Capítulo 4

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"Porque existe essa música que encontrei
Que me faz pensar em você de alguma forma"

Do I Wanna Know?Arctic Monkeys

Do I Wanna Know? – Arctic Monkeys

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Meg

Depois de algum tempo tentando assimilar a volta de Theodor, desço vacilante as escadas da sala, mas paro quando vejo Fernando e meu pai conversarem animadamente.

— Onde estava, Meg?– meu pai pergunta quando percebe minha presença.

— Fui dar uma volta!– dou de ombros ignorando a presença de Fernando.

— Fernando ficou preocupado.– meu pai sorri e Fernando assente.

— Nunca sabemos o que pode acontecer por aí.– Fernando diz e reviro os olhos.

— Meg...– meu pai repreende.

— Não, tudo bem!– Fernando sorri para meu pai.— Eu a entendo. É difícil para todos nós. – bufo.

Aquela ceninha pode até ter comovido meu pai, mas estava longe de me comover.

Cruzo os braços e digo sem conter o tom irônico:

— Obrigada, senhor Fernando. Mas não é preciso se preocupar tanto. Afinal, eu sou bem grandinha!- sorrio desdenhosa.

— Céus, Meg!– meu pai bufa.

— Meg, não precisa ser rude. Podemos ser amigos?– Fernando diz, estendendo sua mão em minha direção.

— Dispenso!– digo e ando em direção à porta.

— Teremos um jantar hoje em minha casa. – Fernando continua.— E você está convidada... Noiva.– estremeço.

Escuto ainda os protestos do meu pai, mas ignoro. Respiro fundo quando saio da casa. Ando pela calçada, chutando pequenas pedrinhas que estavam por ali.

Suspiro parando perto à um poste. Um cartaz chama minha atenção. Parecia ser um anúncio sobre uma casa noturna, onde várias bandas se apresentariam.

Sorrio, o tirando dali.

Ora, ora! Eu tinha um novo compromisso.

(...)

Arrumo meu vestido preto de alcinhas quando o táxi estaciona em frente à casa noturna Devassos. Eu havia conseguido vir sem que meus pais me vissem.

Penteio meus cabelos com os dedos e retoco meu batom vermelho. Pago o motorista e caminho decididamente até o segurança do local.

Quando entro no local, a música atinge meus ouvidos. A música agitada consumia as pessoas que estavam dançando euforicamente.

Querido TheodorOnde histórias criam vida. Descubra agora