Carina DeLuca P.O.VAndo apressada pela casa enquanto meu noivo, Owen Hunt, anda atrás de mim tentado explicar o motivo de estar chegando em casa às 6 horas da manhã de uma quarta - feira, no mesmo horário que eu estou indo para meu plantão de 48hrs no hospital Grey Sloan Memorial, plantão esse que me coloquei de propósito, para não ter que ver a cara do meu querido noivo.
- Carina, por favor! - Owen travou a porta da garagem, onde eu estava entrando - Você pode me escutar?
- Sinceramente, Owen?!? Não posso, estou atrasada para meu plantão, que vai ser longo e não quero chegar estressada - Tentei puxar a porta, mas fui impedida novamente. - Quer saber?? Escuta você, faz meses que você está agindo como se não existisse uma vida comigo, como se eu fosse uma ficante que você come a cada uma semana e depois some, nos estamos morando juntos faz 3 anos Owen, caso você não lembre, e mesmo que a gente respeite nosso espaço faz meses que você mudou toda sua rotina e eu não fiz nada além de te apoiar e respeitar e desde então você vem me desrespeitando como tua mulher e tua amiga.
Owen socou a parede e virou as costas para mim liberando a passagem, não perdi tempo e abri a porta, as minhas mãos tremendo quase não deram conta de destravar o carro, faz 3 semanas que nos tivemos uma briga feia e desde então as coisas estão piore que antes, ele chegou bêbado e dirigindo as 2 da manhã e brigamos de elevar a voz um para o outro, eu estava acordada o esperando pois tínhamos marcado de fazer um jantar para comemorar nossos 5 anos de namoro e matar um pouco da saudade, nossas rotinas ultimamente estavam se desencontrando demais, principalmente porque ele aceitou um emprego em um escritório renomado de Portland, uma cidade vizinha e anunciou que era o emprego dos sonhos dele, era apenas 3 dias da semana e os outros ele estava em Seattle trabalhando do escritório de casa, ele é advogado. Ligo o carro já colocando em marcha ré, levanto meus olhos em direção ao homem parado na batente da porta me encarando, sinto minha garganta fechar e formigar enquanto seguro o choro e desvio o olhar, tirando o carro da garagem e indo em direção a minha segunda casa, o hospital onde sou obstetra e ginecologista.
Baixo o protetor de sol do carro assim que paro na minha vaga, me enxergo pelo espelho do protetor e passo meus dedos embaixo dos meus olhos para limpar as lágrimas, se meu irmão me pega chorando mais uma vez ele é capaz de ir atrás do Owen para resolver essa situação. Respiro fundo e apanho minha bolsa do banco do passageiro, saio do carro indo em direção a entrada e observo o movimento dos médicos na entrada do PS, a ambulância dos bombeiros está estacionando perto da entrada e consigo identificar Ben Warren abraçando Miranda Bailey enquanto solta algumas gargalhadas com outras duas bombeiras.
- Bom dia, Carina! Olha como meu marido fica um pedaço de mau caminho vestido de bombeiro - Miranda me grita assim que nossos olhares se encontram, do risada concordando com a cabeça.
- Bom dia, gente! Verdade chefinha, Warren você tem mais cara de bombeiro do que de cirurgião - Dou um soquinho no ombro do meu amigo. - Vocês devem trabalhar com ele? Não deem doce para essa formiga, fica insuportável - Olho para as duas mulheres que agora prestavam a atenção em mim.
- Ele já é sem chocolate - A loira brinca indo em direção a porta do motorista e a abrindo - Vamos voltar para a estação agora, acabou o intervalo.
Me despeço deles e entro no hospital com Bailey ao meu lado, vou direto para o meu andar pois já estava atrasada.
°°°°
Entro na minha sala com meu celular na mão, marca 12:56 e eu recém estou conseguindo sentar desde que coloquei os pés nesse hospital, meu estômago protesta
de fome e só de pensar na comida do refeitório me sinto enjoada e como se tivéssemos marcado hora, Amélia Sheppard cruza a porta com embalagens do meu restaurante italiano favorito, ela tem um sorriso de quem está aprontando nos lábios.
