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- Mas como todos sabemos, esses boatos são infundavéis e o sr. Liam e a srta Luciana continuarão conosco, espero eu que por muito tempo! – Bruno fala tentando quebrar o clima. – Vamos planejar como colocar os próximos planos em vigor logo, não é?

- Sim, é claro! – Liam fala com sua postura de CEO. – Assim que terminarmos a implantação na matriz.

- E quando os sres irão para Londres? – Ale me pergunta ainda tensa.

- Amanhã! – Ruth responde. – E a Lucy precisa ir para casa arrumar as suas coisas, agora.

- É verdade! Vamos Liam, também precisamos arrumar as suas. – Karen fala já o puxando para fora da sala.

- Nós te levamos, Lucy! – Nicola avisa.

- Obrigada, mas ainda tenho que colocar algumas coisas em ordem. – Liam e Karen já se foram e os três sócios estão em silêncio até então. – Estive fora esses dias e ainda vou viajar amanhã.

- Ruth tem razão! – Sr. Geoff fala, mas eu não consigo nem olhar na cara dele. Estou com tanto ódio que a minha vontade é pedir demissão agora mesmo!

Faço o meu melhor por essa empresa e sou tratada como nada e ameaçada ainda por cima. Porém, se eu peço demissão agora, ficará na cara que Liam e eu temos algo.

Não quero que ele perca tudo por minha causa, isso é injusto demais.

Para não fazer besteira, eu pego minha bolsa e vou em direção a porta.

- Lucy, eu te levo! – Nicola fala. – É perigoso e você está sem carro, lembra?

- Quando eu for, eu te aviso!

- Lucy! – Sr. Desmond me chama, eu paro, mas não me viro para olha-lo. – Você pode voltar aqui, por favor! – Respiro fundo e obedeço. – Lucy, não queríamos te ofender! – Eu o encaro e tenho certeza que minha cara é a pior possível.

- Podem nos deixar às sós, por favor? – Sr. Geoff pedi para a Ale e Bruno, os mesmos obedecem e saem. – Lucy, o que eu disse não deveria te ofender, afinal, você e meu filho não têm nada!

- Claro! Vocês dizem que somos descartáveis, ainda nos ameaça como se fossemos criminosos e eu não deveria me ofender? – Eu ia ficar quieta, mas não deixaram! Agora vão ouvir! – Nós dois nos matamos por essa empresa, ao ponto das nossas vidas estarem em risco, e tudo o que vocês sabem fazer é nos ameaçar! Me façam um favor, me deixem em paz porque já estava decidida a me demitir e os sres só reforçaram esse desejo. Afinal, eu não sou insubstituível, mas a minha vida é! Pelo menos para mim.

Viro as costas e saio da sala sem esperar por resposta, passo pela mesa da Ale e a vejo com os pensamentos longe. Porém, ela percebe a minha presença, sorri para mim, mas não fala nada.

- Muita coisa na cabeça, não é amiga. – Ela balança a cabeça com os olhos cheios de lágrimas. – Venha comigo até a sala do Danilo, você precisa se distrair.

Ela obedece e eu chamo o elevador, entramos em silêncio e a ouço soltar um suspiro.

- Agora eu entendo porque vocês fazem de tudo para não ficarem juntos! – Ela se encosta no elevador. – Me desculpe por ter insistido.

- Você e o Bruno...?

- Somos amigos! – Encaro ela debochada e a mesma sorri. – Foram só dois beijos e algumas crises de ciúmes.

Caio na risada e ela respira aliviada.

- Bem, uma vez a mãe do Liam me disse para não nos preocuparmos com o futuro, então...

O SócioOnde histórias criam vida. Descubra agora