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 Chegou a hora tão esperada!!!! Novo capítulo fresquinho e com duplo sabor doce, mais de 11k oO, vcs estão lendo freneticamente!!! E com sabor de bolo para a aniversariante do dia, capítulo dedicado a ela como presente de aniversário, parabéns e boa leitura a todos!!!

#omeutambémestáchegando rsrsrsrs

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 Sou despertada pela minha mãe, ela diz que eu preciso tentar comer e eu consinto.

Minha cama é elevada com a ajuda da enfermeira e minha mãe me dá assistência, contudo, para minha felicidade eu consigo comer sozinha.

Não consigo mexer eu braço esquerdo por causa da dor, mas o direito está normal e isso me deixa bem mais tranquila.

Assim que acabo de almoçar, alguns médicos entram na sala para fazer uns testes. Meus pais acompanham tudo de perto e eu estou atenta ao que estão me dizendo.

Constatamos que eu consigo sentir e movimentar minhas pernas e pés, além do braço direito que eu já havia notado anteriormente. Posso mexer o pescoço, porém, a cabeça dói quando faço isso e sinto minha mão e meu braço esquerdo, só que a dor ao mexe-lo é quase insuportável.

Me raciocínio lógico e rápido estão dentro dos padrões normais, minha fala e reflexo também parecem estar conforme o esperado. Ou seja, ao que parece minhas únicas sequelas são os ferimentos causados pelas balas.

Eu ainda não tive coragem de me olhar no espelho, mas me disseram que a cicatrização está bem avançada e que como o tiro atingiu muito próximo ao couro cabeludo, meu rosto só inchou com a cirurgia e que já voltou ao natural.

Depois de uma tarde inteira de testes e exames, os médicos consideram um verdadeiro milagre a minha recuperação e devo receber alta em no máximo uma semana.

Eles se vão e minha irmã entra no quarto ainda acanhada.

- Vamos comer alguma coisa, Luna, fique atenta a sua irmã! Ok? – Meu pai diz já saindo e ela senta na cadeira em silêncio.

- Está com medo de mim? – Pergunto séria, mas só quero quebrar o gelo.

Ela me encara incrédula.

- Por que está me perguntando isso? – Sua voz sai trêmula.

- Porque nitidamente você está fugindo de mim!

- Não estou! – Ela deixa uma lágrima cair. – Só não aguento mais isso.

- Isso o quê? Eu já estou bem e logo sairei daqui!

- Mas você ainda corre perigo, não prenderam ninguém até agora e não quero passar novamente por isso! – Ela chora abertamente agora. – Não quero perder você!

- E não vai! – Digo séria. – Não percebe que vaso ruim não quebra fácil.

- Lucy, estou falando sério. – Ela seca o rosto. – Você não pode garantir que não vão tentar de matar de novo e agora que você e o Liam estão separados, para onde você vai? Não aguento mais te ver sofre!

- Me desculpe por te fazer passar por isso, Luna!

- A culpa não é sua! – Ela diz e suspira. – Eu sei que você ama o que faz, mas várias vezes eu já me perguntei se essa empresa é uma benção ou uma maldição na sua vida. Lucy, você vive triste e eu sofro com isso!

- Não posso deixar tudo para trás! Não agora e nem adiantaria, iriam atrás de mim, mas eu acho que sei o porquê dessa perseguição e depois resolver tudo, veremos se vale ou não continuar trabalhando na RGD Group, ok?

- O que você está pensando em fazer? – Ela me olha receosa. – Não me diga que irá se arriscar ainda mais!

- Não vou, te prometo isso! Vou passar minhas suspeitas para as autoridades e pode ficar tranquila que irei me cuidar mais, tudo bem? – Ela diz que sim com a cabeça. – Então me dá um abraço!?!

- Nem pensar! Não quero te machucar.

- É só não tocar no meu ombro! – Digo sorrindo e ela se aproxima com cuidado, me abraça pela cintura e volta a chorar.

Eu passo a mão em seus cabelos até que ela se acalme, o fato de ela ser bem mais nova a faz me ver como uma segunda mãe e é por isso que seu desespero é tão grande em me perder.

Com o tempo ela para de chorar e alguém bate na porta, Luna vai até a mesma e abre. Geoff, Desmond e Richard entram em seguida, ela aproveita para ir no banheiro.

- Como se sente? – Desmond me pergunta.

- Bem! Ainda mais agora que os médicos disseram que não devo ter nenhuma sequela.

- Excelente notícia! – Richard comenta. – Agora precisamos cuidar da sua segurança, já temos homens particulares que vigiam o seu quarto e a sua casa 24 horas por dia, mas estamos pensando em você voltar para Londres.

- Não vou a lugar nenhum! – Digo séria. – Não ficarei fugindo para sempre.

Os três me olham bravos e novamente batem na porta, são Karen, Nicola, Ruth e Liam.

- Tudo bem aqui? – Karen pergunta diretamente a mim.

- Lucy se recusa a voltar para Londres! – Geoff a informa.

- Mas é o melhor, querida. – Ela me explica.

- Para quem? – Pergunto seca e todos se entreolham.

- Lucy, ainda não prenderam ninguém e eu me lembro bem do criminoso te falando que você é o problema para eles. – Nicola tenta me convencer. – Você e meu irmão!

- Mas eu sei porquê!

- Como assim? – Liam se aproxima sério.

Ele está lindo! Cabelo molhado, barba feita e parece ter descansado um pouco. Volto do meu deslumbre e o vejo rindo para mim, sei que devo estar rindo também, mas Geoff limpa a garganta me fazendo lembrar que não estamos sozinhos.

- Eu sei que conheço o homem que estava com a arma apontada para a Nicola. Sua voz não me era estranha!

- Também tive essa impressão. – Nicola confirma para a minha surpresa. – Mas não consegui reconhecer quem era!

- Nem eu, mas eles nos atacaram porque voltamos a trabalha no caso de uma empresa que tinha ficado arquivado.

- Que empresa? – Desmond fala sério, acho que nunca o vi tão irritado!

- Estou com a ficha dela na minha mesa! A polícia quis saber de toda a rotina naquele dia e não encontrou nada suspeito. – Ouço Nicola explicar.

- Mas o homem que atirou em mim, disse que estava de olho na nossa reunião com o dono da empresa! – Todos me olham assustados.

- E disse que te avisou para se afastar do meu irmão, porém viu que mesmo longe vocês ainda trabalham juntos. – Nicola faz a ressalva.

- Não acredito nisso! – Richard fala. – Todo mundo sabe o quanto eles dois estão mal por estarem afastados e mesmo assim tentam mata-la só porque ele participou de uma reunião com ela online?

- Acho que estão tentando tirar o nosso foco! – Digo e Liam me encara triste. – Depois que eu sofri o primeiro atentado, essa empresa deixou de ser atendida, mesmo já tendo pago pelo serviço e no mesmo dia em que eu resolvo reiniciar a consultoria, sou novamente atacada. Sem contar que o bandido disse que estava atento a reunião!

- Estou entendendo o seu raciocínio! – Liam enfim fala. – Bom saber que você está bem! – Sorrio para ele e sou retribuída.

- Acho que a Lucy pode estar certa! – Geoff comenta. – Porém, se estiver, há alguém dentro da nossa empresa envolvido nisso!

Um silêncio reina na sala, quando parece que estamos solucionando o problema, algo novo sempre acontece!

O SócioOnde histórias criam vida. Descubra agora