O Sócio

13 -

 Assim que eu abro a porta Liam me encara, porém, antes me olha de cima a baixo.

- Pois não? – Pergunto cruzando os braços.

- Posso entrar? – Continua me encarando.

- Não acho uma boa ideia! – Sou sincera e ele franze a testa. – Da última vez ...

- Por favor! – Ele me interrompe. – Vi você sofrendo a semana toda sem poder fazer nada e sei que nesse momento deve estar sendo mais difícil ainda.

Viro de costas para ele e sigo em direção à sala, ouço-o trancar a porta e vir atrás de mim. Me sento novamente no sofá sem olha-lo.

Sei que já falei um milhão de vez o quanto ele é lindo e perfeito, ainda não sei se gosto mais dele de terno ou casual como está agora, de calça jeans com lavagem clara e camisa azul escuro.

- Como você está? – Pergunta enquanto se senta e tenho vontade de esgana-lo, que pergunta mais idiota. – Lucy, sei o quanto é difícil ...

- Difícil? – Falo alto e me levantando, não estou bem e ele vem até aqui, agora terá que escutar. – Não, Liam! Você não sabe como é difícil!

- É claro que eu sei! – Ele se levanta e me responde alto também, eu sorrio debochadamente.

- Não, você não sabe! Se soubesse não me chamaria de Lucy quando estamos sozinhos, que é quando é mais difícil resistir a vontade de te agarrar! – O que estou fazendo? As palavras começaram a sair da minha boca sem freio e sei que é disso que estou precisando, desabafar, mas tinha que ser logo com ele? – Se você soubesse o quanto é difícil não apoiaria essa regra idiota de relação entre os colaboradores da empresa e ...

- O que você pensa, Lucy? – Ele me interrompe com lágrimas nos olhos e isso me cala instantaneamente. – Você acha que eu também não enlouqueço quando você me chama de Liam? – Como é? Acho que não escutei bem. – Acha mesmo que eu não pensei mais de mil vezes em conversar com o meu pai sobre essa regra que passou a ser idiota desde o dia que te conheci? Você não é cega, ninguém é! Por que você acha que a Renata te odeia tanto?

Me aproximo dele e ele se cala, nossa respiração já estava descompassada, mas agora se unem em um único ritmo.

- Por que Liam? – Sussurro perto dele e ele fecha os olhos dando um passo para trás. – Por que a Renata me odeia?

Sei que não deveria fazer isso! Sei que assim como eu prezo pelos meus planos, ele também preza e que assim como é quase impossível para mim me controlar quando ele age assim, para ele deve ser também. Porém, nesse momento eu preciso ouvir isso, eu preciso ouvir dele.

- Por favor, Lucy! – Droga! Como gosto de ouvir a voz dele quando me chama assim. – Nós dois vamos nos arrepender depois e você sabe disso!

- Sim, Liam! Nós vamos! – Ele abre os olhos e me encara. – Mas vamos nos arrepender do quê? – Ele parece avaliar minhas palavras. – Iremos nos arrepender de não tentar e assim não saber se podia dar certo ou de tentar e não ter dado certo?

Não acredito que eu falei isso! Contudo, essa é a primeira vez que me sinto eu mesma desde que o Liam chegou.

- Do que você quer se arrepender, Lucy? – Agora é ele quem assumiu o controle. – O que seria o certo para você nesse momento? – Lembrei novamente das palavras da mãe dele.

- Depende!

- Do quê? – Ele me segura pela cintura e meu corpo estremece. – Nós dois só temos duas opções. – Ele sussurra e passa sua mão direita no meu rosto e eu sinto falta da sua aliança.

- Depende de uma única resposta sua! – Ele me observa confuso, eu seguro a mão direita dele e pergunto. – O que houve?

Aponto para o dedo sem o anel.

- Senti medo de terminar como o Matt e resolvi terminar com a Renata. – Ele me fala tímido e eu abro meu sorriso.

- Era essa a resposta que eu queria ouvir! – Afirmo e o beijo em seguida.

Liam corresponde rapidamente e sem pensar duas vezes, ele começa a me despir ali mesmo na sala. Aproveito a deixa para fazer o mesmo com ele, já tirei sua blusa e enquanto desabotoou sua calça, ele beija o meu pescoço e faz um caminho delicioso até o meu seio.

Ele o abocanha e eu entro em transe, paro tudo para poder apreciar cada sensação que ele me provoca. Liam me levanta e vai até o sofá, ele senta e me coloca em seu colo de frente para si, ao contrário de mim, ele ainda veste algo, uma cueca box azul marinho e mesmo assim sinto o seu membro pulsar debaixo de mim.

O vejo brincar com os meus mamilos até que de repente, ele para e me encara, eu faço o mesmo e ele ri, em um movimento rápido ele me deita no sofá e vem com o seu corpo por cima de mim.

- Como é bom ver que é você de verdade e não só quando eu fecho os olhos! – Ele sussurra no meu ouvido e eu vou a loucura.

- Está assumindo que você pensava em mim quando ... – Ele me beija e é de tirar o fôlego, se afasta e diz que sim com a cabeça.

Liam pega sua calça no chão e abre um preservativo em seguida, eu o observo e vejo que seu membro é exatamente como eu imaginava.

- Está me reparando, Lucy? – Diz malicioso.

- Só uma confirmação do que eu já esperava! – Falo enquanto observo ele se preparar.

Quando já está pronto, ele se deita sobre mim e se encaixa sem entrar.

- Está assumindo que você pensava em mim... – Não acredito que ele está brincando! Liam está me surpreendendo, digo que sim com a cabeça e ele ri. – E como você imaginou esse momento?

Olho para ele sem acreditar.

- Te conto depois! Agora quero ser surpreendida. – Ele sorri malicioso e se levanta, o observo de cara feia até que ele desce com sua boca maravilhosa no meio das minhas pernas. – Liam! – Gemo sem consegui me controlar e ele aumenta a intensidade. – Você quer me enlouquecer?

Ele se levanta e me encara.

- Sim! – Ele sorri malicioso. – E mais de uma vez essa noite!

Só de ouvir isso sinto meu corpo se contorce, mesmo assim volto a sentir seus lábios e língua em mim. Não demora muito e me derramo na boca dele.

Ele volta a deitar sobre mim e espera a minha respiração se normalizar, antes mesmo que isso aconteça eu o beijo e faço com que ele se deite no sofá.

Começo a beijar o pescoço dele, peito e sento nele sem que o mesmo esperasse.

- Lucy! – Ele chama e geme ao mesmo tempo. – Não faz isso ou eu não vou conseguir seguir com o meu plano.

Apesar de suas palavras, ele me auxilia nos movimentos com suas mãos em minha cintura.

- Por quê? – Sussurro bem próxima a ele. – Seus planos, por acaso, só te permitem se diverti uma vez? – Ele gargalha e acelera os movimentos.

- Ah, Lucy! – Seus gemidos só me deixam mais excitada, não demora muito e chegamos ao ápice do prazer juntos, o que o torna ainda melhor. – Meus planos acabaram de ganhar novas páginas. – Ele tenta controlar a respiração enquanto fala. – Espero que você não esteja pensando em dormir hoje!

Ele fala divertido e eu o beijo.

- Dormir para quê? – Ele gargalha com a minha pergunta, me pega no colo e me leva até o meu quarto, eu vou falando para ele onde fica.

Ele me coloca na cama e volta a me beijar, nesse momento não quero pensar no futuro. O homem que eu amo está aqui comigo e mesmo que seja só por uma noite, já valeu a pena!