus braços se meche e me olha com um sorriso.

-Monotomia? Como se isso fosse possivel nessa familia louca que a gente tem. Não é minha pequena.-beijo o rosto da minha pequena.

-Agora tudo vai ficar bem, meu amor.-digo sentindo a verdade dessas palavras.

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