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Lourenço 


Eu só posso estar doido. Acho que o meu corpo foi invadido por outro ser qualquer. Um ser muito imaturo e com pensamentos indecentes em relação a uma aluna. UMA ALUNA!

Sim, eu estou a ficar doido. Ela está a deixar-me doido! É errado, completamente errado, ter este desejo todo por uma aluna. Vi-a pela primeira vez à cerca de um mês e meio. Há um mês e meio que eu sonho com aquela franja enervantemente reta, aquela pele morena e aqueles lábios que inspiram ao pecado. E aquela bunda empinadinha?

Ela desconcentra-me completamente. Dou por mim, a meio das aulas, a pensar como seria se eu a fodesse em cima daquela secretária, como seria se eu levantasse aquela saia atrevida, que ela um dia trouxe, e apalpasse aquela bunda gostosa, como seria apalpar aqueles peitos pequenos... as minhas mãos até formigam só de pensar nisso.

Mas ao contrário de todas as outras mulheres, tudo o que eu desejo fazer com ela ficará apenas em sonhos e pensamentos. Não pode passar disso. Somos aluna e professor, nada a mais disso pode acontecer.

Mas eu continuaria a ensiná-la, ensinar-lhe-ia qual é a sensação de ter o meu pau atolado na sua boceta ou como se fode a sério, não como aqueles magricelas que ela está habituada. Ensinar-lhe-ia como é uma foda à séria, como é A foda!

Seria divinal poder encostar apenas a cabecinha do meu pau na entrada sua vagina, ela a implorar por mais... caralho, já tou de pau duro!

Isso assim não pode continuar, recuso-me adormecer todas as noites com a barraca montada. É um insulto, um homem como eu ficar duro por causa de uma miúda de dezoito anos, ainda por cima sua aluna!

E para piorar tudo saber que já bateu umas punhetazinhas em sua homenagem!

Levantei-me de uma vez e caminhei até á casa de banho. A meio do caminho tropecei no cachorro do Miguel. Pobre animal... expliquem-me, como alguém pode ter medo de cães? Ninguém, ninguém consegue ter medo de um animal assim. Admito, eu teria um cachorrão se tivesse mais tempo e não vivesse num apartamento.

O Miguel é que é doido por ter um labrador como animal de estimação!

Meti-me debaixo do chuveiro, com água fria, e recosei-me a ter que recorrer a qualquer outro trabalho manual.

Voltei-me a deitar e só acordei de manhazinha, com o despertador. Nem preciso de dizer que ele interrompeu mais um sonho erótico, né?

Espero que hoje ela vá ás aulas. Não disse? No último dia ela faltou ás aulas. Ouvi dizer que ela tinha partido uma perna. Fiquei preocupado quando ouvi isso, mas depois o amiguinho dela, o Samuel Dutra, disse-me que ela estava bem.

Para piorar, encontrei o pentelho do Rui a zanzar por aí. Aquele filho da puta atirava-se descaradamente à Maria Gabi, e ela ainda lhe dava sorrisinhos. É bom que ele não dê um de Dom Juan nas minhas aulas, senão arranjo uma forma de lhe descer as notas, o que seria trágico para o menininho perfeito.

Até aposto que ele a quer comer. Só de pensar nisso até me sobe a bilis pela garganta.

Levantei-me da cama e preparei-me para mais um dia de aulas. Logo de manhã não teria a turma da Maria Gabi, o que me deixou frustrado e com a pulga atrás da orelha para saber se ela iria ou não à escola.

Dei comida e água ao Bruce e sai do meu apartamento. Cliquei no botão do elevador, e ele não tardou em parar no meu andar.

- Já disse que vou de táxi!

[concluída] Submersa pelo Desejo | Série Desejo - I |Onde histórias criam vida. Descubra agora