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- Vocês estão bem? – Levanto a cabeça sem saber ao certo qual seria a resposta correta para essa pergunta.

Procuro indícios de sangue e olho rápido para o lado, mas me tranquilizo ao ver que a Ale está bem também. Quem fez a pergunta foi um policial com o uniforme da federal, olho para frente e vejo Matheus e Renata mortos a nossa frente.

- Acho que sim, mas eles precisam de socorro urgente! – Aponto para os rapazes que ainda estão protegidos pelos nossos braços.

Dois socorristas entram no quarto mal iluminado do cativeiro e começam a socorre-los.

Ale e eu somos desamarradas, um socorrista quer ver o hematoma no meu rosto e eu faço questão de ir para o hospital na mesma ambulância que os rapazes, Ale vem comigo também.

Já no hospital, fui submetida a vários exames por causa do recente trauma na cabeça, ficaram com medo que toda essa emoção desencadeasse um problema neurológico. Porém, apesar de tudo, estou bem.

Assim que sou liberada, encontro minha família e a do Liam no quarto em que ele está em observação, soube que Bruno está no do lado.

Os exames apontaram duas costelas quebradas do Liam e uma fratura exposta no braço, o Bruno teve a perna quebra e algumas escoriações pelo corpo, mas ficarão bem.

Todos que estavam no cativeiro foram mortos, contudo, sei que o Danilo havia sido assassinado bem antes da chegada da polícia.

Michele e Vanessa foram pressas, a empresa "Newsnow" dos Monteverdes será investigada por várias suspeitas de corrupção, foi o que me informaram.

- Srta. Luciana Queiroz? – O policial que falou comigo no cativeiro se aproxima. – Preciso agradecer sua ajuda, estávamos a muito tempo na cola dessa quadrilha, mas eles eram muito escorregadios.

- O senhor é o conhecido do Bruno?

- Sim, entrei em contato com ele assim que a senhorita sofreu o primeiro atentado. Imagino que tenham dito que eu fazia parte desse esquema! – Digo que sim com a cabeça e ele sorri. – Eu trabalhei infiltrado, mas isso eu não tenho como provar. – Ele ri.

- Para mim o que importa é que o senhor chegou bem na hora em que seriamos mortos e nos salvou! Como nos achou?

- O celular do Bruno estava com ele!

- Que bom que esqueceram, caso contrário, dessa vez eu não teria escapatória!

- Não era para ser! Bem, tenho muito trabalho a fazer. Desejo melhoras para todos. – Eu agradeço, ele ri, se despedi e vai embora.

Assim que retorno ao quarto do Liam o vejo acordado e suspiro aliviada.

- Como você está? – Ele pergunta preocupado.

- Melhor que você, com certeza! – Digo sarcástica, ele sorri, mas logo para por causa da dor.

- Pai! – Geoff se aproxima, ele, como todos os outros, está com uma cara péssima. – Estou me demitindo! E se quiser me deixar pobre fique à vontade, pois vou me casar com a Lucy assim que sair dessa cama.

Sou pega de surpresa e começo a chorar, nossas famílias comemoram e eu o beijo na frente de todos.

- Perdi um diretor e duas secretárias executivas, não posso me dar ao luxo de perder vocês dois e se eu mantiver essa regra tão polêmica, corro o risco de perder meu outro diretor e a nossa secretária que estão aqui do lado se beijando nesse momento! – Todos ficam chocados com a revelação sobre o Bruno e a Ale, Liam e eu rimos cúmplices. – Parece que quanto mais se diz não, mais fazem o que foi proibido! Venha comigo, Lucy!

O SócioOnde histórias criam vida. Descubra agora