Borboleta Lutadora (✔)

12 • Escorregas

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Olívia - Venham, vamos para o escorrega do terror!

Ela pegou na minha mão e na da Rita e começou a correr, arrastando-nos atrás dela.

Rita - Nem pensar! Aquilo é muito alto! Vai tu, eu e a Bianca ficamos aqui. (dirige-se a mim) Tu não queres ir, pois não?

Eu - Porque não? Acho que vou arriscar, não parece ser assim tão mau.

Rita - Então eu fico aqui à vossa espera.

No fim de subir as escadas e olhar para baixo, arrependi-me imediatamente da minha decisão.

Eu - Acho que a Rita tinha razão, isto é muito alto...

Olívia - Não sejas medricas! Senta-te no teu lugar e pensa na fantástica viagem que vais ter!

Assim fiz, e de seguida olhei para baixo e vi o nadador salvador a levantar a bandeira verde, o que significava que já podíamos descer.

Olho em volta e vejo várias pessoas a escorregar, assustando-me com a velocidade a que elas vão. E se eu fraturar uma perna quando estiver a descer?? E se eu bater com a cabeça quando cair na piscina?? Acho que se for discreta, consigo sair daqui sem ninguém me ver.

A Olívia estava a preparar-se para descer, mas quando me viu a levantar o pé, agarrou o meu braço e disse:

- É que nem penses!!

De seguida empurrou-me, e antes de eu desatar a escorregar a uma velocidade louca, ainda consegui dizer:

Eu - Olívia nãããooo!! Odeio-teee!!

Tentei fazer pressão com as mãos para diminuir a velocidade, mas acabei por bater com o queixo no plástico, engolindo assim imensa água. Comecei a tossir e, sem me dar conta, virei-me e fiquei de costas para a piscina.

Eu - Aaaaaah, socooorro!! Vou morreeeer!!

Só tive tempo de tapar o nariz antes de cair de chapa na água. Levantei-me e vi a Olívia a fazer um relato fantástico à Rita.

Rita - Então, gostaste?

Quem me viu a escorregar provavelmente pensou que esta foi a pior experiência da minha vida, mas a verdade é que foi bastante emocionante.

Eu - Tirando o facto de achar que ia morrer, adorei!! Tens de experimentar!

Olívia - É assim mesmo! A primeira vez custa sempre, por causa do medo, mas depois de experimentares não queres outra coisa!

E ela tinha razão. Eu andei mais sete vezes naquele escorrega, e a cada vez que andava sentia mais adrenalina.

A meio da tarde já estávamos um pouco cansadas, por isso decidimos deitar-nos nas toalhas enquanto comíamos o lanche.

Rita - Este sítio é espetacular, mas confesso que seria mais divertido se os rapazes estivessem cá.

Eu - Lá isso é verdade.

A Olívia olhou para nós com uma expressão zangada e atirou-nos o colchão de plástico que comprámos na entrada, e que acabou por ainda não ser usado. Tentei ripostar, mas ela apressou-se a dizer:

- Estão a querer dizer que eu sou má companhia? Suas falsas!

A Rita abraçou-a fortemente e deitou-se em cima dela dizendo:

- Claro que não querida Livi!

Olívia - Bianca, ajuda-me! Acho que vou morrer sufocada! Sai de cima de mim pançuda!

Não consegui ajudar, mas sim rir destas pessoas retardadas.

Olho em volta para as pessoas, a maioria crianças, que se divertem na piscina à nossa frente. Quando me ia virar para ver o estado das minhas amigas, o meu olhar pára numa cara que me é bastante familiar.