- Boa tarde sra. Hunt - ela canta enquanto solta as bandejas na mesa - Vamos almoçar?
Amélia Shepherd é uma das minhas melhores amigas, nos conhecemos na Universidade de Milão, onde eu cursei minha faculdade e onde Amélia cursou 1 ano de intercâmbio, desde o primeiro dia viramos unha e carne, inclusive foi por causa dela que vim parar em Seattle.
- Amore, Sra Hunt não, per favore! - jogo meu celular dentro da bolsa e me estico na cadeira - Parece que leu meus pensamentos, eu estou morrendo de fome e só de pensar na comida do refeitório me da arrepios..
- Ainda com problemas no paraíso? - Amelia arrumava as embalagens. - Virou fresca? tu ama a comida do refeitório, Carina!
- Quase brigamos essa manhã, de novo. Ele está me escondendo alguma coisa, amiga! Eu tenho certeza, eu conheço ele.
- Você conhece ele, não acha que ele possa estar tendo aqueles surtos de transtornos pós traumáticos novamente? Foi essa a desculpa que você me deu depois dele deixar as mãos desenhadas no teu pescoço, né?!? - Owen é veterano de guerra, quando nos conhecemos, há 6 anos atrás, ele havia retornado do Iraque e estava voltando a atuar como advogado, alguém do hospital o indicou para resolver meus problemas do visto de trabalho. Ele era agressivo quando começamos a ficar, tinha muitos surtos devido aos traumas que sofreu no campo de guerra, Amélia não gostava nem um pouco do meu relacionamento com Owen desde que em um surto ele me atacou e tentou me sufocar, eu o entendia, entendia que era uma sequela e estávamos apaixonados, com o tempo os surtos foram diminuindo e até que nada mais tinha acontecido, até 5 meses atrás que ele resolveu arrumar esse emprego em outra cidade e desde então vinha agindo como se nós não existisse mais como casal, era apenas a colega de quarto que aparentemente não merecia mais atenção.
- Amélia, isso já faz anos, achei que tinha superado. - Resmungo pegando os talheres descartáveis e começando a comer - Obrigada por isso.
Eu sabia que ela tava me cuidando, Amélia me cuidava como se eu fosse sua irmã caçula, mas eu era mais velha e com certeza não precisava mais de ninguém me cuidando, minha mãe havia falecido quando eu tinha 8 anos, complicações no parto do meu único irmão, Andrew Deluca, e meu pai era um homem difícil que não tratou seu diagnóstico de bipolar até eu completar 24 anos e ir embora de casa e do meu país levando meu irmão comigo, Vicenzo culpava Andrew pela morte de mamãe, não poderia jamais deixar meu irmão sozinho com ele, depois que fomos embora ele foi atrás de tratamento e hoje em dia está controlado.
- Eu te amo e acho que você merece mais, mas sei que você o ama e tem essa mania de querer estar sempre concertando pessoas quebradas - Ela piscou pra mim - Não vou mais falar sobre seu relacionamento, me conta uma fofoca desse hospital, eu imploro!
- Eu te amo também, idiota! Hmm, deixa eu ver.. Eu vi o Warren com uniforme de bombeiro hoje!!!
- E você viu a capitã dele???? Os internos passaram a manhã inteira falando da tal Capita Maya Bishop, uma loira.
- Eu vi! Ela é bem bonita mesmo, parece ser nova pra ser Capitã dos Bombeiros - Lembrei de loira que estava dirigindo a ambulância, ela é de fato linda. e gostosa com o uniforme de trabalho, mas guardei o comentário para mim antes que Amélia já de um jeito de tentar me apresenta pra ela.~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Oi gente, minha primeira fanfic! eu espero que vocês gostem e comentem, ela não vai ser muito longa..
E MARINA VAI CASAR QUINTA FEIRA!!!!!!!!!!!
Beijo beijo
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In Another Life
FanfictionCarina DeLuca é uma mulher que demorou a maior parte da sua vida para encontrar amor, foi criada pelo pai que sempre fazia questão de lembrar que ser pai era a pior coisa da vida dele, fez sua vida em outro país com o irmão mais novo e hoje é noiva...