Bônus

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SCARLETT

Deixo o quarto onde Meg estava e ando decidida até Oliver.

Ele ainda estava confuso em relação ao casamento, pois o mesmo ainda não sabia disso. Eu preferi não contar.

Ele poderia dizer algo à Theodor. Não queria que Theodor soubesse disso por outra pessoa a não ser por Meg.

Pena que ela deixou que isso ocorresse por medo.

— Preciso que me leve à um lugar!– digo jogando meu celular na bolsa.

— Onde?– pergunta, depois de roubar um bolinho da bandeja dos empregados.

Reviro os olhos, segurando um sorriso.

Meu Oliver!

— Só me leve logo, seu idiota! Te conto depois.

— O que eu não faço por você, hum?– diz de boca cheia.

Como eu amo esse bastardo!

Rio e beijo seus lábios rapidamente.

(...)

Oliver estaciona em frente ao meu destino e me olha curioso.

— Tem certeza disso?– pergunta.

— Claro!– ele sorri.

— Essa é a minha garota!– beija meus lábios, apertando minha coxa com força.

Arfo.

— Ande logo, antes que eu não deixe você tirar essa sua bunda gostosa do carro.– mordo o seu lábio inferior e saio do carro rapidamente.

Respiro fundo e depois de passar desapercebida pelo porteiro, entro no elevador.

Não queria que ele soubesse que eu estava aqui.

Paro diante da porta do seu apartamento e bato na mesma. Ouço passos até a porta e a mesma é aberta, revelando um Theodor acabado.

Sua barba estava maior e seus cabelos uma bagunça.

— Scar? O que faz aqui?– franze o cenho.

— Precisamos conversar!– digo e entro em seu apartamento, sentindo o forte cheiro de bebida.

Noto o envelope do convite do casamento de Meg sobre sua cômoda e ele suspira atrás de mim, fechando a porta.

— O que realmente quer, senhora Turner?

— Você está horrível!– faço uma careta.

Ele ri amargamente, colocando as mãos nos bolsos da calça moletom cinza.

— Posso culpar sua amiga?– arqueio a sobrancelha.

Reviro os olhos.

— Precisamos conversar. Melhor se sentar.– ele suspira, se aproximando.

— Se for para falar desse casamento, pode desistir. Eu realmente não quero saber disso.– bufo irritada.

— Theodor, faz logo o que eu estou pedindo.

— Scar, eu não...– não deixo que ele termine e lhe acerto um soco no rosto.

Eu não tinha força o suficiente para machucá-lo de verdade, mas pelo menos ficaria uma marca.

— Mas.... Mas que merda!– me olha com os olhos arregalados.— Ai, Scar!– reclama, colocando a mão sobre o local.

Reviro os olhos, massageando minha mão.

— Vai me obedecer?– ele suspira e se senta no sofá rapidamente.— Eu quero que me escute até o fim.– ele assente.— Meg não casará de verdade.– ele me encara e ri.

— Claro que vai, Scar! Eu recebi o convite...– acerto minha bolsa em sua perna.— Ai!

— Você disse que ia me escutar!– reclamo.

— Certo!

— Como eu dizia, esse casamento não é real.– ele franze o cenho, mas permanece em silêncio.— Meg está se casando por um contrato. As empresas Carter faliram e Carlos buscou maneiras de tentar mantê-las. Uma dessas maneiras foi se juntar aos Albuquerque, entretanto uma das suas filhas teria que se casar com Fernando, mas uma delas já estava casada, então restou apenas Meg.– vejo Theodor engolir em seco.— Ela estava tão confusa em relação à isso. Mas por fim decidiu ajudar o pai. Não por dinheiro e sim por amor.– percebo seus ombros ficarem tensos e e seus olhos vermelhos.— Então você apareceu. Balançou todas as suas estruturas. Ela estava com medo de contar. Medo de você pensar que ela era ambiciosa. Mas ela não podia desistir dessa farsa, por que senão seu pai perderia o que lhe restava. O que não fazemos por nossas famílias, não é?– sorrio fraco e ele fecha os olhos com força.— Então, por favor, não duvide do seu amor.

— Ela... Eu... Droga!– passa as mãos pelos cabelos exasperadamente.

— Então, eu quero que você coloque seu melhor terno. Temos um casamento para ir. Você previsa vê-la!

— Eu... Não sei se...– balbucia.

— Você consegue! Agora vamos,  que eu sou a madrinha.– ele assente e anda rapidamente até o quarto.

Seja o que Deus quiser!

Querido TheodorOnde histórias criam vida. Descubra agora