6 • Sentimentos

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Eu - Eu sei. Mas é que tudo aquilo me fez lembrar os maus tempos que passei... Desculpa por te ter feito sair da sala. Eu já estou bem, já podemos entrar.

Diogo - Nem penses. Não quero que vejas aquilo novamente. Desculpa Bianca, para a próxima vou ter mais cuidado a escolher o filme, nem sequer vi o trailer deste...

Eu - Tu não tiveste culpa. Não sabias...

Ele beijou-me e eu senti os habituais choques elétricos a percorrerem todo o meu corpo. Enquanto o meu coração batia aceleradamente, ele acariciou a minha bochecha com a palma da mão ao mesmo tempo que dizia:

- Nunca mais vais passar por aquilo novamente. Eu não vou deixar que isso aconteça.

Eu - Obrigada Diogo.

Ele ajudou-me a levantar e passou o braço pelas minhas costas, dando-me beijos na testa. Enquanto passeávamos, ele comprou dois gelados de chocolate e deu-me um deles.

Eu - Sabes... há uma dúvida que tenho na minha cabeça há muito tempo.

Diogo - Qual é?

Eu - Tu sabes que por causa do meu passado, eu deixei de confiar nas pessoas. Mas tu apareceste e mudaste tudo. Contigo foi diferente, pela primeira vez senti que no meu corpo a esperança sobrepunha o medo de sofrer. O meu coração escolheu acreditar em ti quando o meu cérebro repetia inúmeras vezes que tu podias estar a ser falso comigo. Tu disseste que sentias por mim o mesmo que eu sentia por ti. E isso parece-me tão estranho, não consigo perceber como é que alguém como tu se apaixonou por alguém como eu. Eu sou só uma rapariga com o coração despedaçado.

Diogo - Eu apaixonei-me por ti porque tu és única e especial. És linda, és inteligente, tens um sorriso contagiante. Adoro tudo em ti. Adoro ver-te a morder o lábio e a mexer nas mangas da camisola quando estás nervosa. Adoro quando ficas com vergonha de alguma coisa e escondes a cara atrás do cabelo. Adoro quando ficas sem resposta para mim. Adoro quando tremes ao sentir o meu toque. Adoro sentir o teu toque. Adoro a tua voz e o teu cheiro. Adoro os momentos que passo contigo.

Eu - Mas eu tenho tantos defeitos...

Diogo - Toda a gente tem. Mas até os defeitos que tens são fantásticos. Tu és uma rapariga tão frágil mas ao mesmo tempo tão forte, que foi impossível não me apaixonar por alguém tão adorável como tu.

Acho que acabei de derreter nos braços dele, literalmente.

Eu (abraçando-o) - Diogo... deixaste-me sem palavras...

Diogo (rindo) - Era esse o objetivo!

Eu - Nunca te imaginei tão sentimentalista.

Diogo - Nem eu. Acho que me tornei assim por tua causa.

Eu - És tão lindo... não só por fora, mas também por dentro. És tão querido, tão protetor, tão especial... Não tens ideia de como me sinto agradecida por te ter na minha vida.

Eu não sou boa a expressar o que sinto por palavras, por isso, ter dito isto já foi uma grande vitória para mim.

Diogo (rindo) - Bem, acho que hoje fomos os dois barrados com muito mel!

Eu - Também acho! É o amooor!

Diogo - Vamos parar, já estou enjoado de tanta lamechice!

Rimos e ficámos abraçados durante alguns minutos até irmos embora.

Borboleta Lutadora (✔)Onde histórias criam vida. Descubra agora