Capítulo 46

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"Todo lugar que eu vá, eu estou sempre ouvindo seu nome
E não importa onde eu estou, garota você me faz querer cantar
Se em um ônibus ou um avião, ou um carro, ou um trem
Nenhuma garota em minha cabeça, e você é a culpada"

Nothin' On YouB.o.B feat. Bruno Mars

 Bruno Mars

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Theodor

O sorriso de Suzana morre ao notar Meg ao meu lado.

Contenho a minha vontade de revirar os olhos e mandá-la embora.

Eu sabia muito bem que as suas visitas frequentes ao quarto, não eram para ver Estela. O motivo por qual vinha, era bem notório.

— Olá, Meg!– diz lhe lançando um sorriso fraco e forçado.

— Oi, Suzana!– Meg a cumprimenta educadamente.

Suzana me cumprimenta com um sorriso largo.

— E como Estela está se sentindo?– pergunta, ao observar Estela distraída com seu mais novo brinquedo.

— Ótima!– passo as mãos pelos cabelos ondulados de Estela.

Ela assente e cruza os braços, olhando diretamente para Meg.

— Não te vi por aqui esses dias.

Meg sorri.

— Eu tive alguns...– me olha por alguns instantes.— Contratempos.– dá de ombros.

— Entendi!– morde o lábio inferior.— Vocês... Ainda... Estão juntos?

— Sim!– Meg responde, me lançando um sorriso, acompanhado por uma piscadela.

Puta que pariu, eu a amava!

— Certo!– Suzana resmunga, levantando o queixo.— É melhor eu ir!– diz e sai do quarto, sem ao menos se despedir.

Ouço Meg suspirar, quando a porta é fechada com uma força desnecessária.

— Ela não vai desistir de você mesmo, não é?– pergunta, amarrando seus cabelos em um coque, deixando seu pescoço deliciosamente exposto.

— Eu não tenho culpa!

— Tem sim!– arqueio a sobrancelha.

Ela olha para Estela, que desenhava e se aproxima de mim, sussurrando próximo ao meu ouvido.

— Tem culpa por ser tão irresistível.– morde o lóbulo da minha orelha e eu agarro sua cintura, a apertando com força. — Mas espero que saiba de uma coisa.– olha em meus olhos.— Eu não divido o que é meu!– rosna, passando a língua pelos lábios.

Fecho os olhos com força, sentindo meu corpo em chamas.

Maldita!

— Meg?– Estela chama e Meg se afasta de mim.

— Oi, meu amor?– se senta ao seu lado.

— Como ficou?– entrega o desenho a Meg, a qual coça o queixo, o avaliando.

Ri.

— Está lindo, minha princesa!– faz cócegas em sua barriga e eu sorrio com a cena.

A palavra pais ainda vagava por minha mente.

É claro que Estela sabia quem eram os seus pais. Sabia também que os mesmos haviam falecido, mas desde o seu acidente, poucas pessoas entraram em sua vida. Eu fui uma delas.

Eu pensei em adotá-la inúmeras vezes, aliás, ainda penso, mas eu preciso estar casado para que isso aconteça.

E agora vendo Meg e Estela sorrirem uma para outra, meu coração se aquece esperançoso.

Eu nunca pensei em me casar, mas ao olhar para Meg, isso me parece a menor das loucuras.

Nunca quis uma mulher como a quero.

Estela a ama. Vejo como os seus olhos brilham quando falamos dela, ou como ficou quando Meg não veio visitá-la durante dias. As vezes nem os seus brinquedos e desenhos a animavam.

— Eu acho que com essa cor aqui, as flores ficariam bem melhores!– Meg mostra um giz de cera amarelo.

— Você tem razão!– Estela assente, pensativa, pegando o giz de sua mão.

Meg ri baixinho e se vira para mim.

Eu ainda a encarava como um bobo apaixonado. Ela inclina a cabeça para o lado, franzindo o cenho.

— O que foi?– pergunta.

Me aproximo e a beijo.

— Eu te amo!– murmuro e ela sorri.

— Eca!– ouço Estela resmungar, fazendo uma careta.

Rimos.

— Então a senhorita não gosta de beijinhos?– pergunto e ela nega rapidamente, colocando a língua para fora.

Olho para Meg e ela assente.

Nos aproximamos lentamente de Estela e a puxamos para mais perto, dando inúmeros beijos em sua bochecha.

— Não!– ela ri, tentando se soltar.

(...)

Me sento no sofá e puxo Meg para meu colo.

— No que está pensando?– coloco uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

Ela sorri timidamente.

— Pra ser sincera...– morde o lábio inferior nervosamente. — Eu ainda estou pensando em Estela. Na questão de nos querer como seus novos pais.– suspiro.

— Não precisa fazer isso se não quiser.– ela franze o cenho, me olhando horrorizada.

— Eu quero, Theo!– diz convicta e eu sorrio, beijando seus lábios levemente.— Eu estive pensando...– me encara.— Nós podemos fazer isso.– suas bochechas coram.— Estela está melhorando e quanto a adoção... Sei que precisa...

— Estar casado.– termino.— O que eu mais quero é adotá-la, Meg!– aperto sua cintura.— Mas para isso tenho que achar a pessoa certa.– ela revira os olhos e resmunga baixinho, mexendo em suas mãos nervosamente.

Comprimo os lábios e ela me olha irritada.

— Quer se casar comigo?– dispara com uma carranca e eu não contenho uma gargalhada alta.

Suas bochechas coram violentamente e ela ameça se levantar do meu colo, mas a puxo, fazendo com que caia no sofá.

Me coloco sobre seu corpo ainda rindo. Ela estava envergonhada.

— Desculpe...– desvia seus olhos dos meus.

Ah, como eu te amo!

— Eu aceito, Meg!– ela me olha e eu sorrio, acariciando suas bochechas.— E a pessoa certa? Ela está bem aqui!– beijo seus lábios com desejo e amor.

Que se dane!

Ela era minha e para sempre seria. Nos casaríamos, não apenas para que adotemos Estela, mas sim porque nos amamos.

Não consigo enxergar minha vida sem ela. Sem o seu beijo, sem os seus sorriso e seu atrevimento.

Eu a amava de todas as formas.

Queria viver em seus braços para sempre.

Querido TheodorOnde histórias criam vida. Descubra agora